segunda-feira, 1 de março de 2010

Educação Municipal: é tempo de aprender...a planejar! (parte 1)


Instigada pelo comentário e a saudação revolucionária de um/a anônimo/a, escrevo. Escrevo também por causa da excelente sugestão, dando continuidade às reflexões e denúncias referentes a nossa educação municipal.


A DESORGANIZAÇÃO DO INÍCIO DO ANO LETIVO EM BARREIRAS

A desorganização do início do ano letivo é algo, infelizmente, esperado no segmento educacional. E percebi isso em pouco mais de um ano que estou "dentro" da rede municipal. Uma premissa básica da Pedagogia - o planejamento - é desconhecida pela administração e só está presente nos discursos que são rapidamente desfeitos diante da realidade.

As aulas começaram com escolas a serem reformadas - isso porque o início das aulas atrasou e uma das justificativas foi as reformas das escolas. E essas reformas não devem ser para breve, pois na edição 1003 do Diário Oficial do Município, de 24/02, consta a divulgação do pregão presencial 005/2010 para "aquisição parcelada de material de construção a serem utilizados na manutenção e construção das scolas da rede municipal deste município" lançado no dia 22 de fevereiro, quando começaram as aulas no município.

Além dessa balela de reforma, ainda temos a desorganização para a contratação de professoras/es e outros profissionais, a falta de livros nas escolas, a não entrega dos Diários de Classe (ano passado chegou no meio do ano) e a falta do Calendário Letivo 2010. Sim, absurdamente nós "planejamos" sem um calendário, ou seja, de olhos vendados.

E para completar o quadro de caos, muitos cursos da Plataforma Freire iniciaram juntamente com as aulas do município, ocasionando aulas vagas ou sobrecarga de trabalho para alguns logo no ínicio do ano letivo. As crianças são as maiores prejudicadas com essa educação meramente técnica, irresponsável e sem intencionalidade. Sabemos que o início do ano letivo é muito importante para a interação da turma e o diagnóstico a ser feito pela/o professor/a, objetivando um trabalho que beneficie as crianças e seu pleno desenvolvimento.

A secretária de educação disse que não tiveram tempo para contratar substitutos para os/as docentes que estão fazendo cursos da Plataforma Freire. Para mim, pura falta de organização, haja vista que era algo previsível. E ainda a seleção para esses cursos não seguiram os critérios definidos pelo MEC: não ter graduação em licenciatura ou não ter formação específica na área que atua. Tem muita gente que está fazendo os cursos e não se enquadra em nenhum dos dois critérios.

Paula Vielmo
(leia a parte 2)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário!!! Volte sempre :)