terça-feira, 29 de julho de 2008

Mais um ano de eleições...

Estimadas (os) leitoras (es),

Recebi este texto de um grande amigo e companheiro e publico para que todas e todos tenham acesso a essa importante reflexão. É pequenino mas denso de conteúdo reflexivo. Boa leitura e comentem!!!


Mais uma vez o Brasil esta diante de eleições municipais para escolha dos seus vereadores e prefeitos. Discursos ridículos, retóricas ultrapassadas, promessas e mais promessas apimentam o pleito. No entanto o cômico e trágico se misturou tanto em algumas candidaturas a prefeito como principalmente para vereadores. Indivíduos de todos os matizes se aglomeram nesse grande palco que se transformou as eleições. Alguns candidatos chegam ao patético ponto de nem saber o que representa o cargo que postulam.

E no microcosmo de Barreiras não é diferente do macrocosmo das capitais. Candidaturas e candidatos que mais se parecem com uma piada estão em nossas ruas a pedir o nosso, agora valorizado, voto.

É o momento da glamurização dos apedeutas e do desgosto dos mais esclarecidos. É o frenesi em meio ao caos.

Como diria Rui Barbosa:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Os homens de bem e do bem distanciaram-se da política, abrindo campo para toda sorte de oportunistas e capadocios. É o triste e injustificável “Silêncio dos Bons”.

Diante desse quadro dantesco que se encontra nossa sociedade, nos deparamos com os chamados donos dos “votos de protesto”, que se esquecem, ou viram as costas para a responsabilidade de votar, preferindo a comodidade de posteriormente chamar todos os políticos de ladrões.

Aos candidatos é preciso credibilidade, competência, discernimento.

Aos eleitores é preciso saber separar o joio do trigo.


Delbo Augusto

*

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Juventude excluída no presente pode ser futuro?

Portal Aprendriz, 23/07/200
Desemprego, informalidade e baixa escolaridade excluem 19 milhões de jovens brasileiros
Gláucia Cavalcante

Desemprego, informalidade e baixa escolaridade excluem socialmente 19 milhões de brasileiros entre 15 e 19 anos, ou seja, mais da metade do total de jovens do país (34 milhões). Desses, 6,5 milhões não trabalham nem estudam, o que representa 1 a cada 5 jovens. No recorte 15 a 17 anos, apenas metade está no Ensino Médio. 4 milhões de jovens saem da escola sem completar o Ensino Fundamental. Os dados são do diagnóstico Trabalho Decente e Juventude no Brasil, que será lançado este ano pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em primeira mão, o oficial de políticas de emprego da OIT, Rogério Costanzi, divulgou alguns números do relatório durante o Seminário Lei do Aprendiz no Brasil, que aconteceu em São Paulo (SP). “A pesquisa mostra a dívida que a sociedade brasileira tem com a juventude. A escolaridade dos jovens de família rica é o dobro das de família pobre”, disse Costanzi. O estudo constata que uma grande parcela de jovens de 15 a 17 anos ainda sai precocemente da escola. “Grosso modo, apenas metade está no Ensino Médio. 20% saíram da escola e um terço deles está no Ensino Fundamental”, afirmou.

Outro dado do relatório revela que 4 milhões de jovens saíram da escola sem completar o Ensino Fundamental. “Juntando os dados de jovens que não estudam nem trabalham, o quadro é ainda mais preocupante: 6,5 milhões, ou seja, a cada 5 jovens, 1está sem trabalhar e sem estudar”. Costanzi ressaltou que a situação da inserção de adultos no mercado de trabalho é precária, porém, quando se trata de jovens, a situação é ainda pior. A taxa de desemprego desse público é 3,2 vezes maior que a dos adultos. “15 milhões de jovens estão excluídos do mercado por meio do desemprego ou do trabalho informal, ou seja, a cada 3 jovens, 2 estão excluídos. Do total, 60% deles estão no setor informal", disse.

Na década de 1990 houve um aumento no número relacionado à qualificação e escolaridade, porém o desemprego para os jovens aumentou em 50%. “Esse mercado precisa ser vista como prioridade”, destacou. “É notável que a sociedade tenha um olhar para a juventude associado a problema, instabilidade e risco. Isso porque o jovemé um desafio que precisamos resolver. A questão da inserção dos jovens no é considerado como alguém que tem muita rotatividade no mercado. Porém isso não acontece por indecisão dos jovens, e sim pela situação precária que o mercado se encontra. Eles acabam sendo usados como mão-de-obra temporária pelas empresas”, concluiu Costanzi.

Fonte: Clipping Educacional de 24/07/2008

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Esses dados alarmantes explicitam uma realidade social de exclusão do jovem, desde muito cedo, o que representa uma continuidade do sistema social posto. E cá fico a refletir: é comum ouvirmos que o "jovem é o futuro do país", mas e como será esse futuro, se no presente ele já é tratado com descaso e abandono? Precisamos de políticas públicas próprias para a juventude. Políticas de inclusão educacional, econômica, profissional, política... Mas cá comigo também penso: será que essa "ausência" de políticas públicas não é proposital, para manter a sociedade como está: uns com mais e outros com menos? Para alimentar o capitalismo, através de miséria, segregação e exploração?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

"ACM já não mais vive entre nós"

20 de julho de 2007, uma data histórica para a Bahia, tanto quanto o 2 de julho de 1893, pois representa uma segunda independência. Nesta data morreu Antônio Carlos Magalhães - ACM, o terrível "cabeça branca".

Nesse 20 de julho, um ano depois, no mesmo dia em que comemora-se o "dia do amigo", é inevitável a felicidade por esse momento histórico. Não é uma comemoração pela morte de uma pessoa, mas a morte de um obstáculo ao progresso político da Bahia e uma vergonha nacional.

No entanto, assim como nos lembramos da morte de ACM, lembramos também que ele recebeu, ainda em vida, um golpe fatal da sua "querida Bahia": a eleição de Jaques Wagner para governador do estado. Ele teve o que chamamos de "morte política", e ainda em vida, o que muito nos alegra. Porém, a reflexão prossegue um pouco mais quando percebemos que mesmo com mudança de governo, o fim do dito "carlismo" ou pelo menos uma brutal ruptura (pois tem ACM Neto seguindo os caminhos de vovô) com esse sistema político, os rumos da Bahia não estão muito diferentes. Muito nos decepciona lembrar, e é preciso lembrar, que elegemos Jaques Wagner porque não queríamos e não aguentávamos mais a política do "malvadeza". Mas parece que o novo governo de velhas práticas não lembra disso.

Enfim, mesmo com tudo que foi exposto, é preciso comemorar, SIM, a liberdade da Bahia. 1 ano sem ACM - coitado do demônio! E viva a liberdade!!!

Segue abaixo um texto muito interessante escrito pelo coordenador geral do DCE/UFBA na data da morte de ACM (em 2007):



A UFBA não lamenta a morte de ACM

Vi e ouvi, com desgosto, as recentes declarações dadas pelo Reitor da UFBa Naomar Almeida à TV Bahia sobre a morte, já tarde demais, do senador ACM nesta última sexta-feira. Segundo o Reitor Naomar, “a nossa universidade expressa o pesar pelo falecimento de Antonio Carlos Magalhães”.
Até entendo a boa conduta de nosso reitor e a sua delicadeza ao tratar de um acontecido dessa importância para o cenário político tanto do Estado quanto do país. Naomar, enquanto homem influente deste cenário, dificilmente quebraria qualquer protocolo a ponto de não tratar com a devida seriedade o assunto.
E, como é óbvio, nunca ouviríamos de nosso educado Reitor palavras ásperas e satisfeitas relacionadas ao falecimento do senador. Aquela mesma boa conduta nos ensina que desejar a morte alheia é, no mínimo, falta de educação.
Mas não posso deixar de tecer alguns comentários, estes sim ásperos, porém insatisfeitos pelo conjunto das declarações do Reitor da Universidade a qual também faço parte.
Não restam dúvidas de que lamentar a morte de Antonio Carlos significa jogar à sombra do esquecimento tudo de negativo que este homem representou na vida política de nossa cidade, Estado e país, desde a Ditadura até o dia de sua morte.
Do ponto de vista da luta pela justiça e igualdade social, o que mais importa quando analisamos a longa passagem do Cabeça Branca pelo poder político do Brasil, ele sempre representou o regresso.
Seus sucessivos mandatos de Deputado Estadual e Federal, de Prefeito, de Governador, de Ministro e Senador da República nunca estiveram à serviço da democracia. Pelo contrário, nosso conterrâneo falecido foi historicamente porta-voz do autoritarismo e da perseguição política.
Competente e eloqüente nos discursos, Antonio Carlos não teve dúvidas em nenhum momento, da UDN ao DEM, de que a Esquerda e os movimentos sociais eram seus principais inimigos na disputa política. Assim como nós, da Esquerda e os movimentos sociais, também nunca pestanejamos em estarmos do outro lado da trincheira que não a deste desprezível ex-Senhor da Bahia.
Quando nosso Reitor expressa pesar, não nos causa surpresa. Porém nos deixa em estado de agonia. Agonia porque não precisamos ir até a triste história da Ditadura Militar para buscar justificativas para as nossas felicidades pela morte desse monstro. Jovens que somos, nem eu nem meus companheiros e companheiras estudantes viveram este sombrio período de nosso país. Herdamos, mas não vivemos.
No entanto, se não foi na Ditadura Militar que conhecemos as práticas autoritárias de ACM, foi já no século XXI que encontramos os nossos motivos para hoje, numa feliz sexta-feira, dar adeus com euforia a um homem que só fez mal por onde passou.
Nunca esqueceremos, professor Naomar, da tragédia do dia 16 de maio de 2001, prestes ao seu primeiro Reitorado.Ali sentimos literalmente na pele a violência inconseqüente das decisões políticas protagonizadas por ACM. Sangramos, corremos, gritamos e jogamos pedra. Tudo isso pela democracia.
Não tenho certeza quanto à importância que tem para o Reitor o fato de termos sangrado naquele fatídico dia. Mas, ainda que não tenha, faço questão de lembrar ao Magnífico que neste mesmo dia sangrou também a UFBa.
A nossa universidade sangrou quando foi desavergonhadamente invadida por policiais mandados pelo senhor da ditadura na Bahia. Naquele momento que, não coincidentemente, berrávamos pela cassação de um mandato que quando não nos fez pelo autoritário, o fez pela corrupção.
Não, professor Naomar. Definitivamente a UFBa não lamenta a morte de ACM.
Não tenho a pretensão de retificar a opinião que é sua, Magnífico Reitor. Mas enquanto membro da mesma Universidade que você, e enquanto representante de um dos setores que constroem cotidianamente a UFBa, lamento pelos seus pesares. Que, repito, são apenas seus.
Para nós, a Era a qual ACM nos reprimiu e nos perseguiu, finda exatamente no dia 20 de julho de 2007. Agora, mais do que nunca, esta Era será conhecida pela contundente expressão título da obra do jornalista João Carlos Teixeira Gomes: Memória as Trevas.
Não sei quanto a você, Magnífico, mas a “boa conduta” que se dane.
A ordem agora é comemorar.
E a palavra-de-ordem, para não perder a prática, continua sendo a mesma. Vamos tirar a Bahia das Trevas.

Gabriel Oliveira
Coord. Geral do DCE (em 2007)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Homenagem à Rosezinha








Rose, à você: uma amiga e companheira verdadeira e leitora fiel do blog (senão a única), a retribuição desta mensagem enviada a mim. Não tive palavras para comentar, por isso, lhe envio de volta, como desejo de "igualmente".





Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amada.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,

Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E
que sendo velho, não se dedique ao desespero.

Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

(Original de Victor Hugo adaptado por Vinícius de Morais)


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pra raiva passar? Escreve...

Sexta-feira, 10/07, recebi uma ligação que tratava sobre a formação de um grêmio estudantil. Fiquei muito empolgada, como de costume, mas logo a felicidade foi dilacerada com um lamina afiada chamada decepção. As palavras proferidas ao telefone foram cruéis: “a coordenadora pensou em te chamar, mas desistiu porque você é candidata a vereadora”...

A decepção foi muito mais com a situação do que com a pessoa que transmitia a mensagem. E fui tomada por um sentimento que somente tarde da noite consegui identificar: injustiça.

É injusto o que estão fazendo comigo! Extremamente injusto, desqualificar e rebaixar minha história a uma candidatura. Não sou desse tipo de pessoa que se aproveita das ações para se promover. É muito injusto comigo, e ainda por cima as crianças nem são eleitoras. “mas elas tem professores” alegou uma amiga. E a formação de um grêmio estudantil será assistida pelos/as professores/as? Poderia ser, mas o ideal é que fosse algo apenas dos/as estudantes.

É injusto demais, digo a mim e cada vez mais a indignação toma conta. As palavras somem e só resta “injustiça”! Se para essa “fulana”, não posso contribuir com a organização estudantil por causa de uma candidatura, ela está muito enganada.

Quero esclarecer: tudo que fiz e faço é movido por algo fora de moda e que provavelmente quem pensa isso de mim não tem – ideologia. Faço porque acredito e não por qualquer outro motivo mesquinho. Dormi pensando que foi e ainda é injusto...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Cadê a comunicação?

No dia 05 de julho de 2008, no auditório do campus Edgard Santos, da UFBA, em Barreiras, aconteceu a 1ª Conferência Territorial de Comunicação Social da Bahia.

O evento, divulgado na internet e em folders para acontecer na UNEB/Campus IX, foi rapidamente e misteriosamente transferido para a UFBA. A única justificativa partiu do diretor da UNEB, Profº. Dr. Joaquim Pedro Neto, de que houve um "ruido na comunicação". Que ironia, "ruidos" na conferência da comunicação.

Diante da falta de um motivo formal e justificável, fico muito à vontade para expôr algumas possibilidade desta mente fértil:

1) A UFBA é no centro da cidade (Justificativa fraca, pois é um evento com "representações" que podem se deslocar para qualquer lugar);

2) A UNEB é estadual, mas está sucateada e não ficaria muito bonita nas gravações e fotos;

3) Não se pode, em pleno ano eleitoral e véspera de ínicio de campanha, os aliados do governo utilizar-se de dizer que "trouxeram a UNEB" pra Barreiras, na disputa pela "maternidade da criança";

Em meio a poucos rostos, diante da abrangência de 03 territórios que totalizam 41 municipios, a grande maioria do público presente estava composto por figurinhas carimbadas dos eventos com representações, e outros poucos oriundos da "caravana do governo". No início, um discurso sobre as conferências aparentemente fabuloso, de espaço de participação democrático, onde o "povo pode expôr as demandas e "guiar" as ações do "governo de todos nós. Ms com poucas pessoas e poucas representações, fica o grande questionamento: HOUVE COMUNICAÇÃO?

Depois de participar de tantas conferências, é inevitável, diante do atropelo dos debates de praticamente todas, esperar algo novo.

Os discursos dos/as componentes da mesa de abertura expuseram seus desejos de uma boa conferência, entre confetes à figuras carimbadas, numa demonstração nojenta de puxa-saquismo. Meu estômago embrulhou. Pensei naquele espaço e no absurdo, de uma conferência da comunicação não ser divulgada amplamente à sociedade! Entre tantos flashes de máquinas fotográficas e filmadoras, refletia sobre a incoerência daquilo tudo. Mas será que poderia, esta conferência, ser diferente? Esta possibilidade passou por minha cabeça, numa esperança de que devemos nos opor, sempre, ao fatalismo. Ainda, lembrei-me de Brecht: "Não desperdicem um só pensamento com o que não muda! Mas retirem toda a humanidade sofredora, do poço com as cordas que existem em abundância [...]"

Dentre os aplausos e a institucionalização dos movimentos sociais pelo "governo das conferências", muitas reflexões e imagens passaram por minha mente e decepcionalmente, senti muita falta do combativo e questionador "Movimento Estudantil da UNEB", dos cartazes, de panfletos, enfim, de algo para questionar o governo de sua responsabilidade que vai além das conferências. O que houve, MEUNEB?

Infelizmente, devido a demandas urgentes e prioritárias naquele momento, impediram-me de acompanhar e participar de todo o evento e dos grupos de discussão. E saí de lá com a sensação terrível e angustiante de que era um pensamento que estava sendo desperdiçado.