domingo, 19 de junho de 2011

As mesmas opções de sempre: não é verdade!

Por Paula Vielmo


Tenho lido ultimamente, em vários sites locais, que as opções para a prefeitura de Barreiras são Jusmari, Zito e Tonhão.

Essas opções, muito me incomodam, pois não são nada além do mesmo, da velha política e da pior política que temos. Assim, lembrei de um pensamento: o caminho traçado nos leva somente até onde outros já foram. Então vamos ousar e traçar um caminho novo, diferente dessa mesmice que está posta como verdade absoluta.

Além disso, quando esses sites muito visitados escrevem repetidamente que temos que escolher entre um desses três, com o tempo pode virar verdade e isso me assusta, pois teremos outras opções, a diferença é que estas não estão em plena CAMPANHA ANTECIPADA, algo ilegal, mas que os "donos/as do poder" não consideram, pois se acham acima da lei. Isso se aplica aos três em questão!

Ademais, fico a pensar em como as pessoas tem imensa dificuldade de reconhecer que temos opção, porém essas não tem as condições financeiras dos "poderosos" e "poderosa" em questão, o que os torna invisíveis enquanto OPÇÃO.

Ano que vem eu acredito que devemos ter mais nomes, inclusive penso que o PSOL deve lançar candidatura, a diferença é que não discutimos NOMES antes do PROJETO.

Fiquemos atentas e atentos ao que a imprensa burguesa e tendenciosa escreve.


Semana do meio ambiente: a palavra de ordem foi desorganização

Por Paula Vielmo



Na sexta-feira, 10 de junho, aconteceu o encerramento/culminância da "X Semana de Meio Ambiente" promovida no munícipio, (des)organizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Educação.

O projeto da semana chegou às escolas com uma semana de antecedência, naquele sistema vertical (de cima para baixo), para ser meramente implementado nas escolas, sem qualquer discussão. Segundo a (des)organização, o principal objetivo era a "conscientização", no entanto, projeto de uma semana não conscientiza muito.

Dentre as "atividades" dessa "semana ambiental' havia: desfile da "garota ecológica" (reforçando a posição da mulher como objeto de beleza), concursos de desenhos e a GINCANA ECOLÓGICA, cuja intenção foi a arrecadação de materiais recicláveis a serem doados para a Cooperativa de Catadores de Barreiras, essa última proposta muito positiva e louvável.

Durante uma semana a escola em que trabalho virou um depósito: papel, papelão, garrafas, latas, muitos objetos sendo arrecadados pelas crianças e adultos (pais, professoras e funcionários). O envolvimento era tanto, que algumas crianças passavam o recreio coletando garrafinhas, papéis e outros materiais.

No dia da gincana, chegamos cedo na Praça Castro Alves. Havia uma dificuldade para transportar todo o material arrecadado, mas estávamos lá. A participação de algumas crianças foi intensa, mas de fato bem pouca em relação ao número de alunos matriculados ao todo (a proposta dos pais levarem seus filhos e filhas não deu certo).

No entanto, eis que faltando dois minutos para o meio-dia, prazo limite determinado para a chegada de materiais, uma comitiva da escola (comigo no meio) foi até o que restava da comissão organizado no local, reivindicar que o regulamento da gincana fosse seguido. Só que para enorme supresa, eis que o secretário municipal de Meio Ambiente, João Bosco e o Profº Portela (aquele que foi preso no manifesta da UFBA), consideraram nossa reivindicação desnecessária, uma vez que o objetivo do evento era a conscientização. Ora, mas então para que servia o regulamento? Para nada!

Mas nossas insistentes intervenções fizeram com que o regulamento fosse seguido, porém começaram a chegar diversos materiais de escolas após o horário (parece que somente a gente havia lido o regulamento) e para que não tivessem que resolver esse "problema" de desgaste com as escolas, os senhores restantes jogaram para nossa escola revolver, algo que foi prontamente repudiado por todas nós e rebatido com a devolução da responsabilidade a quem cabia de fato. Além disso, é com imensa indignação que lembro o momento em que o tal Professor Universitário apontou para mim, na tentativa frustrada de jogar minhas colegas contra nós.

Houveram diversos embates, e em todos eles, conosco ou outras professoras/es, sempre afirmavam "vocês são educadores", como se educador/a não pudesse e devesse reivindicar, questionar, divergir. A educação desses senhores deve ser a educação da reprodução e do cabresto, que esse atual (des) governo municipal muito gosta!

No dia, estavam desde muito cedo catadoras e catadores organizando os materiais nos "bags", trabalhando sem parar. Foram arrecadadas 15 TONELDAS DE LIXO, segundo informações do site da prefeitura, mas o que não foi dito lá é que os trabalhadores só puderam levar os materiais após a gravação pela TV Oeste, no dia seguinte (sábado) numa demonstração de falta de respeito ao trabalho alheio e necessidade de propaganda às custas do trabalho das escolas e catadores/as.

Além de tudo isso, a pesagem só terminou a noite, depois das 20h e nossa Escola ficou em 2º lugar, tendo ganho uma impressora multifuncional. No entanto, a premiação que constava no projeto apresentado de supetão como já afirmei, continha além da impressora uma máquina digital e um jardim (projeto de arborização com acompanhamento técnico).

Diante da inexistência das demais premiações, a diretora solicitou à Secretaria de Educação o restante da premiação, mas a resposta foi incisiva: fez-se uma alteração dois dias antes da gincana e a escola não ficou sabendo. Assim, faço algumas considerações e reflexões:


- Sabendo que o dia do meio ambiente é 5 de junho, as secretarias municipais em questão não tiveram "tempo" de se organizar com antecedência?

- A Secretaria de Educação, responsável pela comunicação com as escolas, não conhece o princípio do PLANEJAMENTO?

- Ligar para convocar TODOS CONTRATADOS para reunião com a prefeita no final de semana é possível, mas para avisar AS ESCOLAS de alterações não é possível?

- O argumento para a alteração das premiações do 1º ao 3º lugar foi não ter atingido o número suficiente de patrocinadores (10), então me pergunto: divulgaram antes de ter certeza das condições para efetivar a premiação? A Prefeitura não tem "recursos" para comprar duas máquinas digitais e uma tela de projeção???


A semana acabou, a premiação não veio completa, a propaganda já está amplamente difundida e continuamos como antes, à mercê desse bando de incompetentes e desorganizados que se aglomeram nesse (des)governo municipal.

Os obstáculos da festa junina

Por Paula Vielmo


Na noite de sexta-feira houve a Festa Junina na escola em que trabalho. Comidas típicas, brincadeiras e danças. A festa estava bonita, mas no momento da quadrilha, algo muito ruim aconteceu e tirou metade da beleza da festa sob minha ótica.

Não deu para "ensaiar" a apresentação da quadrilha como fiz nos dois anos anteriores, em um trabalho altamente cansativo, desgastante, mas compensador pela felicidade das crianças. Esse ano, as diversas demandas não permitiram, e a proposta foi fazer uma "quadrilha improvisada". Outro elemento que contribuiu para a escolha pela quadrilha improvisada foi a impossibilidade de "ensaiar" com todas as turmas, sendo geralmente feita uma escolha pelas crianças maiores, que na minha concepção desvalorizada os menores, sempre bastante empolgados com a dança, bastante presente em nosso cotidiano e, logo, em suas vivências.

O conteúdo da dança seria trabalhado nas aulas, bem como alguns passos básicos: balancê, passeio na roça, túnel, serrote, caracol, grande roda, o que foi feito.

Pois bem, a quadrilha improvisada tinha tudo para sair boa, engraçada e principalmente, DIVERTIDA PARA AS CRIANÇAS, o objetivo maior. As aulas estavam divertidas, cheias de risos alegres e pares feitos com meninas e meninos, meninas e meninas e meninos e meninos, sem qualquer discriminação ou imposição.

Porém, tivemos um grande problema no dia: a falta de estrutura da festa! No momento da apresentação detectamos que não estava funcionando ao mesmo tempo o microsystem acoplado a caixa amplifica e o microfone, mas apenas funcionando um ou outro. Diante desse impasse, optei pela música, pois dançar sem som não tem a menos graça. No entanto, a grande quantidade de crianças, somados ao barulho das conversas e do som alto, tornou impossível uma boa apresentação, pois as crianças não ouviam as minhas orientações.

Fora isso, fiquei muito chateada e indignada com a reclamação de uma mãe de uma menina do 1º ano, de que sua filha tinha dançado com outra colega (menina). Nesse momento, entre uma quadrilha e outra, eu tentava explicar para aquela mãe - que certamente como muitos/as outros/as não ouviu as explicações sobre a quadrilha improvisada e seus objetivos - que a intenção era a diversão, e isso havia acontecido.

Aquela mãe demostrou algo que eu já sabia: o problema das crianças são os adultos! E sua posição machista em relação ao par, demonstrou que é a reprodução desses valores que impede o alcance de uma sociedade justa e igualitária.

Felizmente essa foi a última apresentação que farei, mas lamentávelmente a lembrança será de algo bagunçado e nada divertido...


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Indicações de leituras!


Seguem abaixo os links de excelentes textos que acabei de ler:


Futebol, sexo e religião


Sobre os feminicídios

domingo, 12 de junho de 2011

Prefeito de São Desidério processa Jornalista do SDmania por criticas à administração


Não me impressiona essa ação de Zito, pois ele é fruto de uma das melhores escolas repressoras: O CARLISMO! É essa criatura tirana que quer se candidatar a prefeito aqui em Barreiras? Já nos basta os outros e a atual prefeita, um grupelho de repressores de carteriinha.

A "justiça" tem sido utilizada para coagir qualquer movimentação que vá de encontro ao que está posto, vide os diversos processos que lutadoras e lutadores de movimentos sociais têm sido vítimas, mas na cadeira dos "reús", ou seja, LUTAR VIROU CRIME!?

É uma tentativa de intimidação, sem a menor dúvida, mas eu torço para que a jornalista absorva essa situação como alimento de combate às injustiças e aos desmandos do poder.

LEIAM A MATÉRIA NO SITE www.sdmania.com.br


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carteiras escolares novas: o nada que vira tudo

Por Paula Vielmo



Na semana passada, começou um processo de reviravolta muito interessante no meu ambiente de trabalho, uma "unidade escolar" da "rede municipal de ensino".

Após o grande empenho da diretora da escola, várias reivindicações da comunidade escolar foram sistematizadas e encaminhadas para a secretaria de Educação, originando, finalmente, ação no sentido de tornar o ambiente escolar mais agradável e acolhedor às aprendizagens e vivências.

Nesse processo, começou-se a pintar as salas de aula da parte superior do prédio. Paralelo a isso, chegaram muitas carteiras escolares novas em folha, recém montadas (cerca de 400 carteiras). No dia da chegada das carteiras, as crianças corriam com elas em suas cabeças, na ânsia de que faltasse, largando o que estivessem fazendo para "garantir" uma carteira nova de estudo.

Na terça-feira, no horário da aula, haviam apenas três crianças na quadra, o que gerou-me espanto pelo fato de estarem sempre lá, anciosos aguardando a recreação. Ao questionar sobre o motivo da demora, eis que uma menina responde ingênua e espontâneamente que estavam na sala, "guardando uma cadeira". "Cadeiras novinhas, branquinhas". E completou falando num tom de felicidade mágico, sobre as "paredes branquinhas" da sala de aula.

O brilho do olhar e sorriso das crianças me chamou muita atenção, principalmente porque o que as fez tão absurdamente feliz, é um DIREITO MÍNIMO! Elas tem o direito de estudarem num lugar com paredes limpas ao invés de sujas; de estudar em carteiras que estimulem a sua aprendizagem, ao invés de carteiras que os distraíam pelo fato de rasgarem suas roupas (um menino da quarta série chegou a levar um martelo para a escola afim de esconder o prego que furava suas calças)

É tão simples fazer uma criança feliz, então por que não as fazem? Quem tem o poder de decidir o que deve ser feito, quando não o faz deve desconhecer o que significa o sorriso verdadeiramente alegre de uma criança.

Eu fiquei feliz por saber que o ambiente escolar está ficando mais agradável e digno da vivência e convivência humana em busca de aprendizagens, mas fiquei absurdamente triste em perceber que nossas crianças estão crescendo acreditando que paredes pintadas e carteiras adequadas são benefícios dos mais raros e não mais um direito que não lhes é garantido por irresponsabilade governamental.

Evento de combate a corrupção: vamos lá!!!

ATENÇÃO!

Na próxima quinta-feira, 09 de junho, às 19h30 no Centro Cultural Rivelino Carvalho, haverá uma palestra sobre a FORÇA TAREFA POPULAR.

Conheça a "Força Tarefa Popular", uma articulação de entidades da sociedade civil e cidadãos que tem como objetivo combater a corrupção com ativa participação popular.

Dr. José Arimatéia Dantas, advogado piauiense, falará sobre essa articulação.

Organização: Agência 10envolvimento e Pastoral da Juventude

Apoio: Diocese de Barreiras, Cáritas e OAB


Vamos lá! É uma oportunidade excelente de articulação do povo, algo que muito precisamos em Barreiras, para combater os e as coronéis que ainda resitem e insistem em fazer de nosso município de sua fazenda!




sábado, 4 de junho de 2011

Estudantes são violentamente reprimidos por Batalhão de Missões Especiais em manifestação pela redução da passagem em Vitória (ES)


Luciana Silvestre Girelli*


“No dia 02/06, Vitória vai parar”. Essa era a frase colada nos pontos de ônibus de Vitória (ES), há cerca de dois meses, pelo Movimento Passe Livre (MPL) e organizações estudantis, anunciando o dia de luta pela redução do preço da passagem e pelo passe livre. Confirmando o indicativo, na manhã de ontem, os estudantes iniciaram os protestos fechando as vias de acesso ao Centro de Vitória, em frente ao Palácio Anchieta, e foram violentamente retirados pelo Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar.

As manifestações pela redução da passagem e em protesto contra a repressão policial continuaram no período da tarde, na Avenida Fernando Ferrari, em frente à Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Cerca de 200 estudantes protestavam na avenida, quando o BME atirou bombas e balas de borracha, atingindo as pessoas que estavam nas dependências do campus da Ufes, incluindo prédios de salas de aula, o Teatro Universitário e o Centro de Vivência. Muitos estudantes sofreram ferimentos e tiveram que ser hospitalizados.

De acordo com o integrante do Diretório Central dos estudantes da UFES, Vitor César Noronha, a pauta que estava focada no movimento estudantil se expandiu para toda a sociedade, pois o governo do Estado promoveu uma série de ações violentas contra os movimentos sociais, o que se explicitou no ato de ontem. Ele também reiterou que, a partir de agora, o movimento vai reivindicar a liberdade de organização e a desmilitarização da polícia. “Acreditamos que deve haver uma intervenção no ES, devido às ações de desrespeito aos diretos humanos e à Constituição Federal”, falou Vitor.

“Estive na manifestação e percebi a tropa de choque ensandecida. Não foi a primeira vez que a polícia atacou os movimentos sociais dessa forma, o que é muito grave”, afirmou o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Gilmar Ferreira. Ele disse também que o Estado tem consolidado a prática de violação de direitos humanos e que o governo estadual precisa abrir o diálogo com os movimentos sociais.

Para o advogado e integrante do Conselho Estadual da Criança e Adolescente, André Moreira, foi utilizada uma força muito além da necessária para conter o protesto. “O governo estadual escolheu a pior forma de resolver o problema, que foi pelo uso da violência. Ele deveria ter aproveitado a pauta dos estudantes para solucionar o problema do transporte público no Espírito Santo”, opiniou André.

Ufes é bombardeada pela Polícia Militar.

Após a violenta repressão contra os estudantes em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, o BME atirou bombas e balas de borracha contra os estudantes que paralisavam a Avenida Fernando Ferrari, em frente à UFES, na tarde de ontem. Mesmo após os estudantes terem deixado a pista, o BME continuou atirando para dentro do campus universitário.

“A gente estava na rua fazendo movimento pacífico, quando o choque jogou bombas de gás. A Ufes parecia um campo de guerra. Muita gente que nem estava na manifestação se machucou”, registrou a estudante de Ciências Sociais da Ufes, Macely Schun.

Conforme depoimento do professor do Departamento de Matemática, Leonardo Meireles Câmara, o BME jogou diversas bombas do lado de fora da universidade, atingindo diversas pessoas. “Eu disse que eles estavam cometendo um crime federal e que não poderiam adentrar para a universidade. Falei que era professor e eles me ameaçaram, apontando a arma em minha direção”, relatou Leonardo. Ele reiterou que é necessário punir os responsáveis pelo ocorrido e que a universidade deve entrar com as medidas cabíveis.

De acordo com a professora do Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Mariane Lima de Souza, no momento dos ataques do BME, estava ocorrendo uma sessão de filmes infantis para crianças de 3 a 6 anos, de várias escolas de Vitória, no Teatro Universitário. “As crianças não sabiam o que estava acontecendo e um funcionário do teatro estava recebendo um número grande de pais e professores que estavam desesperados, pois não sabiam se saíam do espaço com as crianças ou permaneciam no local”, relatou a professora. Ela disse que ficou assustada com o despreparo da polícia para lidar com essa situação e afirmou que é inadmissível pensar em ações de extrema violência em espaço de grande circulação de pessoas.

Em nota oficial, o reitor em exercício da UFES, Reinaldo Centoducate, afirmou que o episódio entre o BME e os manifestantes acabou causando conseqüências para estudantes, servidores técnicos, professores e visitantes que passavam na área do campus e que não tinham qualquer participação no evento. Para a Administração Central da UFES, o campus da universidade, seus professores, servidores, estudantes e visitantes, não podem sofrer conseqüências físicas e morais diante de um episódio ocorrido numa via pública.

Estudantes são encurralados nas calçadas e retirados de dentro dos ônibus pelo BME.

Após a violenta repressão em frente à universidade, os estudantes caminharam em direção ao pedágio da Terceira Ponte, que já havia sido fechada com cerca de 100 policiais. O BME partiu em direção aos manifestantes que foram encurralados nas ruas e calçadas. “Ficamos cercados pelo BME por todas as ruas. De um lado, havia o batalhão de choque, de outro, havia a cavalaria e ainda tinha as bombas e sprays de pimenta”, relatou o estudante de Ciências Sociais da UFES, Fernando Leal.

Para se refugiar da ação violenta, muitos estudantes entraram nos ônibus, mas alguns foram retirados à força e presos. “A cavalaria da polícia veio em direção aos estudantes para prender e não para dispersar. Os estudantes foram algemados e presos e sofreram várias violações de direitos humanos”, afirmou a assistente social que participava da manifestação, Camila Valadão. No final do dia, cerca de 27 estudantes haviam sido presos, mas foram liberados durante a madrugada devido à pressão do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CDDH) e de advogados parceiros dos movimentos sociais.

Movimento estudantil organizado e movimentos sociais integram manifestações na cidade.

Ao contrário do que a mídia local tem repercutido, o movimento pela redução da passagem é integrado por diversas organizações estudantis, incluindo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFES, vários Centros e Diretórios Acadêmicos, executivas e federações de curso e o Movimento Passe Livre (MPL). “Várias organizações e movimentos sociais estão na luta pela redução da passagem, pois essa é uma pauta de interesse de toda a sociedade”, afirmou o diretor de Articulação do DCE da UFES, Raphael Sodré.

Além disso, esse movimento conta com o apoio de diversos movimentos sociais no Espírito Santo. Até o momento, já manifestaram apoio a essa luta o Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Movimento Nacional dos Direitos Humanos, UNEGRO- ES, Movimento Terra e Liberdade, Consulta Popular, Círculo Palmarino, Assembléia do Movimento Negro, Sindicato dos Jornalistas do Estado do Espírito Santo, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sindicato dos Bancários do ES, André Moreira - presidente do Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente, Fórum Juventude Negra, Comissão de Direitos Humanos da OAB, Intersindical Nacional, Força Sindical, Diretório Central dos Estudantes da UFES, Adufes.

Melhoria do transporte público é a pauta de fundo do movimento.

Além da redução do preço da passagem e do direito ao passe livre, o movimento traz para a pauta da sociedade o debate sobre o transporte público e da mobilidade urbana. “A questão de fundo do movimento é a qualidade do transporte urbano, o que reflete diretamente na qualidade de vida da população urbana”, falou o secretário geral do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Araújo. Ele reiterou que essa pauta ganhou a sociedade na medida em que os estudantes foram à rua por um projeto alternativo de transporte, o que não tem sido apresentado pelo governo estadual.

Novas manifestações estão previstas para hoje (03/06). Conforme deliberação da Assembleia de estudantes realizada no final da tarde de ontem, hoje ocorrerá um novo Ato pela redução do preço das passagens e contra a violência policial. A concentração será às 17 horas, em frente ao Teatro Universitário, na UFES.

Luciana Silvestre Girelli – Jornalista da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (ADUFES)



Confira as fotos e vídeos:

De manhã, em frente ao Palácio do governo, no Centro de Vitória:






De tarde, na Ufes:





À noite, na Avenida Cesar Hilal, próximo à 3ª ponte.

http://www.youtube.com/watch?v=eEK_g3M-2XA