quarta-feira, 18 de julho de 2012

Barreiras sem água: cadê a Embasa?

Por Paula Vielmo


Começamos a semana com a "surpresa" nada agradável de que estávamos sem água devido a um rompimento em um trecho abastecedor do município de Barreiras. A causa seria uma peça que quebrou. De lá para cá, foram dois dias sem água em um município com cerca de 150 mil habitantes!

Segundo "aviso importante" retirado do site da EMBASA:

O vazamento que interrompeu o fornecimento de água em Barreiras será corrigido até o final da tarde desta terça-feira, dia 17/07, quando o serviço de abastecimento iniciará sua regularização gradativamente. O rompimento aconteceu em frente à rodoviária de Barreiras, em um trecho da rede distribuidora que leva água da Estação de Tratamento para os reservatórios que abastecem todo o município.

A recomendação é que a população continue a reservar água e evitar desperdício até a retomada do fornecimento de água. Hoje, a Embasa realizou o abastecimento alternativo com carros-pipa para hospitais, escolas e creches da cidade.


Ficar sem água parece coisa de filme futurista ou do sertão, mas está sendo uma realidade para nós, que moramos em Barreiras. Para quem vive no sertão, é uma constante muito maior. Esse episódio serve para lembrarmos do sofrimentos de milhares de brasileiras, brasileiros e outras pessoas pelo mundo que tem acesso limitado a esse bem natural e do qual nenhum ser vivo sobrevive sem: ÁGUA!

Outro motivo é de caráter econômico, lembrado de maneira indignada pela minhã mãe na noite desta terça-feira, mais de 24 horas sem água que, caso um consumidor fique sem pagar a conta de água, terá esse serviço essencial interrompido pelo "corte" do serviço. Todavia, nesse caso, em que a prestadora de serviço deixa de fazer sua obrigação, nada é feito.

Novamente observamos que as penalidades recaem sobre o consumidor/a e não sobre a prestadora deste serviço essencial, ou seja, a EMBASA. Tal empresa:
A Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A. – Embasa - é uma sociedade de economia mista de capital autorizado, pessoa jurídica de direito privado, tendo como acionista majoritário o Governo do Estado da Bahia.

Como uma Empresa desse porte, responsável pelos serviços de "análise da qualidade da água, relatório anual para informações ao consumidor, abastecimento de água, esgotamentos sanitário, expansão e estudo de viabilidade" não faz MANUTENÇÃO do sistema e não tem UMA PEÇA reserva?!

Como ficamos nós, população consumidora, que não estamos dentro dos "hospitais, escolas e creches" e não tivemos acesso a carros-pipas?

Cabe indignação e comentários acerca desse respeito, mas cabe mais ainda alguma ação efetiva para punir essa empresa que não cumpre com sua obrigação, deixando milhares de pessoas sem água, em uma cidade quente, seca e repleta de poeira.

Cabe uma demorada reflexão sobre a importância da água e sobre como estamos sob a administração de pessoas que não atentam para imprevistos previsíveis.

Queremos água, já!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

NOTA DE ESCLARECIMENTO: NÃO SOU CANDIDATA EM 2012

Por Paula Vielmo

Em resposta ao grande número de pessoas que têm me abordado perguntando em relação a minha candidatura em 2012, e que se surpreendem ao saber que não sou candidata, segue o meu respeitoso esclarecimento:

Sou militante política acima de qualquer coisa. O sou desde meus 15 anos. Tenho 28.

Como militante estudantil durante muitos anos - e que considero a base da minha formação política -, tomei consciência e me engajei na luta ao tempo em que também aprendi a apoiar os movimentos sociais. Em seguida, por maturidade política e necessidade de abrigo ideológico, me filiei a um partido politico. Não qualquer partido, mas um partido que é opção e que eu considero como tal.

Em 2008, como desafio partidário de disputa para a construção local do PSOL que fora fundado em pouco mais de três meses, fui candidata a vereadora. A votação expressiva foi uma surpresa geral, inclusive para mim. Até hoje não sei onde exatamente estiveram localizados os 500 votos conscientes que tive. Agradeço e sinto-me honrada pela confiança de tantas pessoas sem qualquer troca de favores, como é tão costumeiro – infelizmente – nos processos eleitorais.

Depois da eleição, a luta continuou, e os ataques começaram. De alguma maneira, muita gente sacana tentou vestir em mim uma carapuça de oportunista que não me cabe e jamais me caberá. O tempo e, sobretudo, a minha prática militante demonstraram e demonstram isso.

Em 2012, eu seria candidata novamente ao legislativo municipal, mas não o sou. A pergunta que não quer calar é: POR QUÊ?

A resposta é simples: tenho motivos políticos suficientemente relevantes para isso. Não foi uma decisão prematura, precipitada, imatura e inconsequente. Foi uma decisão coerente, pois para mim, princípios são inegociáveis.

Tenho encontrado muitas pessoas que se surpreendem com a informação de que não sou candidata, e eu fico muito alegre com a confiança e com a expressão dessa confiança através de palavras e gestos espontâneos e sinceros. Infelizmente em 2012 não foi possível.

Todavia, temos eleições municipais a cada quatro anos e pode ser que em 2016 a conjuntura mude. Caso não mude, a minha opção pela luta política não se abaterá por um processo eleitoral, como não se limita a isso, pois essa não é a razão da luta que escolhi e que construo cotidianamente.

A todas e todos, uma única certeza: A LUTA CONTINUA!