quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Mensagem de final de ano

Ao assistir um vídeo do Juntos - Juventude em luta, as palavras de Galeano me tocaram profundamente, pela simplicidade e esperança. Assim, transcrevo abaixo para dividir com os/as leitores/as deste blog, que de certa ou muita forma acreditam, assim como eu, de que um outro mundo é possível. Estamos em luta por esse mundo!



Esse outro mundo possível que está na barriga deste!
Vivemos num mundo infame, eu diria! Não incentiva muito...
Um mundo mal nascido...mas existe outro mundo na barriga deste. Esperando...
Que é um mundo diferente. Diferente e de parto complicado.
Não é fácil o nascimento, mas com certeza pulsa no mundo que estamos. Um mundo que "pode ser" pulsando no mundo que "é".

Eduardo Galeano

Cadê o 13º?!

Por Paula Vielmo



"A relação entre o capitalismo e os trabalhadores sempre foi conflitante. No seu início, o capitalismo impôs a mais brutal exploração do trabalho: salários miseráveis, extensa jornada de trabalho, exploração de crianças, insalubridade, e a inexistência dos direitos tradicionais hoje existentes. A classe operária iniciou, então, a sua luta pelas necessidades mais elementares. [...] No conjunto, o movimento operário foi impondo derrotas ao capital: jornada de oito horas de trabalho, salário mínimo, férias, 13º salário, e muitas outras. Tudo isso foi conquistado com muita luta. Nada foi doado". (Movimento Revolucionário)



Desde que tive conhecimento do fato da prefeita não pagar a "gratificação natalina", mais conhecida como 13º salário, aos servidores do município de Barreiras, estou inquietada. Inquieta porque ela conseguiu se superar nas afrontas aos servidores municipais; inquieta porque retirou sumariamente um direito conquistado com muita luta sem qualquer justificativa para o injustificável; inquieta porque ninguém faz nada.

Diante da minha inquietação, o pouco que me resta é escrever. De acordo com Ridley e Garrante (BBC, 2011) seria uma rebeldia individual com atitudes que caracterizam um "ato de comunicação - uma expressão com a esperança de atingir um grupo de pessoas no mundo que concordará com você".

Não é a primeira vez que a prefeita age dessa maneira. Ela vem, continuamente, desrespeitando prazos para pagamentos. Na condição de ex-servidora municipal, vivenciei os atrasos salariais e na entrega dos vale-transportes. Denunciei inúmeras vezes em meu blog, ao tempo em que pressionava a direção do sindicato para alguma ação. Geralmente a opção da direção sindical era pela diplomacia, adotando as práticas dos sindicatos burocratizados. No entanto, o atraso desse ano de 2011 superou todas os anteriores, pois deixou os servidores municipais sem a "gratificação natalina".

Apesar dessas dificuldades, pela falta de democracia no País ao longo de quase todo o século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, com a derrota do Nazi-fascismo, sindicatos de grande número de categorias importantes conseguiram livrar-se dos "pelegos" e voltar à combatividade dos anos 10 e 20, com um novo ciclo de lutas sindicais, que vai até o golpe de 1964, que implantou o regime militar. Neste período, ocorreram grandes lutas, greves memoráveis e novas conquistas, entre as quais, o repouso semanal remunerado, férias de 30 dias e 13º salário. (Library). O décimo terceiro salário foi instituído no Brasil em 1962, que o disciplinou como pagamento no mês de dezembro, baseado sobre a remuneração desse mês, e em valor correspondente ao numero de meses trabalhados pelo empregado no ano. Possui natureza salarial. (Infoescola)

De acordo com a legislação federal e também a Lei 617/03 - Estatuto dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, das Autarquias e Fundações Públicas do Município de Barreiras, lemos na Subseção II - Do Décimo Terceiro Salário, art. 59, § 2º: A gratificação natalina será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

É o site JusBrasil que informa o objetivo do 13º salário: "propiciar aos trabalhadores um Natal com maior fartura e ao mesmo tempo incrementar a atividade econômica através do aumento das vendas no período de festas".

Não bastasse o atraso que compromete uma série de compromissos e expectativas de consumo, vivemos um processo de tratamento desigual entre os servidores concursados e contratados, em que estes últimos não recebem o 13º salário e quem não ficar satisfeito não é recontratado no ano seguinte. Recontratado, pois os contratos são anuais e com vencimento em dezembro para não pagar salário em janeiro para os contratados/as.

No entanto, mais uma vez a prefeita desrespeita a Lei e os Direitos Trabalhistas, pois o décimo terceiro salário é direito de todas as espécies de empregados, inclusive os temporários.Entretanto, apesar de serem leis que estão sendo descumpridas e ainda existir um chamado para o subserviente Poder Legislativo Municipal, o que mais me intriga é a passividade dos servidores, que não se rebelam em relação a essa situação. De todas as lutas travadas, é na contemporaneidade que vemos os trabalhadores tendo dificuldades de se mobilizar para as lutas e os processos de organização.

É inadmissível essa situação, mas "o governo é fruto das pressões populares", logo os desmandos da prefeita tem origem na pouca ou nula atuação dos outros dois Poderes Públicos - Legislativo e Judiciário -, mas sobretudo na aceitação das pessoas através do comodismo. Um levante popular em Barreiras é mais do que necessário e as mobilizações já provaram que a prefeita tem medo do povo organizado e nas ruas! Levante e lute, JÁ!

Senado uruguaio aprova lei de descriminalização do aborto




O Senado uruguaio aprovou nesta terça-feira a lei que descriminaliza o aborto no país, em meio a manifestações de religiosos e organizações feministas. Três anos atrás, o governo anterior vetou a legalização da prática.


A votação final, após quase dez horas de debate, marcou 17 votos a favor e 14 contra. Agora, a iniciativa passará para a Câmara dos Deputados, que só analisará a proposta após o recesso parlamentar. Caso a lei também seja aprovada pela câmara, o presidente José Mujica já declarou que não usará seu poder de veto. A Igreja Católica já avisou que deve excomungar os legisladores católicos que votarem a favor do projeto.


No Uruguai, país com baixo desenvolvimento demográfico e com apenas 3,4 milhões de habitantes, o aborto é tido como um crime desde 1938. Tantos os senadores como os deputados aprovaram a descriminalização do aborto em outubro de 2008, mas o então presidente socialista Tabaré Vázquez vetou a lei, criando uma crise interna em seu partido, o que o levou a sair do Partido Socialista.


O projeto de lei estabelece que “toda mulher maior de idade tem direito a decidir sobre a interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras doze semanas do processo de gestação”. Esse período de três meses não deverá ser levado em conta se a gravidez for produto de um estupro, se a saúde ou a vida da mulher estiverem em risco e se existir “má formação grave do feto, incompatível com a vida extrauterina”.


Os serviços públicos de saúde, sejam eles públicos ou particulares, terão a obrigação de realizar o aborto gratuitamente nas mulheres que solicitarem o procedimento, de acordo com o texto do projeto.


A senadora Monica Xavier, que apresentou o projeto, explicou que a descriminalização tem como objetivo evitar as mortes consequentes de abortos clandestinos. Segundo ONGs, são praticados 30 mil abortos por ano no Uruguai. A lei em vigor determina de três a nove meses de prisão a mulher que fizer aborto e seis a 24 meses a quem colaborar com a interrupção da gravidez. Quem fizer o procedimento sem o consentimento da mulher pode ficar de dois a oito anos na prisão.



Fonte: O Globo

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

UNICEF confirma: Cuba tem 0% de desnutrição infantil


Interessante que a mídia burguesa não divulgue esses fatos. Se fosse pessoas "fugindo" de Cuba, já estava em todos os jornais, revistas, TV´s e sites. Como é um fato SOCIALMENTE louvável, ficará restrito aos veículos de divulgação da esquerda ou nossas redes sociais.

No entanto, se a mídia burguesa não divulga, a gente divulga!

"Segundo a ONU, Cuba é o único país da América Latina e Caribe que eliminou a desnutrição infantil severa, graças aos esforços do governo para melhorar a alimentação da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis."

RECOMENDO A LEITURA E SEGUE O LINK:



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Junto & Misturado com o machismo!

Por Paula Vielmo


Reconhecer a sociedade capitalista como sustentada nas opressões é uma lição libertadora, mas que exige desprendimento de velhos dogmas e sobretudo da cultura e educação que recebemos, desde o nosso nascimento. A sociedade capitalista é racista, homofóbica e machista, ela se mantém também através das opressões de chamadas "minorias". Só não vê quem não quer ou não tem condições para tal.
Esse não é um texto raivoso de uma feminista. É o desabafo de uma mulher que se assume racista, homofóbica e machista, e luta todos os dias para se libertar dessa cultura da qual não compartilho, mas está na minha cultura, mesmo não sendo uma escolha individual.

Poderia passar despercebido, mas não vai, pois mais uma vez, um evento em Barreiras se apropria da mulher como objeto de chama de fregueses homens, que apenas por serem do sexo masculino pagam mais caro. O ingresso da festa "Junto e Misturado" que acontece amanhã, dia 27/12, tem a publicidade centrada em dois aspectos:

1. Open Bar
2. Valor do ingresso diferenciado: homem R$20 e mulher R$5

O primeiro elemento da publicidade utiliza do álcool, droga lícita cada vez mais utilizada, para atrair consumidores para o evento. A bebida é um item caro em festas, logo ser uma festa "open bar" é um atrativo a mais.

O segundo elemento da publicidade utiliza a mulher, ser humano do sexo feminino, como atrativo para os consumidores número um, os que pagam mais caro no evento -os homens.

Assim que observei a distinção dos valores nos ingressos, indaguei na página de divulgação do evento: Por que homem paga R$20 e mulher R$5? Eu já sabia, mas queria provocar reflexões naqueles que ainda reproduzem a opressão sexista/machista. Demorou vários dias, até que hoje um rapaz respondeu com naturalidade o que todos os demais se negaram a fazer, com receio:

" O marketing de ingresso mais barato pra mulher serve como uma especia de "chama" pros homens Paula, a galera ja vai pensando, vai dar muita mulher nessa festa, e ainda é open bar, então eu vou.."


Durante muitas décadas, as mulheres lutaram por direitos iguais. E ainda lutam. Por direito ao voto, por direito à serem donas de seus corpos ao invés de seus maridos ou o Estado, por trabalhar fora de casa, por salários iguais aos dos homens (o que ainda não é real), por divisão sexual do trabalho igualitária. Muitas lutas, que não podem ficar submersas a um retrocesso dessa natureza, em que um valor desigual de um ingresso não representa acesso a um espaço de lazer, já que as mulheres ganham menos, mesmo tendo graus mais elevados de estudo. Significa ser "chama" pros homens!

Uma festa como essas, pode ser um perigo para as mulheres, pois os homens que vão até lá desejam beber e "pegar" mulher. Então, uma mulher que deseja ir para lá beber e se divertir, está em perigo, pois estando lá como "chama", ela estaria disponível e disposta a realizar as vontades dos homens. Negar significa perigo, inclusive para sua integridade física.

Para quem leu as linhas acima e achou absurdo, lembro que isso é recorrente em nossa sociedade machista. Não faz muito tempo que foi amplamente divulgado o fato de um homem ter quebrado o braço de uma mulher porque ela disse "não". Muitos não aceitam "não", pois ainda concebem e tratam a mulher como um objeto que deve satisfazer as suas vontades. Nós mulheres, temos vontade própria, sabia?

Que a festa seja um momento de diversão, que as pessoas que quiserem desabar de álcool o façam, mas que as mulheres não sejam tratadas como objetos. É pedir demais por respeito? Na sociedade capitalista, sem a menor dúvida!

Não gostaria de escrever um texto desses, mas não fazê-lo significa ser cúmplice de um grande equívoco, e minha consciência não me perdoaria jamais: "a nossa luta é todo dia, o nosso corpo não é mercadoria"!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Passaredo: destruindo sonhos

Por Paula Vielmo


Na tarde de 16 de dezembro, desloquei-me até o Aeroporto de Barreiras para um voo que deveria sair às 18:27. No entanto, para surpresa ao chegar para o check-in é que a aeronave estava atrasada em quase duas horas, com previsão de saída apenas para 19:30. Pela passagem, eu deveria estar no Aeroporto Internacional de Brasília às 19:18! Uma passagem absurdamente cara, de R$1.148,30 pagos com os 5% do Fundo Partidário dedicado ao Setorial de Mulheres seria perdida e um mar de frustração seguiria sobre o sonho!

Eu estava indo para Brasília, de onde pegaria outro voo até meu destino final: Rio de Janeiro, para o II Encontro Nacional de Mulheres do PSOL. O segundo voo era às 20:57. A Passaredo me deixou em solo às 20:55.

Devido ao trabalho, eu perderia apenas a abertura do Encontro, mas chegaria no Rio de Janeiro às 22:25, o que significaria descansar e aproveitar intensamente as discussões das Mesas e Grupos de Discussão do Encontro. Era um sonho sendo realizado, pois eu estava indo, pela primeira vez, para um espaço nacional do PSOL, e ainda mais sendo o II Encontro Nacional de Mulheres, um marco importante para a organização do Setorial Nacional de Mulheres e para nossa política feminista. Um sonho interrompido violentamente por uma empresa aérea irresponsável e insensível.

Ao chegar no Aeroporto de Brasília, muito atrasada, após ter perdido o voo, fui, juntamente com outros passageiros, até o balcão da Passaredo. Não havia ninguém! Depois de muito procurar, eis que aparece uma funcionária da empresa, que informa que se a viagem é "trecho a trecho", não é responsabilidade da empresa. Como assim, não é responsabilidade da empresa? Eu deveria estar aqui às 19:18 e não às 21:00!

Iniciava-se um dos piores momentos em termos de mais uma constatação de como nós não temos valor algum perante o empresariado e a lei burguesa.

Ao procurar algo de defesa do consumidor, fui direcionada até o Juizado Especial Cível. Assim, como eu, outras pessoas também haviam estado por lá. No entanto, o rapaz do atendimento informou que nada poderia ser feito e a empresa podia atrasar ATÉ QUATRO HORAS um voo e realmente não se responsabilizar se fosse "trecho a trecho". Meu chão caiu! Eu estava longe de casa, praticamente sozinha (conheci um passageiro na mesma situação), indignada e com o pior sentimento que se pode sentir: impotência!

Naquele momento, mais uma vez, percebi como as leis não contribuem conosco, que usamos o serviço - em nenhum caso -, mas SEMPRE COM AS EMPRESAS. Naquele momento, o meu sonho de participar do Encontro de Mulheres estava bloqueado pelo atraso de uma empresa que quer ganhar dinheiro a todo custo, mesmo que seja ao valor da frustração humana. Saí da sala desnorteada, apenas com a orientação de entrar com uma representação judicial na minha cidade de origem.

Entre muitas coisas que aconteceram, diante daquele sentimento horrível de impotência, do prejuízo em perder o voo, da madrugada angustiante, da frustração absurda de perder grande parte do evento e do cansaço, só saí do Aeroporto para o meu destino final às 11:00. Fiquei por 14 horas até que outra passagem fosse comprada, mas se dependesse da Passaredo, ou melhor "Passamedo", eu estaria lá a perder de vista!

Passada uma semana, escrevo esse relato como fruto da minha indignação e revolta, porque não poderia passar como se fosse algo natural. Todos os dias, muitas pessoas devem passar pela mesma coisa, mas estou fazendo o que posso, mesmo que a título de registro.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RECONHECIMENTO DO CURSO DE PEDAGOGIA - Docência e Gestão da UNEB/Campus IX

Por Estudantes Egressos do Curso de Pedagogia Docência e Gestão UNEB-Campus-IX-Barreiras-BA.


É com imenso prazer que estendemos o convite para comemorarmos o Reconhecimento do Curso de Pedagogia Docência e Gestão da UNEB – Campus – IX – Barreiras - BA. Será amanhã (quarta-feira), dia 21/12/2011 às 18:30h no auditório deste Campus supracitado. Ressaltamos que, a análise do Projeto de Pedagogia aconteceu nos dias 05,06 e 07 deste mês de dezembro/2011 pelo o CEE - Conselho Estadual de Educação da Bahia, no entanto, não foi fácil esta trajetória, que teve seu inicio desde o mês de fevereiro do corrente ano.


E essa conquista é de todos nós estudantes, que sentimos prejudicados, uma vez que nossos direitos estavam sendo podado, mas reagimos imediatamente ao saber da verdadeira situação. E nossas reivindicações, foram mais que justas! Procuramos os tramites legais, bem como ajuda da imprensa local, estadual e redes sociais que foram nossos principais parceiros ao longo dessa caminhada, visto que já estava completando 7 anos da criação do curso.


Todavia, não poderíamos deixar que o poder público de nosso Estado continue nos enrolando... Percebemos também que, incomodamos muitos ao expor toda a verdade para milhares de baianos sobre esse descaso, "a morosidade no Reconhecimento do referido Curso", e todos esses conflitos causados em prol, foram positivos, pois, se não dissermos o que estávamos precisando, jamais as autoridades baianas iriam saber para tentar solucionar, por isso que, uma avaliação positiva, é uma das formas mais eficaz para detectar os verdadeiros problemas.


Observa-se que, diante desse exposto, tivemos muitas conquistas, além do Reconhecimento, tais como: concurso para professores efetivos, contratação de mais funcionários, apesar de que ainda, não foi por meio de concurso, dentre outras. Mas, é isso aí gente! Temos que continuar apontando as falhas mesmo e outra questão que também, temos que ficarmos atentos e despertar toda a sociedade do Oeste Baiano é sobre o Projeto apresentado por um Represente do Poder Legislativo Estadual com a finalidade de entregar esse Campus à Universidade Nova – UFOBA, que provavelmente em 2012 quando legalizar os seus tramites, pois, enquanto o objetivo do Governo Federal é Reestruturar o Ensino Superior, ou seja, Interiorizar, o Governo do Estado da Bahia, seu intuito é se isentar de responsabilidades. Nenhum momento foi consultado a população e não sabemos que eles têm essa consciência primeiramente, acham que a coisa pública funciona assim? Reflitam...Cadê o Princípio da Publicidade? Em seu artigo Art. 37 e § 1º da CF/88 diz a respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa questionar e controlar toda a atividade administrativa que, repito, deve representar o interesse público, por isso não se justifica, de regra, o sigilo.


Em tempo, agradecemos a equipe da Pró-Grade que se disponibilizou e deslocou até Barreiras/Campus-IX para finalizar o Projeto, já que faltava pessoal do corpo administrativo/docente para auxiliar nesse processo, e a Coordenação desse Colegiado que se empenhou dando o melhor para o desenvolvimento deste e em especial os meios de comunicações de nossa cidade e Estado, pois vocês foram quem levou toda a cobertura dos acontecimentos ao conhecimento de toda a população baiana, acerca dos problemas supracitados, fazendo com que todos participassem ativamente dessas questões que nos envolve, como também fizeram com que esses fosse resolvidos em tempo hábil. O feedback para toda a sociedade baiana teve uma duração 10 meses.


E gostaríamos também de deixar claro, sobre a liberdade de "EXPRESSÃO" que é um direito fundamental consagrado na Constituição Federal de 1988, no capítulo que trata dos Direitos e Garantias fundamentais e funciona como um verdadeiro termômetro no Estado Democrático, ou seja, é um direito de manifestar livremente as opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral. O Art. 220, explicita que: a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.


*Texto recebido por e-mail e socializado em virtude da publicação de textos anteriores em relação à luta estudantil pelo reconhecimento do curso.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Plebiscito dos 10% do PIB para a Educação: um breve relato sobre a atuação em Barreiras

Por Paula Vielmo


O Plebiscito Nacional em prol de 10% do PIB para a Educação Pública, aconteceu em diversas partes do país entre 06 de novembro e 06 de dezembro de 2011. Em Barreiras, teve início no dia 25 de novembro até 06 de dezembro, por iniciativa do GREMIF – Grêmio Estudantil do IFBA, mas ganhou força quando incorporou diversas pessoas de organizações diferentes e principalmente das Universidades.

Entre muitas tarefas de final de semestre, final de unidade, trabalho, correrias, o tempo reservado para essa justa causa foi cedido com determinação, debaixo de sol e chuva, entre apoios e desinteresse.

Sobre esse processo, quero aqui relatar as minhas impressões acerca do tempo que fiquei responsável pela urna na Praça Castro Alves, nos dias 02 e 05/12 pela manhã.

Inicialmente, uma constatação que já era esperada: a população está desinformada em relação ao novo PNE (Plano Nacional de Educação) em tramitação na Câmara Federal e que definirá as metas para a Educação na próxima década. Em seguida, o desconhecimento sobre o que é um plebiscito, comprovando que esse instrumento de participação popular, pouco utilizado e que pode ampliar a participação nas decisões que são de interesse da nação, não faz parte da “democracia brasileira”. As pessoas, na grande maioria, não sabiam o que significava Plebiscito. Outro ponto de ignorância refere-se ao que é PIB (Produto Interno Bruto). Mais uma vez, a população desconhece sobre as riquezas produzidas no país e como elas são distribuídas e em quê são investidas.


Outro aspecto curioso, é que a maioria das pessoas que se aproximavam da banquinha, curiosas para saber do que se tratava, eram idosos. A juventude passava meio desinteressada, e quando parava não podia votar: a maioria dos jovens não estavam com nenhum documento de identificação e também não sabiam memorizados nenhum número (RG, CPF, ...), o que fez com que muitas pessoas não pudessem votar.

Algo que também me chamou atenção foi o fato de boa parte dos votantes não lerem a cédula, mas se bastarem da explicação oral. Quando percebi isso, para minimizar a alienação, eu lia as duas perguntas. Em relação às perguntas, foi unanimidade o não entendimento em relação a segunda pergunta, introduzida pelo Comitê Estadual, que se referia ao PNE.

Além disso, perdi a conta de quantas pessoas simplesmente ignoraram os chamados para chegar mais e conhecer sobre o Plebiscito. Alguns negavam com a cabeça, outros com a mão, outros apenas desdenhavam com um leve abano de mão, mas nada superou dois homens que aguardavam na parada de ônibus. O primeiro, após toda a minha explicação, apenas disse "deixa isso quieto" e fez que iria devolver-me o panfleto. Eu apenas respondi, "pode ficar" [com o panfleto]. O segundo, sentado na parada, disse que "era leigo e burro no assunto", completando super desconfiado: "isso atende aos interesses de quem? Seu?". Nesse segundo caso, ainda travei alguma discussão, indagando a quem interessava o aumento de investimento na Educação Pública, mas foi em vão.

No entanto, mesmo após várias situações negativas, é preciso relatar sobre as pessoas que se aproximavam, sobre as que argumentavam em defesa da Educação e sua importância social, sobre que 10% ainda é pouco e deveria ser mais, sobre os grupos de jovens que se aproximavam, pegavam panfletos para chamar os colegas, as mães, pais, professoras e professores que chegavam mais para conhecer, pegar o material de divulgação e votar pelo "sim".

Por fim, concluí que temos que arrumar uma maneira de levar esse debate sobre o PNE para a base da sociedade, uma vez que a ignorância é um dos motivos pelos quais a maioria de nossos "representantes" deitam e rolam, fazendo o que bem querem, pelas costas ou pela frente do povo, que nada sabe.

E não poderia deixar de agradecer o empenho do pessoal do IFBA, da UNEB, UFBA, UNYAHANA, da Arlete que levou o Plebiscito para São Desidério, do apoio para reprodução dos materiais, por parte da Direção Geral do IFBA (Dicíola) e da ADUNEB (Prof. Edson).

Agora, vamos esperar o resultado do Plebiscito que saíra após o dia 17/12 e acompanhar o desenrolar sobre o relatório e a votação do novo PNE (Plano Nacional de Educação), ao qual saberemos se a votação será a favor dos interesses do Governo ou do Povo.


APURAÇÃO DO PLEBISCITO EM BARREIRAS

Total de votantes: 1.605

Sim: 1.559

Não: 06

Branco: 01

Votos anulados: 39

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Plebiscito por 10% do PIB para a Educação Pública JÁ!

Por Paula Vielmo



Acontece de 06 de novembro a 06 de dezembro, o PLEBISCITO NACIONAL EM PROL DE 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA. Em Barreiras, a votação iniciou no dia 25 de novembro, sob o protagonismo da juventude estudantil do IFBA e se estendeu para outros espaços, a partir do apoio do movimento estudantil de outras Instituições (UNEB, UFBA, Unyahna) e organizações, como a ADUNEB (Associação dos Docentes da UNEB).

Durante todo o ano de 2011, a CAMPANHA 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO JÁ esteve em pauta: nas greves, nas mobilizações de rua em Brasília e por todos os estados, e também em Barreiras, mesmo que timidamente.

Para quem olha com desânimo e afirma que "de nada adianta", realmente não adianta esperar! É por isso que TODO O PAÍS está engajado nesse PLEBSICITO NACIONAL, instrumento popular organizado pelos Movimentos Sociais para FAZER PRESSÃO no Congresso, junto aos Deputados/as e Senadores/as!

Podem votar pessoas acima de 12 anos, utilizando um documento oficial de identificação e assinalando SIM e SIM!

A cédula da BAHIA possui duas perguntas, a PRIMEIRA NACIONAL e a SEGUNDA INTRODUZIDA PELO COMITÊ BAIANO:





SE VOCÊ AINDA NÃO VOTOU, VEJA OS LOCAIS E AJUDE A DIVULGAR:


IFBA - 25/11, 26/11 e 06/12

CEAG - 29/11

CETEP - 06/12

PADRE VIEIRA - 01/12

SAGRADO - 05/12

POLIVALENTE - 01/12

UNEB - 30/11 e 01/12

UFBA - 29/11 e 30/11

UNYAHNA - 30/11

PÇA. CASTRO ALVES - 02/12, 05/12 e 06/12

FEIRA DO CENTRO - 03/12

FEIRA DA VILA RICA - 04/12

FEIRA DA SANTA LUZIA - 04/12

Essa causa em prol da EDUCAÇÃO PÚBLICA merece nossa atenção, dedicação e envolvimento! Passe essa informação adiante!