sexta-feira, 16 de julho de 2010

12 razões para desconfiar de Marina (e do PV)

12/07/2010 — Rodolfo Pelegrin

Hoje descobri esta página, feita para “reforçar” a argumentação dos defensores da candidatura Marina Silva. Ela expõe “12 razões para você usar quando precisar explicar rapidamente porque votar em Marina“. Há muitos aspectos curiosos nestas razões. Muitas não são, em si, razões para votar em alguém. Muitas razões são a mesma “razão”. E todas demostram claramente o rebaixamento programático da candidatura.

Por exemplo: (1) “tem causa”, (2) “quer desenvolvimento sustentável” e (6) “é verde”, são claramente a mesma coisa: Marina seria uma candidata ambientalista. Algo que fica difícil de se acreditar, partindo de quem aprovou os transgênicos na agricultura, aprova as hidrelétricas na bacia amazônica, e participou de quase todo o governo Lula, um desastre na área.

Novamente, os itens (7) “tem capacidade de gestão”, (8) “tem equipe” , (9) “nova forma de governo” e (11) “combate o desperdício” são essencialmente a mesma idéia: de que Marina teria capacidade para fazer uma administração eficiente. É de se duvidar: o PV é o verdadeiro partido da boquinha. Não é oposição em lugar nenhum: sempre apoia o governo, seja do partido que for, para ganhar uns cargos em troca. Portanto, falar que vai “acabar com o loteamento de cargos públicos” com o PV chega a ser risível.

Outras “razões” já nem são razões. Ter determinada origem social (3) ou gênero (12) não é motivo para votar em alguém. Há ótimos e péssimos exemplos de qualquer lado.

Pra completar, tem as típicas piadas do marketing eleitoral: (5) “terceira geração de programas sociais” nada mais é do que prometer o que é sempre prometido, com novas palavras, pra mais uma vez ficar apenas no discurso. Outra brincadeira: ela é “sucessora” (10), palavra para a qual os marqueteiros definiram o significado: não seria nem opositora, nem continuadora. Em outras palavras, o principal não muda, mas muda, ou não, quem sabe?

Enfim, fica demonstrado o perfil da candidatura Marina: um apelo à emoção, ao simbolismo da superação pessoal, da “sustentabilidade” – uma falsa impressão de “modernidade”. Programa, política, tanto faz, afinal, os empresários já fizeram mesmo. E por baixo disso, alianças com o que há de mais atrasado e conservador na política brasileira.


FONTE: http://rodolfopelegrin.wordpress.com

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