Por Paula Vielmo
Na sexta-feira (04), escrevi sobre a semana pedagógica e comentei sobre o absurdo da convocatória de Jusmari em relação aos contratados e apadrinhados do governo, numa ação de revolta imensa. No entanto, é a indignação latente que me faz escrever agora e expor o que eu soube em relação às reuniões.
Infelizmente eu tinha outro compromisso, senão teria ido ao centro cultural, para pessoalmente testemunhar o evento, mas confio no repasse que me foi feito. As fontes foram seguras e nada do que foi dito foge do contexto cotidiano de Barreiras, a não ser por um pequeno e ousado levante.
Por incrível que pareça, soube que a reunião no sábado começou no horário e foi breve. O centro cultural estava abarrotado de pessoas e a prefeita falou sem usar microfone, o que para mim caracteriza que não queria ser bem ouvida e bem compreendida em suas falas. Ela estava acompanhada do marido deputado (Oziel Oliveira), da Secretária Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Maria do Carmo) e da fiel escudeira (Izôlda).
Segundo a "fonte", a prefeita foi enfática em afirmar que os/as contratados não tinham direito a receber 13º salário, bem como de "reclamar" na imprensa, pois eles tinham nela (Jusmari), uma AMIGA. Além disso, que todos contratos seriam renovados, exceto se a pessoa não quisesse assinar.
Nesse espetáculo, houve um momento para "perguntas", provavelmente para garantir a maquiagem da participação. No entanto, três pessoas fizeram corajosas intervenções, questionando sobre os atrasos nos pagamentos e a ausência da cópia do contrato, que não é entregue aos contratados/as (mais um desmando).
Ao saber dessas intervenções por parte de contratados, que historicamente tem mais medo pela instabilidade do vínculo com o município, fiquei bem animada, mas durou pouco. Os questionamentos começaram a gerar rebuliço e a fiel escudeira interveio para manter a ordem estabelecida e acabaram os questionamentos e a reunião.
Não bastasse esse ENORME desrespeito com os/as trabalhadores/as, a reunião de domingo foi para relembrar a função do cargo de encarregado escolar (que até hoje não me é clara), bem como que é um cargo do governo, ou seja, um braço do governo "Cidade Mãe" em cada escola, pois trata-se de indicação politiqueira. Isso lhes lembra algo? Eu fico enojada só de pensar.
Na verdade, estamos vivendo num IMENSO cabine de empregos, o que fortalece a reeleição da prefeita rosinha, através da política de cabresto, muito bem aprendida com o falecido Antônio Carlos Magalhães. Esses empregos, lotam a folha de pagamento e é forte a presença de muitas pessoas que nada ou pouco fazem de produtivo e educativo dentro das escolas municipais.
Falando em escola municipal, amanhã ou depois conto sobre um absurdo que chegou até mim e foi encaminhado. Realmente fico surpresa com os desmandos e desrespeitos que o povo de Barreiras sofre, principalmente os mais humildes.
"A minha resposta à ofensa à educação é a luta política consciente, crítica e organizada contra os ofensores" Paulo Freire
... enquanto os homens exercem seus podres poderes...
ResponderExcluirA prefeita mostra mais uma vez sua natureza coronelista. É um absurdo ameaçar profissionais contratados, não lhes pagar seus direitos e ainda nomear-se AMIGA. Muitas pessoas na minha escola foram convocadas para essa reunião vergonhosa e me relataram a mesma coisa. O medo de perder sua vaga e seu salário (apesar de atrasado e sem as vantagens que lhes são de direito mesmo sendo contratados) faz com que essas pessoas permaneçam em silêncio. Mas nós não ficaremos assim.
ResponderExcluirAnderson diz.....
ResponderExcluirA intencionalidade dessas reuniões não contribuem para a educação. Verdadeiramente, Barreiras não merece esses desmandos e imposições incoerentes e irresponsáveis. A indignação não pode ser a nossa única atitude, há que nos organizarmos em prol do respeito às pessoas.