sábado, 29 de janeiro de 2011

Como foi o ato nacional em Barreiras

Por Paula Vielmo


Na última sexta, 28 de janeiro, aconteceu em Barreiras uma atividade de resistência sobre o transporte coletivo, dentro do calendário do ATO NACIONAL POR TRANSPORTE DIGNO E PÚBLICO.

Esse ato aconteceu em diversas capitais brasileiras que se encontram mobilizadas contra os aumentos de tarifa em escala que ocorreram pelo país. Aqui em Barreiras nós estamos desmobilizados, mas fizemos uma ousadia: topamos em 24 horas construir o ato aqui, em pleno período de férias e pouco tempo.

Na quarta-feira aconteceu a reunião que encaminhou as ações e após as tarefas divididas, era só divulgar o ato, contactar a imprensa e esperar pelo dia 28. Naquela mesma quarta foi elaborado o panfleto que seria distribuído no ato. Na quinta, avisamos a Rádio Barreiras, TV Oeste, Rádio Vale, Jornal A Tarde e enviei um release por e-mail para os jornais Novoeste (publicou o release) e Nova Fronteira, sites ZDA e Fala Barreiras. A Rádio Vale disse que enviaria a unidade móvel e a TV que talvez aparecesse (muitas notícias? Acho que não...). O carro de som estava confirmado com a colaboração do SINDSEMB. Os encaminhamento estavam todos feitos.

Chegou a sexta-feira, 16h30 e apenas eu e dois compas estávamos na Praça. Às 17h00, chegou a polícia (enviamos um oficio avisando do ato) e tinha mais policiais que nanifestantes. Nesse momento éramos seis. Aos poucos, mais e mais pessoas foram chegando, poucas pessoas que estavam na praça aderiram, mas todas prestavam atenção às falas no carro de som.

Por volta das 18h00, decidimos por panfletar dentro dos ônibus. Esse foi o melhor momento da manifestação! Éramos poucos mais de 15 pessoas e com apoio da polícia, parávamos os ônibus, falávamos com o motorista e este abria a porta de trás para um/a companheiro/a entrar e panfletar, enquanto outro/a fazia uma intervenção oral dentro do ônibus. Alguns motoristas dificultaram, não queriam abrir, mas no geral foi tudo muito tranquilo e o melhor, houve ENORME receptividade da população com o ATO e as justas reivindicações em relação ao transporte.

Um capítulo à parte foi a atuação da polícia e de um policial em especial, que segundo ele foi de Movimento Estudantil na UESC e afirmou que a polícia estava lá para nos auxiliar e não reprimir. Incrivelmente a polícia disse que não estava lá para reprimir e mesmo olhando para aqueles homens fardados e pensando que eles também são trabalhadores, fiquei apreensiva. Aparelho de repressão é sempre aparelho de repressão e não tenho dúvidas que se fosse preciso reprimir, nós seríamos reprimidos/as. Não foi o caso!

Não foi o melhor ato, nem um dos melhores que já participei, mas sem dúvida foi um dos mais ousados em termo de tempo e o resultado foi bem melhor do que poderíamos imaginar. Ah, é importante deixar registrado que não apareceu NINGUÉM DA IMPRENSA.

Temos reunião dia 03 de fevereiro para organizar outras ações e retomar o movimento.

A luta continua!

Vídeo de parte do ato: http://www.youtube.com/watch?v=mAeBlydfh_s

Um comentário:

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