domingo, 20 de setembro de 2009

Acesso à educação continua desigual no país, avaliam especialistas


Apesar dos avanços no financiamento da educação, as desigualdades regionais e entre populações no acesso às salas de aulas permanecem no Brasil. A afirmação foi feita pelo economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jorge Abrahão, durante um seminário, realizado no início da semana, para debater o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 11,5% das crianças de oito e nove anos analfabetas. A situação é mais grave no Nordeste, onde estão 23% das crianças não letradas, especialmente no Maranhão, Alagoas e Piauí.

Já o índice de analfabetismo entre jovens e adultos no Brasil atingiu 10% em 2007, o que corresponde a 14 milhões de pessoas maiores de 15 anos. As taxas do analfabetismo variam de acordo com a faixa etária, cor e local de moradia.

Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Direito à Educação, o costa-riquenho Vernor Muñoz Villalobos, falou sobre os grupos que não têm acesso à educação.

“Trata-se dos grupos que são historicamente excluídos das oportunidades sociais e econômicas em geral. O sistema educativo tradicional parte da afirmação da superioridade de certos grupos. A herança que recebemos do estado da modernidade e de um sistema educativo baseado em uma racionalidade utilitarista segue causando discriminação.”

De acordo com Villalobos, no Brasil, os grupos mais discriminados do direito à educação são pessoas com deficiência física, a população negra, meninas adolescentes e a população camponesa.

De São Paulo, da Radioagência NP, Desirèe Luíse.

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