Por Paula Vielmo
Essa semana que passou foi tão, mas tão tumultuada que não tive condições de parar e escrever sobre o que aconteceu, para manter as/os leitoras/es atualizados.
Desde o final das eleições, já era esperado o aumento da tarifa de ônibus em Barreiras, pois tem sido uma prática constante do empresário do transporte, solicitar aumento sempre após as eleições, fazendo com que toda a população usuária desse serviço de péssima qualidade, pague pelos "investimentos" nas campanhas.
Dito e feito, após as eleições, a prefeita Jusmari encamnhou o Projeto de Lei Nº 033/2010 objetivando "reajustar" a tarifa para imorais R$2,05. Não bastasse isso, chegando à Câmara Municipal, começou a tramitar no dia 16/11. Desde essa data, começou uma forte inquietação de diversos segmentos, mas principalmente de estudantes sobre esse aumento, bem como em relação à imoralidade do transporte público coletivo funcionar SEM LICITAÇÃO. A partir daí, foi só ação..
Após manifestações de ruas, panfletagens, acompanhamento de sessões da Câmara, entrevistas na imprensa e ampla publicidade sobre o aumento (que seria votado na calada), a votação que seria na terça, 30/11, não ocorreu, pois o PL foi retirado de pauta. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram nesse cenário.
A SESSÃO QUE APROVOU O AUMENTO
Na quarta-feira, 08 de dezembro, cheguei na Câmara às 17h45, assim que saí da escola. Estava chovendo, mas somente depois entenderia a importância de tanta água. Eu estava na escola agoniada porque os vereadores votariam o aumento, sem o menos pudor, e estavam em recesso de 15 minutos para entrar em consenso sobre o valor da tarifa. Já estava certo de que não seria R$2,05.
Chegando na Câmara, deparei-me com uma lado das galerias repleto de estudantes armados com cartazes e faixas, e do outro lado um pequeno grupo de trabalhadores/as do transporte coletivo (motoristas e cobradores/as) solicitando o aumento da tarifa para reajustar seus salários e cestas básicas, munidos de um grande cartaz de papel madeira.
Naquela sessão, estava clara a posição dos vereadores e da presidente Kelly Magalhães (PC do B) que conduzia os trabalhos de maneira truculenta. Naqueles instantes, de muita agonia, senti falta de Luiz Holanda, até então o maior tirano de quem me aproximei. Ele perdia o posto para a presidente pseudocomunista.
Diante das diversas vozes que gritavam, contrárias ao que estava prestes a contecer, apenas ignoravam. Faziam ali o que fazem com o povo que dizem representar: não consideram. Mostraram majoritariamente, mais uma vez, a quem servem (empresários) e para que servem (manutenção da ordem injusta).
Naquela noite, molhada da chuva e triste por mais um golpe contra o povo, relembrei os momentos vivenciados em 2007 quando lutávamos pela nova lei de meia passagem. Aquilo tirava as forças, mas também alimentava a continuidade da luta, pois nos alimentamos de injustiças.
Saí da Câmara pensando que tanta chuva era realmente necessária para lavar a sujeira que os vereadores haviam lançado sobre o povo de Barreiras. São Pedro estava do nosso lado, pois segurou a chuva durante os manifestos de rua, e mandou muita água no dia da votação. Aprovaram, com apenas dois votos contra, o aumento da passagem para R$1,80. Obviamente não ficaria por isso mesmo.
A PARALIZAÇÃO DOS ÔNIBUS
Cientes de que o transporte está irregular e de que o aumento feria a recomendação do promotor Eduardo Bittencourt, na sexta-feira, 10, houve um grande protesto estudantil em frente à UNEB e CETEP, na região do Atacadão. Organizados, estudantes do CETEP, UFBA e UNEB, juntamente com o Movimento Punk de Barreiras, paralisou 15 ônibus durante três horas, numa demonstração de combatividade imensa.
Assim que a polícia chegou, agiu com truculência, mas mesmo assim a estudantada não arredou o pé nem se intimidou diante das várias ameaças recebidas. Infelizmente eu não estava lá, vivendo esse momento, mas me senti como se estivesse, tamanho o envolvimento com a ação.
A imprensa foi avisada do que acontecia, dos protestos contra o aumento. Depois de mais de uma hora, a Rádio Vale apareceu e foi de fundamental importância para que ninguém apanhasse da polícia; apareceram os jornais Novoeste, A Tarde e ZDA; a TV Oeste não quis ir. Alegou falta de equipe de reportagem, mas quem acredita nisso? Foi uma clara opção de não mostrar ao restante do povo, que podemos nos movimentar, nos desacorrentar, acordar e lutar. A TV não queria mostrar esse LINDO EXEMPLO para o oeste.
Essa semana tem mais! A luta continua...
Desde o final das eleições, já era esperado o aumento da tarifa de ônibus em Barreiras, pois tem sido uma prática constante do empresário do transporte, solicitar aumento sempre após as eleições, fazendo com que toda a população usuária desse serviço de péssima qualidade, pague pelos "investimentos" nas campanhas.
Dito e feito, após as eleições, a prefeita Jusmari encamnhou o Projeto de Lei Nº 033/2010 objetivando "reajustar" a tarifa para imorais R$2,05. Não bastasse isso, chegando à Câmara Municipal, começou a tramitar no dia 16/11. Desde essa data, começou uma forte inquietação de diversos segmentos, mas principalmente de estudantes sobre esse aumento, bem como em relação à imoralidade do transporte público coletivo funcionar SEM LICITAÇÃO. A partir daí, foi só ação..
Após manifestações de ruas, panfletagens, acompanhamento de sessões da Câmara, entrevistas na imprensa e ampla publicidade sobre o aumento (que seria votado na calada), a votação que seria na terça, 30/11, não ocorreu, pois o PL foi retirado de pauta. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram nesse cenário.
A SESSÃO QUE APROVOU O AUMENTO
Na quarta-feira, 08 de dezembro, cheguei na Câmara às 17h45, assim que saí da escola. Estava chovendo, mas somente depois entenderia a importância de tanta água. Eu estava na escola agoniada porque os vereadores votariam o aumento, sem o menos pudor, e estavam em recesso de 15 minutos para entrar em consenso sobre o valor da tarifa. Já estava certo de que não seria R$2,05.
Chegando na Câmara, deparei-me com uma lado das galerias repleto de estudantes armados com cartazes e faixas, e do outro lado um pequeno grupo de trabalhadores/as do transporte coletivo (motoristas e cobradores/as) solicitando o aumento da tarifa para reajustar seus salários e cestas básicas, munidos de um grande cartaz de papel madeira.
Naquela sessão, estava clara a posição dos vereadores e da presidente Kelly Magalhães (PC do B) que conduzia os trabalhos de maneira truculenta. Naqueles instantes, de muita agonia, senti falta de Luiz Holanda, até então o maior tirano de quem me aproximei. Ele perdia o posto para a presidente pseudocomunista.
Diante das diversas vozes que gritavam, contrárias ao que estava prestes a contecer, apenas ignoravam. Faziam ali o que fazem com o povo que dizem representar: não consideram. Mostraram majoritariamente, mais uma vez, a quem servem (empresários) e para que servem (manutenção da ordem injusta).
Naquela noite, molhada da chuva e triste por mais um golpe contra o povo, relembrei os momentos vivenciados em 2007 quando lutávamos pela nova lei de meia passagem. Aquilo tirava as forças, mas também alimentava a continuidade da luta, pois nos alimentamos de injustiças.
Saí da Câmara pensando que tanta chuva era realmente necessária para lavar a sujeira que os vereadores haviam lançado sobre o povo de Barreiras. São Pedro estava do nosso lado, pois segurou a chuva durante os manifestos de rua, e mandou muita água no dia da votação. Aprovaram, com apenas dois votos contra, o aumento da passagem para R$1,80. Obviamente não ficaria por isso mesmo.
A PARALIZAÇÃO DOS ÔNIBUS
Cientes de que o transporte está irregular e de que o aumento feria a recomendação do promotor Eduardo Bittencourt, na sexta-feira, 10, houve um grande protesto estudantil em frente à UNEB e CETEP, na região do Atacadão. Organizados, estudantes do CETEP, UFBA e UNEB, juntamente com o Movimento Punk de Barreiras, paralisou 15 ônibus durante três horas, numa demonstração de combatividade imensa.
Assim que a polícia chegou, agiu com truculência, mas mesmo assim a estudantada não arredou o pé nem se intimidou diante das várias ameaças recebidas. Infelizmente eu não estava lá, vivendo esse momento, mas me senti como se estivesse, tamanho o envolvimento com a ação.
A imprensa foi avisada do que acontecia, dos protestos contra o aumento. Depois de mais de uma hora, a Rádio Vale apareceu e foi de fundamental importância para que ninguém apanhasse da polícia; apareceram os jornais Novoeste, A Tarde e ZDA; a TV Oeste não quis ir. Alegou falta de equipe de reportagem, mas quem acredita nisso? Foi uma clara opção de não mostrar ao restante do povo, que podemos nos movimentar, nos desacorrentar, acordar e lutar. A TV não queria mostrar esse LINDO EXEMPLO para o oeste.
Essa semana tem mais! A luta continua...
NESTA TERÇA, 14 DE DEZEMBRO, TEM ASSINATURA DO TAC DA LICITAÇÃO NO MP ÀS 9h00. Vamos lá!!!
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