Nesta semana que segue, o blog estará um pouco abandonado porque estarei viajando, realizando um antigo sonho de participar do Fórum Social Mundial. A edição deste ano será em Belém - PA, de 27 de janeiro à 01 de fevereiro, e retorna ao Brasil depois de 3 anos do evento sendo sediado em outros países.
Irei com a companheira Rose, nessa viagem espetácular, encontrar um público esperado de 100.000 pessoas de todo o mundo. A programação é incrível, tantas opções de atividades que está sendo muito difícil escolher, mesmo dentro dos critérios adotados de nosso interesse.
Assim que retornar, contarei para vocês sobre essa experiência, que será, sem dúvidas, inesquecível e enriquecedora para as lutas sociais.
Um forte abraço e obrigada pelas visitas e pela compreensão,
Em janeiro de 1984, após várias movimentações de luta pela terra no Brasil, os/as lutadores/as chegaram à conclusão que era necessário criar um movimento unitário para fortalecer a luta pela reforma agrária e por uma sociedade justa. Assim, houve o congresso de fundação de um dos movimentos sociais que mais crescem e conseguem se organizar no mundo, o MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que agora, em janeiro de 2009, completa 25 anos de luta!
Coincidentemente, estou lendo um livro (quase conluindo) sobre o MST e a luta pela terra no nosso país. O livro chama-se "Brava Gente - A tragetória do MST e a luta pela terra no Brasil", uma entrevista feita por Bernardo Fernandes ao Pedro Stedile, este último um dos fundadores do MST e membro da coordenação nacional do Movimento.
A maneira de organizar-se é um exemplo a ser seguido, bem como os princípios organizativos deste movimento altamente democrático em suas instâncias e contato com a base de acampados/as e assentados/as.
Essa luta não é fácil, aliás, nenhuma é! E 25 anos devem ser comemorados como uma renovação das esperanças e das forças para continuar, firme e forte, enfrentando as adversidades e lutando, diariamente, por algo melhor e justo!
Vida longa ao MST!!!
"A nossa luta é para derrubar três cercas: a do latifúndio, a da ignorância e a do capital" João Pedro Stedile
A Bolívia é mais um país na América Latina que conseguiu acabar a com o analfabetismo. O objetivo foi alcançado com a implementação do método de alfabetização cubano “Sim, eu posso”. Em 33 meses foram alfabetizadas 820 mil pessoas, cerca de 10% da população do país.Cerca de 70% dos alfabetizados foram mulheres, a maioria indígena e residente na área rural do país.
O “Sim, eu posso” é um método audiovisual de alfabetização. A sua implantação foi possível graças à doação feita por Cuba de três mil televisores e reprodutores de vídeo.
A Bolívia é o terceiro país, depois de Cuba e Venezuela, a alcançar tal meta. Estes mesmos países agora pretendem unir forças para que Paraguai e Nicarágua possam alcançar o objetivo. A Bolívia, além da utilização do método “Sim, eu posso”, contou com o apoio financeiro do governo venezuelano.
No Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) utiliza o “Sim, eu posso” para zerar o analfabetismo em seus assentamentos. Em todo o país, aproximadamente cinco mil sem-terra estão sendo alfabetizados.
As informações pertencem à Agência de Notícias Latinoamericana Meio a Meio.
De São Paulo, da Radioagencia NP, Juliano Domingues.
Recebi este e-mail e me senti contemplada em suas linhas. Não conheço a autora, pois o "posicionamento" foi-me encaminhado por um amigo. Vale a pena conferir:
Queridos amigos assistindo ao genocídio que ocorre na faixa de gaza não posso me dar o direito de permanecer em silêncio sem expressar meu profundo pesar por um mundo cada vez mais distante, alheio aos fatos, como se fosse apenas mais um filme de guerra qualquer.
Que os conflitos entre palestinos e judeus tem raízes longínquas é sabido por todos nós, mas o fato é que não podemos permanecer mudos diante desses horrores.
O poder beligerante de Israel com ajuda dos EUA é infinitamente superior ao da Palestina, Israel fala em guerra contra os palestinos que lançam foguetes contra seu estado, foguetes que desde 2001 mataram 28 israelenses enquanto que desde o dia 27/12/2008 em apenas 12 dias mais de 750 palestinos foram mortos aproximadamente metade desse número são de civis. A “guerra” que Israel trava é contra quem? Contra escolas da ONU na faixa de Gaza que se empenham a dar ajuda humanitária?
Infelizmente parece que a humanidade não esta preparada para amadurecer com alguns atos desumanos que ocorreram durante nossa história. Os atos bárbaros que os judeus passaram durante a segunda guerra mundial na mão de um louco que julgava ser sua “raça” superior, não serviram para que alguns judeus desenvolvessem empatia pelo próximo ao contrario serviram para criar um ódio canalizado em mortandade contra os árabes da Palestina sem ser importar se são homens de paz, mulheres mãe de família, ou simplesmente crianças que desde a mais tenra idade tem de conviver com os horrores da guerra.
Os EUA como sempre não compreendem que fazem parte de um todo global e sim acreditam que são o próprio mundo. A ONU entidade responsável para preservar a paz mundial criada após a segunda guerra mundial, simplesmente foi reduzida a pó quando o EUA negou-se a aceitar a resolução da ONU de não invasão ao Iraque, estimulando a bancarrota de uma organização que foi criada após uma guerra que deixou um saldo de 50 milhões de mortos que mostrou todo nosso potencial para o mal com as bombas que arruinaram Hiroxima e Nagasaki. Todo o nosso empenho para que coisas como estas não se repitam estão sendo incineradas com atitudes como esta dos EUA, e ainda respaldando para que Israel faça o mesmo e continue o seu genocídio.
Simplesmente acharmos que não temos nada com esta guerra é fechar os olhos para a nossa condição humana é achar que enquanto a guerra estiver no quintal do vizinho não preciso me preocupar, será que se a guerra ocorresse em nossa casa pensaríamos assim? Temos sim que fazer toda a pressão internacional possível para que haja um cessar fogo, que possa entrar ajuda humanitária na faixa de Gaza e que os governantes tanto de Israel como da Palestina sentem como pessoas civilizadas e tentem sinceramente encontrar um meio de convívio sem que a população civil inocente pague pelos caprichos de alguns.
Alguns momentos na vida são marcantes, mas pelas pessoas que nos acompanham.
Na última sexta-feira, 09 de janeiro, foi um dos bons momentos dessa vida. Nesta data, reencontramos amigos/as e companheiros/as de militância de uma época muito difícil, mas de amadurecimento ímpar em nossas vidas. Lá, ainda faltavam algumas pessoas importantes que não puderam estar entre nós, mas que estão guardadas com carinho naqueles períodos de luta que construíram amizade e companheirismo extremamente significativos.
Apenas quero expressar o quanto vocês são importantes e como é energizante estar entre vocês, amigos/as, companheiros/as. É um carinho saudoso, de tempos que não voltam mais, mas que foram muito bem vividos e encarados corajosamente através da nossa luta justa e legítima.
Estamos, muitos/as de nós, em outros espaços, cidades e outros estados brasileiros. No entanto, mesmo em trincheiras diferentes, estamos numa batalha que não se esgotou e temos força para isso. Também, consciência de que a luta continua!
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 20/2008, que ampliou o número de vereadores, já tinha sido aprovada na Câmara, mas com um limitador de gastos, que o Senado revogou. Na ocasião, apenas 10 deputados votaram contra esse aumento. Chico Alencar (Deutado Federal pelo PSOL/RJ) argumentou: "Não houve uma demanda real da sociedade e a representação municipal precisa muito mais de qualidade do que de quantidade. Essa decisão do Senado interessa sobretudo aos suplentes beneficiários e aos parlamentares que fazem dos edis seus cabos eleitorais. Nossa proposta era acabar com distorções quanto ao número, sem ampliar o quantitativo atual de 51.748 vereadores."
Concordo inteiramente com Chico: nós precisamos é de qualidade no poder legislativo, não de quantidade. Em Barreiras, município em que vivemos, isso é muito claro.
Esse aumento absurdo e com votação tão rápida no senado no final de 2008 é mais uma bárbaridade que guardamos como vergonha nacional!
NÃO AO AUMENTO DE VEREADORES! SIM PELA QUALIDADE DO LEGISLATIVO!
Secretário de Finaças e Administração: Diran Almeida Ribeiro. Formado em Adm. de empresas, trabalhou muito tempo em Bancos; Secretário de Infraestrutura: José Antônio Alves, técnico em construção e mecânica, marido de Marina Castro (ex-secretária de educação do último governo)
Secretário de Saúde: Everaldo França Galvão Júnior, conhecido como Juca. Formado em administração, trabalha com Jusmari a 13 anos. Secretária de Educação: Maria do Carmo Gomes Ferraz. Formada em Sociologia, já atuou nesse cargo no primeiro mandato de Saulo Pedrosa (último ex-prefeito)
Sim, demorei dois dias para refletir meticulosamente sobre o que aconteceu no primeiro dia e noite deste ano de 2009, durante as duas solenidades de posses ocorridas em Barreiras: dos/as vereadores/as e da prefeita e vice.
Na Câmara, fui por causa de um manifesto estudantil ao qual apoiava e também por curiosidade em saber como é uma posse do poder legislativo. O local estava lotado de pessoas, algumas conhecidas e a maioria desconhecida - provavelmente parentes dos/as que estavam sendo empossados/as. Os novos "representantes" do povo, possuem em seus quadros 3 vereadores das antigas: Beza, Sobrinho e Kelly. Os demais, nove, todos homens, incluem 2 que já tiveram mandatos anteriormente: Carlão e Tito, ambos "tucanos".
Após uma longa espera no plenário - o qual vi pela primeira vez super lotado - aguardando a chegada da prefeita, iniciou-se a solenidade. Bem sem graça para falar a verdade. Eu esperava bem mais emoção. Ingenuidade pensar e esperar mais do que vi naquele dia e naquele espaço...
A eleição para a mesa diretora já estava muito bem articulada através de uma chapa única, com kelly (presidente), B.I. (vice), Pastor Souza (1º Secretário) e Beza (2ª Secretária).
Durante a posse dos/as vereadores/as, houve uma manifestação do MEU (Movimento Estudantil Unificado), através de duas faixas que reivindicavam a LEGALIZAÇÃO do serviço de transporte coletivo e REVOGAÇÃO da lei de meia passagem, aprovada em 2007. Durante o manifesto, o cúmulo da ignorância por parte de alguns senhores, que tentavam impedir a livre maniffestação. Não conseguiram e a reivindicação estava lá, firme e forte.
Após a solenidade de posse dos legisladores, os mesmos aprovaram que a sessão solene de posse da prefeita e vice fosse na Casa de Shows Magnum. Era, certamente, um indicativo do "espetáculo" que seria a solenidade de posse.
Chegando ao local, eu pensei estar num culto religioso. A decoração, as músicas, a enorme quantidade de faixas com trechos bíblicos. Aos poucos, o espaço foi lotando: jovens, casais, crianças, idosos. Muita gente. Muita gente sórdida também estava por lá, e fui aos poucos, sentindo um mal estar naquele espaço. Também estavam lá as duas faixas que antes estiveram na posse dos vereadores. Pareciam invisíveis diante da tão esperada solenidade: a posse da "primeira prefeita" de Barreiras, Jusmari Oliveira (PR). O povo esperava um show e estava ali para ver a artista tão esperada.
O que vi no dia primeiro está gravado como uma angústia. O povo está cego, totalmente alienado diante de uma esperança doentia de que a salvação de Barreiras está nessa nova gestão, com um grupo político que não tem muita coisa de diferente dos anteriores. Fiquei apavorada diante do (longo) discurso proferido pela prefeita. Me arrepiei ao ouví-la falar, constatanto que a escola do carlismo fez discípulos/as poderosos/as. Ela é populista e materna. Usa o nome de Deus e parece acolhedora por demais aos que estão ao seu lado e um tanto cruel com quem não está. Fala com uma força arrebatadora de estremecer e parece imbatível diante de quem quer que seja. E a vice prefeita? Insignificante. Tanto que não vale a pena tecer comentários.
Jusmari traz a perigosa mistura de política e religião. Junto com ela, no legislativo, um pastor e um bispo, que dividirão o tempo de seu rebanho com os interesses da população. Política e religião: uma perigosa mistura para os interesses populares e coletivos.
O que será de Barreiras? Não sei, mas receio que não seja o futuro próspero tão desejado...
Começou um novo ano! O barulho pela madrugada lembra que é noite de festa, mas o "pagodão" do vizinho incomoda por demais. Um novo ano nasce, mas algumas coisas parecem não mudar (infelizmente).
De fato, as coisas não mudam magicamente apenas porque está estabelecido que hoje começa um novo ano e tudo será diferente. A diferença pode começar a qualquer momento, desde que tomemos conciência de sua necessidade. Meu vizinho (pagodeiro) parece que ainda não tem tal consciência...
Prezados/as leitores/as,
