tag:blogger.com,1999:blog-22318612835982062402024-03-05T17:46:48.900-03:00"Ideias são à prova de bala":::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.comBlogger494125tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-46260815396952322972023-01-23T00:17:00.003-03:002023-01-24T11:53:59.007-03:00Por que desfiliei do PSOL?<p style="text-align: right;"><b><i> Por Paula Vielmo</i></b></p><p style="text-align: right;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A tomada de uma decisão responsável demanda tempo e levou <b>alguns anos</b> até que efetivasse a desfiliação do Partido Socialismo e Liberdade. Entretanto, desde o ano de 2019 pra cá a situação interna piorou e antes mesmo do retorno para Barreiras (da qual estive distante entre 2019 e 2021), os indícios de que o PSOL local tornara-se uma legenda como todos os demais, selou a decisão política.</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-g6JH6YpKchl5GUbrGfmA_w89d2Tv-7zfrFksgNMNXWD2TAo3-KWJTYa9osYOzSiNPKOxe4NWgHGxdYKiUWysFdXR8SSF1P1P7lNKlqgOG7Nwoep1Krs_-9NXbv5MQcEl_RcqFUqz9M4UPaOc3XP7hGmgQsDkcXTC2F1WL3wiuIjJimO5SARbh3xm/s1080/2.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-g6JH6YpKchl5GUbrGfmA_w89d2Tv-7zfrFksgNMNXWD2TAo3-KWJTYa9osYOzSiNPKOxe4NWgHGxdYKiUWysFdXR8SSF1P1P7lNKlqgOG7Nwoep1Krs_-9NXbv5MQcEl_RcqFUqz9M4UPaOc3XP7hGmgQsDkcXTC2F1WL3wiuIjJimO5SARbh3xm/s320/2.png" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Por certo a decisão não foi simples ou fácil, principalmente pela ausência de um Partido para o qual perceba que poderia me inserir e, de fato, para alguém que dedicou muitos bons anos de vida a esta causa, pela energia envolvida e pelo afeto construído. Ingressei no PSOL em 2007, então com 23 anos de idade e por lá permaneci até os 38. Entretanto, é possível afirmar que o rompimento político ocorreu antes, entre 2019 e 2020, mas a desfiliação efetivou-se apenas neste último <b>18 de janeiro de 2023, data que consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral.</b> Infelizmente sequer a desfiliação foi feita pela Direção, conforme deveria ser, mas exigiu que o fizesse via cartório.</div><p></p><p style="text-align: justify;">Cabe trazer à luz que entendo o partido político como um abrigo ideológico, que congrega uma diversidade de pessoas, lutas, movimentos, que buscam se movimentar em torno de um objetivo em comum, qual seja, no caso do PSOL, transformar a sociedade capitalista em uma sociedade socialista. <b>Sigo acreditando na importância da organização política Partido.</b></p><p style="text-align: justify;">Apesar da ruptura com o PSOL, é inegável a relevância da atuação nacional, sobretudo no Congresso Nacional e muitas frentes de lutas valiosas e combativas. Entretanto, para admirar a atuação parlamentar de membros de um partido, votar em suas candidaturas e contribuir financeiramente, não é necessário estar filiada. A filiação fala de um movimento permanente, agora inexistente.</p><p style="text-align: justify;">Além disso, têm sido comum encontrar pessoas e ser interpelada pela pergunta: <i>"E o PSOL?"</i>, ao qual respondo que não sei e que me desfiliei. Essa situação, recorrente, provoca certo desgaste pela sua repetição, mas compreendo a associação feita ao Partido no município, principalmente por ter sido candidata e exposto-me publicamente por três eleições: como candidata a vereadora em 2008, como candidata a Deputada Estadual em 2014 e como candidata a vereadora em 2016. Em todas as três, <b>cumpri com uma tarefa política coletiva</b> de construção partidária e propagação do programa político. Ademais, respeito cada pessoa que me pergunta, mas é fato que já comecei a construir o afastamento da minha figura do PSOL, o que se dará não apenas por um certo "sumiço", ausência de presença pela vida política municipal, mas igualmente pela ausência de candidaturas e envolvimentos nas campanhas eleitorais.</p><p style="text-align: justify;">Escolhi para comunicar a minha desfiliação durante o mês de setembro, quando os Ipês-do-cerrado estão bastante floridos, mas é o calor do verão e as chuvas que temos vivido, que dão o tom da publicização desta decisão. De fato, o sol está baixo neste momento. A demora não trata apenas do período eleitoral, mas de uma certa tristeza com o fato. Em respeito ao Partido, encaminhei, como é correto fazer, uma correspondência em que requeria a desfiliação e comentava sobre a trajetória na organização. Até a data de hoje, não tive sequer retorno com um "ciente". Este fato, reforça os <b>motivos que levaram ao rompimento</b>, aos quais passo a expor abaixo.</p><p style="text-align: justify;">O <b>primeiro</b> trata-se de uma ausência de vida orgânica, por meio de reuniões regulares, campanhas de filiações, atividades e eventos; movimentação nas redes e nas ruas. Tornar-se uma legenda partidária e um aparato para o personalismo dos esquerdomachos, do qual fraudes nas cotas de gênero certamente estiveram presentes e foram, para minha tristeza, negligenciadas.</p><p style="text-align: justify;">O <b>segundo </b>motivo versa sobre uma ênfase no processo eleitoral em detrimento da agitação e movimentação política, que tem relação estreita com o primeiro motivo. É fato que os Partidos têm visibilidade durante os anos eleitorais, mas é fato mais ainda que a sua organicidade ocorre durante todo o tempo.</p><p style="text-align: justify;">O <b>terceiro</b> e não menos importante fala sobre confiança política, valor sobre o qual é fundamental toda construção política.</p><p style="text-align: justify;">O <b>principal fato para desfiliar do PSOL</b> foi notar que os motivos que me levaram a buscar sua construção em 2007 foram soterrados e substituídos por um personalismo comum cujas consequências são para a construção coletiva e cotidiana.</p><p style="text-align: justify;">Por fim, guardo com carinho os bons momentos, as reuniões, formações políticas, banca de livros, viagens pela região Oeste, atos nas praças, pinturas de faixas e camisetas, elaboração de panfletos, cada assinatura de filiação e pessoa que conheci neste processo; igualmente não esqueço as rasteiras e ações traiçoeiras, as quais cabe a quem as provocou arcar com as consequências e, como Maria Bethânia, digo que <i>"O que é teu já tá guardado / Não sou eu que vou lhe dar".</i></p><p style="text-align: justify;">Agradeço imensamente cada pessoa que se filiou acreditando na possibilidade de construção de um projeto político para Barreiras, bem como cada voto de confiança durante as eleições em que estive candidata, bem como os suportes para as ações. <b>São incontáveis!</b></p><p style="text-align: justify;">Retorno à 2007 e resgato uma fala do meu amigo Claudio Roberto de Jesus, à época em que nos filiamos ao PSOL, parafraseando-o: <i>não sou de luta porque estive no PSOL, mas estive no PSOL por ser de luta</i>. E a única certeza, minha gente, é que <b>a luta continua</b>, porque os sonhos de transformação social não cabem numa legenda, mas cabem na política e na organização política coletiva. <b>Sigamos!</b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-21792075463062623432022-11-06T19:55:00.000-03:002022-11-06T19:55:03.910-03:00O blog vai voltar! E o ano de 2022 precisa findar!<p style="text-align: right;"><i><span style="font-family: inherit;"> Por Paula Vielmo</span></i></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Depois de um longo período afastada deste espaço muito precioso para mim como fonte de compartilhamento de ideias, mesmo restrito ao público atualmente disperso, resolvi voltar. O desejo era antigo, mas não havia sido concretizado. O ano de 2022 foi repleto de turbulências, sendo uma das maiores coletivas as eleições presidenciais, que culminaram com o #ForaBolsonaro. <b>Foram quatro malditos longos anos.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O título da retomada igualmente fala de um fim, o fim do ano de 2022, que logo se aproxima segundo anuncia o calendário e o passar dos meses, a proximidade do final do ano letivo escolar e os enfeites natalinos. Logo, logo será natal! </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A vida nestes anos, minha gente, foi de mudanças, muitas no meu caso e a escrita antes dedicada a este blog ganhou foco para a produção acadêmica e começou a se perder - bem verdade - já nos tempos do quase falecido Faceboook. As redes sociais e sua rapidez tornaram a sistematização das ideias em comentários dispersos. Atualmente tenho dedicado tempo maior ao instagram, mas não como uma conta aberta. Então, é preciso expandir! Em tempos de vídeos, eu quero voltar a escrever e espero que haja quem leia hehe</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Escrevo-lhes neste momento que consegui retomar a senha e ter novamente acesso ao blog e uma semana após as famigeradas eleições presidenciais. Uma semana que o espírito fascista está tumultuando a sociedade questionando a decisão da maioria. Pessoas que, certamente, não aprenderam a perder nos jogos escolares. Sempre digo que aquele coleguinha que "ponga" nos trabalhos em grupo se tornará aquela pessoa no trabalho que "ponga" nos coleguinhas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em Barreiras, há várias pessoas dispostas a uma vaga no lixo da história ou passar vergonha publicamente. E tem muito mais pessoas do que se imagina, mas não a maioria! Segundo as urnas, foram dedicados <span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;"><a href="https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/2turno/votos-por-estado/bahia/presidente/?cidade=33634" target="_blank"><b>59,47% dos votos para Lula e </b></a></span><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;"><a href="https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/2turno/votos-por-estado/bahia/presidente/?cidade=33634" target="_blank"><b>40,53% para Bolsonaro</b></a>. Para um lugar dito reduto do agro, estamos de parábens! Lamentavelmente, na colônia sulista de nome amaldiçoado (Luís Eduardo Magalhães), o resultado foi alinhado ao fascismo, por meio de </span><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;"><b><a href="https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/2turno/votos-por-estado/bahia/presidente/?cidade=30007" target="_blank">58,61% dos votos em Bolsonaro e </a></b></span><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;"><b><a href="https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/2turno/votos-por-estado/bahia/presidente/?cidade=30007" target="_blank">41,39% para Lula</a></b>. Entretanto, para um polo do agro, considerei uma votação apertada. Parabéns ao povo de LEM pela resistência!</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;">Em tempos de enraizamernte de mentiras (fake news), voltarei para pautar questões locais que estiverem ao meu alcance, bem como disponibilizar espaço para quem queira se expressar nesta direção, por convite ou oferta. Também para falar sobre educação, principalmente no espaço escolar, onde as minhas reflexões brotam intensamente; falarei sempre sobre feminismo crítico, uma lente pela qual olho para a realidade, juntamente com outras dimensões as quais consigo identificar. </span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;">Como pessoa branca antirracista, noto indícios de racismo sempre que olho para os fatos sociais e igualmente o faço na recusa ao neoliberalismo e atualmente a ideologia da meritocracia, de mãos dadas com a masculinidade hegemônica. Ser macho é se afirmar capaz sozinho, desconsiderando as condições, afinal ser homem numa sociedade patriarcal de supremacia branca, mesmo que um homem branco pobre sem consciência de classe ou um homem preto pobre sem consciência de classe e racial, a depender do contexto, implica privilégios. Os homens que se afirmam de direita o fazem com uma expressão muito forte de afirmação da sua masculinidade, violenta, conservadora da subserviência feminina e de outros grupos sociais. <b>Falarei sobre tudo isso por aqui e o que mais der na pauta rs</b></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #202020; text-align: right;">Tenho algumas pautas e espero em breve trazer novidades. Tentarei atualizar semanalmente, mas se não rolar tesão para a escrita tenho certeza que compreenderão. Volto para cá pelo prazer de escrever e de compartilhar ideias que são à prova de bala - em tempos de população armada. <b>Obrigada pela leiturinha e até a próxima! </b></span></span></p>:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-58391922619952571352020-08-31T23:57:00.003-03:002020-09-01T11:01:22.205-03:00Uma interpretação do pronunciamento do Prefeito de Barreiras<p style="text-align: right;"><span style="font-family: inherit;"><b> <span style="white-space: pre-wrap;">Por Indiara de Souza Conceição e </span></b><b><span style="white-space: pre-wrap;">Paula Vielmo</span></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Ocvnw1MqFOuS2Q-Q_s-TNKUOfIYWlwXXQA_S01-LfVYKDcYgVyHe4H_C-wixs80Kzt_XShJ9QnR-Mo-hPeAOP0hV2U6tmixgflsZube8pWVztpIL7TcqOprLTQX3mbai_ydyPwfkNWQ/s1080/pronunciamento.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="1080" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Ocvnw1MqFOuS2Q-Q_s-TNKUOfIYWlwXXQA_S01-LfVYKDcYgVyHe4H_C-wixs80Kzt_XShJ9QnR-Mo-hPeAOP0hV2U6tmixgflsZube8pWVztpIL7TcqOprLTQX3mbai_ydyPwfkNWQ/w512-h281/pronunciamento.jpg" width="512" /></span></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No dia 04 de agosto deste ano, quando Barreiras apresentava dados oficiais com mais de 7.000 casos notificados de síndrome gripal, 1.805 casos confirmados de Covid-19, 23 pessoas em internação hospitalar e 33 óbitos, fomos </span><span style="font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">surpreendidas</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> com o <a href="https://www.instagram.com/p/CDfGlhjD4hg/"><b>pronunciamento do Prefeito Municipal de Barreiras, Zito Barbosa</b></a>. Surpreendidas, porque, diante de uma situação cada dia mais preocupante, a liderança municipal havia desaparecido do cenário público e a população cobrava manifestação do Prefeito, comum antes da situação piorar. Além disso, nos chamaram atenção os efeitos de sentido (isto é, o(s) discurso(s)) no pronunciamento do Prefeito. Por estarmos em um grupo de estudo sobre Análise de Discurso (AD), resolvemos analisar discursivamente o referido pronunciamento; o resultado, nós o compartilhamos na forma deste texto.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">A AD iniciada pelo filósofo e linguista francês Michel Pêcheux se desenvolve através do diálogo entre os seguintes campos do conhecimento: linguística, marxismo e psicanálise, tendo como foco as discursividades, isto é, a análise “das palavras em movimento”, como afirma a professora e pesquisadora pioneira em AD no Brasil, Eni Orlandi. Para a AD, os enunciados que produzimos NUNCA são apenas palavras soltas no mundo; há SEMPRE uma determinação sócio-histórica em toda significação, isto é, os enunciados significam segundo a influência ideológica. Para compreender como essas textualidades se constituem, a AD dispõe o que nos parece como categorias para contextualizar os discursos. Entre essas categorias, selecionamos as seguintes para analisar o pronunciamento: condições de produção, memória, lugar e posição do sujeito.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">A condição de produção corresponde ao contexto ao qual o sujeito pertence e as influências que esse contexto pode e exerce na construção do “seu” discurso. A memória está relacionada ao interdiscurso, isto é, às informações externas que o sujeito internaliza e replica nas situações de comunicação, “inovando e adaptando” o sentido de acordo com sua “necessidade”. E as categorias de lugar e de posição do sujeito são recrutadas para que se entenda como a subjetividade é histórica, é ideológica, e é determinada pela identificação com o que se chama de formação discursiva. Dito isso, passamos a explicar cada uma dessas categorias a partir do pronunciamento do Prefeito. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Temos como condição de produção um contexto de silêncio do prefeito diante do aumento de casos de contaminação e óbitos em Barreiras pela doença provocada pelo novo coronavírus, somados ao fato de o pronunciamento dar-se na mesma data em que foi publicado o Decreto Estadual nº 19.893/2020, determinando toque de recolher entre 19h e 5h da manhã, restringindo, assim, a movimentação de pessoas na rua. Ainda é da ordem da condição de produção a filiação do prefeito ao Partido Democratas, oposição histórica ao Partido dos Trabalhadores, ao qual se filia o atual governador, Rui Costa.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">O sujeito do discurso é o prefeito Zito Barbosa, cujo perfil traçado advém de dados extraídos do site do Tribunal Superior Eleitoral (<b><a href="http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/divulgacandcontas#/candidato/2016/2/33634/50000013028">TSE</a></b>): João Barbosa de Souza Sobrinho, homem pardo, 60 anos de idade, engenheiro civil e casado. Apesar de Barreiras ser o município de nascimento, sua carreira política se desenvolveu no município vizinho: São Desidério, onde foi prefeito por três vezes. Atualmente, ele é filiado ao Democratas (ex-PFL), partido pelo qual foi eleito, sendo que foi prefeito de São Desidério pelo PFL.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: #666666; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Este sujeito está inserido em um contexto de pressão popular por providências para a crise sanitária instalada; por ser ano eleitoral e ser pré-candidato a reeleição; um contexto de valorização de obras como pavimentação asfáltica e inauguração de construções de unidades escolares e postos de saúde, garantidos “mesmo com queda de receita”. A ênfase nas obras remete a um interdiscurso (memória) de anos sem tais atos em nosso município, uma necessidade antiga da população. Ainda, a tentativa de aproximação com a população ao iniciar com “meus amigos e amigas de Barreiras”. Ora, a amizade é "afeição, estima, dedicação recíproca entre pessoas", segundo o </span><span style="background-color: transparent; color: #666666; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><a href="https://www.dicio.com.br/amizade/">Aurélio.</a></b></span><span style="background-color: transparent; color: #666666; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> O prefeito é nosso amigo? Somos amigas e amigos do prefeito? Que relação deseja estabelecer ao usar tal tratamento?</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: #666666;"><span style="font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">O pronunciamento compõem um espectro de memória de descrença em representantes políticos, o que se chama de “políticos” no senso comum. É a lembrança de que a prefeitura não está fazendo o suficiente e de que o prefeito, que tanto aparecia nas redes sociais antes do surto de casos, simplesmente desapareceu. Consideramos ser este o motivo da insistência, </span><b style="font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">ao longo do seu pronunciamento, em se afirmar como sujeito não político</b><span style="font-family: inherit; white-space: pre-wrap;">. É interessante destacar, todavia, que essa negação se faz justamente a partir de um lugar social que é o de político. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Havia e ainda há um sentimento de descaso frente às ações necessárias para conter a disseminação da doença provocada pelo novo coronavírus, pois a medida mais efetiva é o distanciamento social. Contudo, os locais públicos e privados seguem com aglomerações.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Para reduzir a memória de abandono, o sujeito do discurso expõe uma sequência de medidas de enfrentamento ao coronavírus: contratação de 20 leitos em um hospital privado; transformação do Hospital Municipal Eurico Dutra em um pronto atendimento para casos de contaminação pelo novo coronavírus, com 12 leitos e 02 respiradores; em seguida, fala em 35 leitos. Para as reclamações com a não realização de exames, expressa: parceria com a UFOB, contratação de um laboratório particular, compra de 5000 testes e 20.000 testes rápidos. No fio discursivo, enquanto apresenta “soluções”, revela-se, também, o repasse de recursos públicos para o setor privado da saúde, indicando não haver investimentos suficientes na estrutura municipal e um aprofundamento das políticas de privatização do serviço de saúde, numa aparente ação necessária. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Informa a contratação de 72 profissionais de saúde e destaca os médicos: são 22; reforça com isso uma memória de poder na equipe de saúde, “a” profissão da saúde. Segue elencando as ações: centro de triagem; central de teleatendimento com ambulância e equipe médica. Não informa sobre o funcionamento ou como obter mais informações; aborda a ampliação no horário de atendimento de duas Unidades Básicas de Saúde: Emily Raquel e Ouro Branco até 22h, sem justificar os motivos dessas duas unidades e não de outras. E anuncia </span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">obras</span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, por meio de 12 unidades que serão construídas, além de reformas e ampliações.</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Necessário trazer à tona a ênfase do sujeito do discurso em relação à sua fé, mesmo na condição de agente público em um Estado laico: </span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“sou cristão”</span><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, diz. Esse destaque na identidade cristã movimenta o sujeito da sua posição de agente público para “um simples indivíduo de fé que age a favor do povo”, isso quer dizer, semelhante a Jesus Cristo, importante líder religioso reconhecido por sua bondade e amor ao próximo. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Ao colocar-se como um homem cristão que preza pela vida, destaca um outro lugar social que não o de prefeito. Destacar o lugar de cristão retira a responsabilidade do cargo que ocupa na prefeitura e o permite argumentar que as cobranças feitas pela população são baseadas em perseguição política e ele não responde politicamente, ele fala como cristão, pai e filho, cidadão de bem (ou líder?) que administra pelo bem estar do povo. Por isso, humildemente, ele aceita o decreto emitido pelo governo do estado. Logo, ele fala de igual para igual com a população, não tem motivos para ser responsabilizado pelo aumento dos casos de contaminação e mortes pelo coronavírus. </span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Está evidente que o pronunciamento proferido pelo Prefeito Municipal de Barreiras pretende, como efeito de sentido, amenizar as críticas em se tratando das ações envolvendo o combate à propagação da doença provocada pelo novo coronavírus, bem como frisar as obras desenvolvidas neste ano eleitoral. Contudo, a rejeição ao pronunciamento pode ser verificada por meio dos inúmeros comentários nas redes sociais da prefeitura, onde o vídeo foi disponibilizado (<b><a href="https://www.instagram.com/p/CDfGlhjD4hg/">link aqui</a></b>).</span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">Por fim, podemos concluir que o sujeito do discurso não respondeu as cobranças da população, mas gravou um boletim diário com uma série de informações devolvendo a responsabilidade à população; obedecendo um decreto externo para demonstrar ausência de disputa com a vida das pessoas. O pronunciamento não atende a ações necessárias. Ao enunciar “demonstrar a nossa responsabilidade com Barreiras”, o sujeito do discurso afirma que evitar aglomerações é algo que somente as pessoas podem fazer, quando sabemos que não é verdade. São possíveis ações de informação, educação e fiscalização , por exemplo, pela Prefeitura. </span></span></p><p><span><span id="docs-internal-guid-801347da-7fff-865a-59eb-ce2faaacd0c4" style="color: #666666; font-family: inherit;"></span></span></p><p dir="ltr" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 12pt; margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; font-style: normal; font-variant: normal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #666666; font-family: inherit;">O boletim de 31 de agosto informa 9.713 casos notificados de síndrome gripal, 3.638 casos confirmados de Covid-19, 22 pessoas em internação hospitalar e <b>63 óbitos</b>. </span></span></p>:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-8259771159517658202020-05-26T16:21:00.000-03:002020-05-26T16:30:57.699-03:00129 anos de Barreiras: a espera de liberdade política plena<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No dia 26 de maio celebramos o aniversário de emancipação
politica do município de Barreiras, ou seja, 129 anos atrás, nos tornamos
independentes do território de Angical, sendo que já havíamos pertencido a
Cotegipe e, antes, Pernambuco. Barreiras foi elevada a município, ocupando
atualmente a posição central na região Oeste da Bahia.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com cerca de 155 mil habitantes, é permeada por muitos rios,
sendo rica em água, dos bens naturais mais preciosos. Todavia, as margens dos
rios, privatizadas, dificultam o acesso ao que temos em abundância e está
restrito à poucos que compraram seu pedaço de terra na beira do rio. Neste
contexto hídrico, destaca-se o Rio Grande, principal afluente da margem
esquerda do Velho Chico. Além disso, Barreiras é literalmente atravessada por
três rodovias federais: BR 020, BR 135 e BR 242, sendo o principal entroncamento
rodoviário da região.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A posição de entroncamento me leva ao fato de que, apesar de
ser polo regional e ter grande população, Barreiras é conhecida por ser um
lugar de passagem. Passagens que na maioria das vezes significam apenas
benefício de quem utiliza do município e o vê como trampolim para atingir
outros objetivos. Isto faz com que parcela significativa das pessoas não se
envolva com as questões locais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este aniversário ocorre durante a pandemia do novo
coronavírus e inúmeros casos da doença Covid-19 começam a aparecer no
município. Casos que provavelmente poderiam ser evitados se o chefe do poder
executivo tivesse adotado medidas que não estimulassem as pessoas à saírem de
casa. O comércio foi reaberto a partir de 06 de abril quando havia um caso confirmado e em 25/05 já
são 37 casos confirmados. As ruas movimentadas também demonstram o baixo nível
de consciência local.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É forte uma concepção desenvolvimentista permeando a
construção local, seja pela imprensa, escolas, políticos tradicionais ou
empresários. Não raro o desenvolvimento é atribuído ao grande agronegócio, à
empresas, indústrias e concreto. Aliás, Barreiras é um lugar muito quente, que
não morremos tostadas/os porque tem muita água ao redor, digo sempre, pois se
dependesse da lógica do asfalto sequer estaríamos respirando mais. Há uma
política de asfaltamento em detrimento de arborização, por exemplo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No entanto, contraditoriamente, a presença de buracos marcou
por muito tempo a paisagem do município e foi uma das principais
reivindicações, facilmente atendida pelo atual prefeito, fato que lhe rende
ótimas avaliações da população desatenta frente aos buracos sociais profundos e
aos bairros periféricos, totalmente abandonados.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As ações de asfaltamento do centro da cidade não são
suficientes para esconder os enormes buracos sociais que acompanham a
existência do município, tão desamparado por sucessivas gestões. A posição de
um dos melhores Índices de Desenvolvimento Humano da Bahia não corresponde à
realidade local. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o nível de
desenvolvimento humano municipal tendo como critérios indicadores de educação,
longevidade e renda. Quem conhece Barreiras sabe: não corresponde à realidade
local. Isso não significa que as belezuras e momentos marcantes que todas/os
vivemos por lá sejam apagados, mas apenas que precisamos perceber que nem tudo
são espinhos nem tampouco só flores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É necessário dizer que a educação pública deixa a desejar em
termos de uma formação humana integral, expressa por meio de uma cultura local
absurdamente passiva, individualista, racista, machista e homofóbica, com
valores distantes de valores humanos elevados. Os índices de violência,
sobretudo contra as mulheres, seja no âmbito doméstico ou de estupros e
assédios, representa o quão abandonada são as políticas públicas, seja no
espaço urbano ou rural.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bares, farmácias e igrejas ocupam todo o território e o
único teatro municipal (Centro Cultural, a eterna “Casa da Cultura”) é ocupado
como centro de convenções para eventos burocráticos. Isso me diz muito e à
você? No entanto, temos artistas criativos que atravessam os tempos e resistem
ao abandono das políticas públicas, mantendo sua arte, nossa arte, mas que
poderia ser valorizada, portanto, ser um processo menos sofrido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A saúde é loteada entre os políticos que delegam as vagas
para o seu eleitorado ou serve de trampolim para futuras candidaturas, como a
história local mostra, repetidamente. A saúde está longe de ser um direito e
está privatizada por meio da terceirização de consultas e exames. O mercado da
saúde em Barreiras cresce tanto quanto elege médicas/os para cargos políticos.
A saúde é tratada como lucrativa moeda de troca. E quando o Centro de Saúde da
Criança Emilly Raquel foi fechado, vi pela primeira vez um ato de rua
organizado por mulheres e repleto de mulheres-mães e crianças e mesmo meio
ingênuo, foi lindo de viver aquele momento em defesa de direitos fundamentais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O transporte municipal está sob o domínio de uma empresa há
décadas. A tarifa ao custo de R$3,45 não se justifica diante de curtos trajetos
e veículos sucateados. Quem conhece e usa, sabe do que estou falando. Por muito
tempo foi uma pauta prioritária dentre minhas causas e, precisa ser, porque
após décadas não percebemos melhorias, muito pelo contrário. A naturalização do
inaceitável parece compor a paisagem e um novo movimento recolocando o
transporte coletivo municipal no centro das lutas, precisa emergir. Além de
reivindicar por ciclovias e incentivar mais ainda o uso de bikes como
transporte em uma cidade plana (mas quente rs). Arborização precisa vir junto.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tantas instituições educacionais não garantem que tenhamos
sequer um veículo de comunicação comprometido eticamente com a produção de
notícias qualificadas e a existência de movimentos sociais é quase inexistente
e quando existe, bastante frágil. Interesses politiqueiros rondam a maioria das
iniciativas, reproduzindo o ciclo de individualismo e passividade. É
assustador. Desanimador, sobretudo quando você é uma voz destoante neste
contexto. Mas mesmo assim, há iniciativas que surgem aqui e acolá, o que nos falta
é consistência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os poderes executivo e legislativo possuem uma relação
imoral, pelo fato de se misturarem de tal modo que suas funções se perdem. O
Executivo atual faz do legislativo seu servo mais do que nas gestões anteriores
e, literalmente, de acordo com o que podemos verificar no site da Câmara (texto
em construção), quem legisla em Barreiras é o prefeito. Além disso, a formação
de quem ocupa tais cargos é frágil, sobretudo em termos éticos humanos, fato
que pode ser atestado mediante as ações disponíveis no site da Câmara.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Violações de Direitos Humanos estão presentes em tudo o que
foi relatado acima, além de uma cultura de mercantilização das pessoas,
prostituição, desumanização. Poderia ser diferente num contexto como esse? É
necessário que seja!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porém, se o cenário é verdadeiramente desanimador, também
são as pequenas e contínuas formas de resistência adotadas, aos poucos, pela
população. Vez ou outra, essas individualidades rompem em direção ao coletivo e
temos ações importantes, mesmo que raras. Além disso, urge formação qualificada
de nosso povo, para que tenha condições de perceber e analisar a realidade,
para intervir com vistas à transformá-la e não apenas se adaptar ou querer ser
o novo sacana da vez, atrás de uma nova atitude que é mais arcaica que tudo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>"Uma cidade triste é fácil de ser corrompida! Uma
cidade triste é fácil ser manipulada!"</i> diz trecho da música Revólver da
Flaira Ferro. Lembrei de Barreiras desde a primeira vez que ouvi, não porque
ache que Barreiras seja triste, mas porque é fácil de ser corrompida e
manipulada. Talvez precisemos estimular e desenvolver mais a alegria para mudar
esse contexto, uma alegria conjugada com criticidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar de todas essas situações e condições desfavoráveis,
Barreiras agrega uma infinidade de pessoas com algum grau de consciência
coletiva, mas que insistem em se manter dispersas. Assim, creio que o maior
desafio e o melhor presente que podemos dar à Barreiras, em retribuição ao
carinho com que acolhe e nos nutre de várias maneiras, é conseguirmos nos
organizar coletivamente para enfrentar todas essas situações e muitas outras,
que se repetem e precisam ser paralisadas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Vida longa à capital do velho oeste baiano!</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-31813692632904242142020-05-10T16:41:00.000-03:002020-05-10T16:43:05.761-03:00Precisamos falar sobre maternidade compulsória<div data-original-attrs="{"style":"text-align: right;"}" style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div>
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: center;"}" style="text-align: center;">
<img alt="Precisamos falar sobre maternidade compulsória - Bem Blogado" height="146" src="https://bemblogado.com.br/site/wp-content/uploads/2020/04/mulher-sem-filho-meme.jpg" width="320" /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Neste dia das mães quero lhes presentear com uma breve reflexão sobre maternidade compulsória. </div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Pensar a maternidade como compulsória, ou seja, como algo obrigatório é uma reflexão pertinente mais ainda em nossos tempos, porque já há muita produção e luta envolvendo a questão, bem como a maternidade tem gerado sofrimento em muitas mulheres por ser obrigatória. Aqui não sou contrária a maternidade, mas objetivo refletir criticamente sobre a escolha de ter ou não filhas/os, bem como a garantia dessa escolha, independente de qual seja. Ainda, a necessidade permanente de desromantizar a maternidade enquanto inata, instintiva, necessária e, percebê-la como uma construção social, como quase tudo em nossa sociedade.</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Começo afirmando que falo do lugar de quem não é nem deseja ser mãe, o que não me impede de pensar sobre. Em seguida, afirmo que as mulheres que desejam ser mães, devem ter essa escolha garantida com dignidade, o que não ocorre em nossos tempos. A maternidade é uma invenção. Mas nem sempre foi assim. A maternidade como a conhecemos em nossos dias foi rabiscada no século XIX, não por coincidência, quando o modo de produção capitalista se consolida, naturalizando a produção de filhas/os, que são produtos das mulheres. </div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
É indiscutível que temos aparelho reprodutor, mas não significa que tenhamos que parir. Comassim? É isso mesmo, simples desse jeito. Se te provocou espanto, pare e pense sobre isso. Não pensar sobre tudo o que está dado é um grande problema, porque as coisas parecem naturais quando elas não são, estão sendo. Naturalizar que precisa reproduzir e que "ser mãe" é aceitar todo tipo de situação é conveniente.</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Desejar não ter filhas/os é transformado em um problema porque somos nós, as mulheres, que reproduzimos a força de trabalho, somos nós que reproduzimos as pessoas para trabalharem. O modo de produção capitalista percebe as mulheres como reprodutoras de força de trabalho, por isso, parir na sociedade capitalista precisa ser algo compulsório. Pensar sobre significa dar uma alfinetada no sistema rs</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
No entanto, desejar ter filhas/os não garante dignidade no processo, seja pela sobrecarga de atividades, seja pelas condições precárias do sistema de saúde, seja pela elevada violência obstétrica, pelo desemprego, pela ausência plena de direitos. O sistema capitalista quer mão de obra aos montes, mas não garante que as mulheres sejam bem tratadas para isso, ele faz com que todos esses maus tratos sejam considerados "normais".</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Converse com mulheres que gestaram e pariram e isso poderá ficar estampado na sua cara, mas é mais comum que quase ninguém repare, porque parece "que sempre foi assim". Essa ideia atrapalha bastante, porque parece que não tem jeito e que o amor incondicional necessita passar por todas as dificuldades, porque "ser mãe" significa renunciar à sua vida em função da vida da/o filha/o.</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Mãe nem é considerada uma pessoa, ela é quase algo sobrenatural. Assim é o desenho, mas isso só prejudica as mulheres que querem ter filhas/os. Na maternidade, as mulheres gestantes não tem nomes, elas são chamadas de "mãe"; nas escolas, essas mulheres nem tem nome, elas são chamadas de mãe. A mãe anula a identidade de ser mulher. Há quem ao se apresentar mal diz o nome e já alega no conjunto de características, "ser mãe". Ser mãe é algo divino e construído socialmente, exemplo maior é como as meninas são adaptadas desde cedo com essa função por meio de bonecas que simulam bebês e outros aparatos. Ninguém nasce gostando de rosa e de boneca, somos ensinadas, condicionadas à isso.</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
É preciso garantir, como já afirmei, que as mulheres que desejem ter filhas/os possam fazê-los de modo decente, porque as condições estão bem indecentes. Além de ser violentada no processo de gestar e parir, essas mulheres passam por insegurança para garantir alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, cultura para as/os filhas/os. Também, pela própria sobrevivência destas/es, sobretudo quando são mães negras periféricas, tamanho o genocídio das/os filhas/os negros. Estive em um enterro de um jovem e a mulher-mãe estava numa situação tão dolorosa que é impossível descrever aquela situação, foi profundamente marcante. A maternidade é idealizada, porque a vida real é dura viu!</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Para aquelas mulheres que não desejam ter filhos/as, a pressão social é imensa, desde a afirmação de que seria incompleta até que seria mal amada. Ora, a quem interessa pintar essas mulheres de tal forma?</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
O aborto como proibição legal passa pela maternidade compulsória, pois a mulher que interrompe uma gestação rompe com a construção social de maternidade, ela não se sente obrigada a ter filhas/os, mesmo que já tenha. A Pesquisa Nacional de Aborto (2010 e 2016) aponta que a maior parte das mulheres que abortam no país já tem filhas/os.</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Para superar a maternidade compulsória, precisamos pensar e falar sobre isso. Problematizar, como nos ensinou Paulo Freire. Por fim, indico três leituras que podem contribuir com essas reflexões e me influenciaram na elaboração deste texto:</div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><b><a data-original-attrs="{"data-original-href":"http://outubrorevista.com.br/wp-content/uploads/2019/09/04_Bhattacharya.pdf"}" href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/2231861283598206240/5355450953905506915#">O que é a teoria dareprodução social?</a>, da Tithi Bhattacharya </b></span></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><b data-original-attrs="{"style":"background-color: white; color: #660099; text-align: center;"}" style="background-color: white; color: #660099; text-align: center;"><a data-original-attrs="{"data-original-href":"http://tanianavarroswain.com.br/chapitres/bresil/utero.htm"}" href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/2231861283598206240/5355450953905506915#">Meu corpo é um útero? Reflexões sobre a procriação e a maternidade</a>, da Tâ</b><span style="color: #660099;"><b>nia Navarro Swain</b></span></span></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: xx-small;"><b><a data-original-attrs="{"data-original-href":"http://www.redeblh.fiocruz.br/media/livrodigital%20%28pdf%29%20%28rev%29.pdf"}" href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/2231861283598206240/5355450953905506915#">Um Amor Conquistado: o Mito do Amor Materno</a>, da Elisabeth Badinter</b></span></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana"; font-size: x-small;"><b><br /></b></span></div>
<div data-original-attrs="{"style":"text-align: justify;"}" style="text-align: justify;">
Ah, lembre de deixar um comentário, ter feedback ajuda bastante a continuar :)</div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-32797403093454158532020-05-05T10:29:00.000-03:002020-05-05T13:31:45.185-03:00Conflitos entre gênero e raça? A participação de Thelma e Babu no BBB 2020<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 150%;">O Blog recebe com muita felicidade, este artigo de opinião da minha amiga querida Indiara Souza (abraçooooo), que compartilhou conosco reflexões importantes envolvendo a falsa disputa entre gênero e raça no BBB 20. Leiam e deixem comentários, porque ela está estreando! E que texto, minha gente!</span></i><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="color: windowtext; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; text-decoration-line: none;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="color: windowtext; font-size: 13.5pt; line-height: 150%; text-decoration-line: none;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="text-align: left;"> Por Indiara Souza*</b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTQHio_SKM4ESt3H84PiVXTkZtFuXnqA4gujWVpFhBYnhkzTlqI&usqp=CAU" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Famosos e anônimos apontam atitudes racistas de brothers com Babu ..." border="0" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTQHio_SKM4ESt3H84PiVXTkZtFuXnqA4gujWVpFhBYnhkzTlqI&usqp=CAU" /></a><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O reality show Big Brother Brasil apresentou, nesse ano de
2020, uma edição que, para muitos espectadores, foi considerada histórica. Em
sua vigésima exibição, o reality teve em seu elenco duas pessoas negras: Babu
Santana, ator convidado, e Thelma Assis, médica, inscrita selecionada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde o primeiro contato na casa, Thelma e Babu comentaram
sobre a importância de ambos naquele espaço, para compartilhar experiências
semelhantes, no que diz respeito ao debate racial. A partir disso, surgiu nas
redes sociais uma euforia, principalmente por parte das pessoas negras, que
enxergaram em Babu e Thelma representação tão potente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O BBB 20 obteve destaque também por ter sido composto por
alguns homens de caráter duvidoso e questionável. Logo nas primeiras semanas do
programa houve uma repulsa por parte do público direcionada a esses
participantes. Assim, ocorreram as eliminações do jogo e, consequentemente, os
homens começaram a sair e as aproximações por afinidade começaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Babu teve facilidade em dialogar com os homens mais
criticados da edição e Thelma com uma colega de profissão que, no momento, era
bem avaliada pelos espectadores. É nesse contexto de escolhas ou afinidades
distintas que destaco algumas percepções sobre o debate nas redes sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde o primeiro paredão que Babu enfrentou, ele optou por
mencionar sua história e as dificuldades enfrentadas; Thelma escolheu se
apresentar como um exemplo de superação, mulher negra que foi adotada na
infância, de família pobre, teve que criar oportunidades para conseguir
estudar. No seu canal no Youtube, ela conta a dificuldade que enfrentou até se
tornar uma médica e os comportamentos racistas e sexistas que ainda sofre,
atuando na área da saúde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A diferença do discurso da Thelma e do Babu no programa foi:
Babu mencionava as dificuldades financeiras que tinha deixado aqui fora e como
era preterido por outros atores "padrão". Thelma exigia
reconhecimento por sua personalidade e coerência. Destaco mais uma vez que
minha intenção não é questionar a empatia do público por Babu, mas sim pontuar
a maneira como a sociedade lida com uma mulher preta que “não deita para
ninguém”, como diz o ditado popular. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Babu além de manter relação muito próxima de afeto com
homens brancos extremamente machistas e
homofóbicos, também sorriu das falas agressivas dos amigos e fez alguns
comentários como: “se ela dança seduzindo assim ta pedindo, não adianta
reclamar depois” e “aquele viadinho”, entre outros. Ele levantou discussões
dentro da casa, que refletiram nas redes socias, uma delas foi como é negativo
se referir a uma pessoa negra chamando a mesma de negra, afirmou que somente no
Brasil isso é aceitável. Como estamos todxs passíveis a equívocos, alguns
militantes o defenderam, com o argumento de que essa pode ser uma visão
pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Alguns poucos posicionamentos contrários a essa afirmação me
trouxe a memória um artigo com o tema <a href="http://www.sedes.org.br/Departamentos/Psicanalise/pdf/quemtemmedodapalavranegro_cuti.pdf">“Quem tem medo da palavra negro”</a>, escrito
por Cuti e publicado na revista Matriz, em 2010. Cuti afirma que ao usarmos a
palavra negrx, estamos impedindo que esqueçam toda carga semântica que ela
carrega, a história não permite que nos esqueçamos de como a população negra
foi duramente escravizada durante séculos, exatamente por serem NEGRXS. Assim,
nos afirmar negras e negros também nos remete à dívida histórica, a resistência
antirracista do nosso povo. A tentativa de excluir essa palavra do nosso
vocabulário não é algo inocente, é mais uma atividade colonizadora com intuito
de nos fazer ignorar tamanha crueldade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Entre essas discordâncias, nas redes sociais, o que
predominou foram diversas páginas e pessoas que se afirmam como militantes,
apresentando Babu como um professor. Entendo essa afirmação um tanto
prejudicial pois, deslegitima profissionais e pesquisadorxs que se dedicam em
apresentar uma escrita negra coerente com dados comprovados. E por que essa
reflexão? Porque essas mesmas pessoas defenderam Babu das suas falas machistas
e homofóbicas com o seguinte comentário “é uma questão estrutural, Babu é um
cara do povão”. Esse mesmo homem do povão também ganhou duas vezes o prêmio nacional
de maior destaque “Grande Otelo” de melhor ator. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Essas premiações também fazem parte da carreira de um homem
que fez mais de 40 trabalhos, incluindo novelas e participações no cinema, etc.
Com isso, penso que diferente de muitas outras pessoas negras, Babu está em
espaços que outros negros não têm acesso. Thelma precisou se inscrever para
participar do BBB, Babu foi convidado. Estudar sobre aquilo que ele afirma
defender não é algo difícil e distante da realidade dele, ignorar isso é um
tanto irresponsável; quando exigem uma postura extremamente personalizada de
uma mulher negra, que foi o caso da Thelma. <o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTXWYiqkJOkxTSsq-BQFs2XUbt4_9Hb4xM9mpjNXuDkXlrUFkd7&usqp=CAU" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="BBB20: Prior pede para Babu votar em Thelma, ator nega e irrita ..." border="0" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcTXWYiqkJOkxTSsq-BQFs2XUbt4_9Hb4xM9mpjNXuDkXlrUFkd7&usqp=CAU" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Todas as vezes que iniciava o debate sobre questões raciais
no reality, Thelma e Babu apresentavam suas vivências e considerações, mas
somente Babu recebeu o maior destaque e apoio. Babu foi defendido quando apoiou
seus amigos machistas e justificou que a postura dos mesmos era algo
“comportamental”. Ele afirmava que não votaria em Thelma enquanto tivesse
outras opções, desde que essa outra opção não fosse seu amigo Prior (<a href="https://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2020/04/duas-acusacoes-de-estupro-e-uma-de-tentativa-de-estupro-contra-felipe-prior.html">acusado de estupro, após a saída do reality</a>), agressivo com ações e palavras. Thelma
também afirmou que não votaria em Babu tendo outras opções, opções essas que
não fossem suas duas amigas. Thelma defendeu Babu quando insinuaram medo dele e
partiu para o enfrentamento por não votar nele. Por isso, recebeu o castigo do monstro (uma espécie de
"prenda", em consequência de uma prova, que premia o vencedor com um
almoço e ainda garante o direito a levar dois participantes mais próximos) e o
distanciamento de algumas pessoas que ela tinha muito carinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em contrapartida, foi insultada por um amigo do Babu
afirmando que não tinha o que discutir com Thelma, pois ele “tinha berço”. Essa
discussão aconteceu literalmente na frente do Babu e ele não pronunciou uma
única palavra para defender a mulher negra. Mas o mesmo Babu afirmou para um
homem branco que Thelma havia escolhido a casa grande, apenas por ter aceitado
o afeto de mulheres brancas. Em nenhum momento Babu foi julgado por isso,
Thelma foi extremamente julgada quando optou por não votar em sua amiga sendo
rotulada como “chaveirinho de mulher branca”, sua página foi duramente
criticada, enquanto a página do Babu reproduziu o mesmo comportamento do Babu
fora da casa chamando Thelma de mucama: termo usado no período escravocrata, referente à negra escrava que
realizava as obrigações domésticas e também era ama de leite dos filhos dos
senhores. Mais uma vez, a militância permaneceu em silêncio. <span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O argumento de que Thelma priorizou gênero ao invés de raça,
como fez Babu, é inválido quando analisamos as defesas dele para seus
amigos. Assim é nítida a solidão da mulher negra na sociedade, pois para muitas
pessoas o correto seria Thelma abrir mão do afeto e lealdade oferecidos a ela,
para defender um homem negro, que optou também por não a priorizar. Thelma foi
criminalizada por usufruir de afeto. Esses acontecimentos me fazem concordar
com a seguinte afirmação feita por minha amiga Beatriz Silveira<i>: “<span style="background: white; mso-highlight: white;">existem privilégios dentro dos
próprios movimentos, digo, no movimento negro nitidamente é o homem negro o
privilegiado, no </span><span style="background: white; color: #262626;">feminismo, a mulher branca”.</span></i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nesse sentido, relembro a afirmação feita por
Chimamanda Adichie, em <i>Sejamos Todos
Feministas</i> (2016) “não é fácil conversar sobre a questão de gênero”,
repensar nosso comportamento dentro dos próprios movimentos é necessário e
diversas vezes não nos atentamos para isso. Entender que Thelma está em um lugar
de privilégio em relação ao Babu é injusto</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, pois ambos frequentam espaços
consequentes das escolhas profissionais. Thelma não deixa de sofrer racismo e
misoginia por ser médica, a exemplo as injustas críticas direcionadas a ela no período do reality. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Thelma, até o último paredão, foi desacreditada
ou tida como arrogante</span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
apenas por não aceitar ser feita de boba ou
diminuída. E me assusta a militância ignorar esses fatos, quando no próprio
jogo ela sempre fazia provas com o Babu e ao perder uma dessas provas ele
afirmou ter perdido porque “ela era lenta”, e quando a mesma venceu uma prova
de resistência foi desmerecida dentro do próprio reality. Foi necessário brigar
pelo reconhecimento, não houve comoção e sim termos como “ficou soberba,
arrogante”. E quando o assunto era Babu, surgia
textão nas redes sociais e muita emoção por ter um homem negro sendo
injustiçado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A minha reflexão não se baseia em ignorar a
trajetória do Babu, mas sim de questionar como o homem, incluindo homens
negros, mantém seus privilégios, sem que a sociedade faça uma reflexão. Antes mesmo
de entrar no BBB Thelma expôs no seu canal sobre as diversas situações de
racismo sofridas por ela, e em nenhum momento foi defendida como “dona e
proprietária da palavra”, afinal, ela não agiu conforme o perfil de mulher
negra que a “militância” impôs na internet. Para a mulher negra existe um
perfil para que tenham empatia, para o homem, basta que ele apresente o mínimo
discurso “bonitinho” para receber aplausos e honras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Adichie (2019), em seu livro <i>O perigo da história única</i></span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, reflete
acerca das relações de poder e como isso pode ser definitivo na história de um
sujeito. Babu, sendo homem negro, obviamente
está acima das mulheres negras na pirâmide social, seu discurso se estabelece e
é defendido sem que haja resistência. Thelma, mulher negra que se encontra na
base da pirâmide, precisa gritar para que seja notada, e talvez ouvida. Errar é
inadmissível para uma mulher negra, para o homem negro há uma justificativa
estrutural acerca do machismo e racismo, como se a mulher negra não fosse alvo
de ambas crueldades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A partir dessa
insensibilidade direcionada à mulher negra, podemos relembrar a necessidade da
visão interseccional teorizada por Kimberlé Crenshaw, que é fundamental no
movimento feminista. Uma mulher negra não tem a vantagem de vivenciar apenas
questões raciais, ela está em um lugar vulnerável, que tende a ser
subalternizado, por experienciar gênero e raça, cruelmente, ao mesmo tempo. Ela
não pode eleger uma opressão para lutar, precisa articular para se posicionar e
resistir às diversas opressões. Assim, nota-se a importância de reconhecer o
lugar social que os homens negros ocupam, para não perpetuar a invisibilidade
na vida e luta das mulheres negras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Durante os 98 dias do BBB tentaram criar uma
história sobre a trajetória e escolhas da </span><span style="font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Thelma. Ao final, ela provou para todxs como a trajetória de uma mulher negra
tende a ser solitária e difícil. Mas partir para o enfrentamento ainda é a
melhor escolha quando concluímos um ciclo, entendendo que foi mérito único e exclusivo da nossa persistência e
ousadia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="text-align: left;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="text-align: left;"><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtlTsWpW-A7a3zMBIcdgt_goEmh6ewCkfdvvYJ1ge86G6JRrZKoAgcogCy7655FMYpRu27FR8bpZgbn_cGKj7UUL7PZPC66kgpZd7h-nEKhnISbMj-Qqd4gPRpFWyQ3A64QqlZtm8BGtk/s1600/Indiara.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1078" data-original-width="1080" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtlTsWpW-A7a3zMBIcdgt_goEmh6ewCkfdvvYJ1ge86G6JRrZKoAgcogCy7655FMYpRu27FR8bpZgbn_cGKj7UUL7PZPC66kgpZd7h-nEKhnISbMj-Qqd4gPRpFWyQ3A64QqlZtm8BGtk/s200/Indiara.jpg" width="200" /></a><span style="background-color: white; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"></span></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-indent: 47.2667px;">* Indiara Souza, essa lindeza sabida, é graduanda do curso de Letras - Língua e Literaturas de Língua Portuguesa, na Universidade do Estado da Bahia, Campus IX.</span></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-23916166068957371662019-12-31T16:21:00.004-03:002019-12-31T16:21:49.294-03:00Depois de 2 anos: voltei!<div style="text-align: center;">
<img alt="Imagem relacionada" height="400" src="https://steemitimages.com/640x0/https://i.ytimg.com/vi/BTgXOqraT1M/maxresdefault.jpg" width="400" /></div>
<div style="text-align: right;">
<i><b>Por Paula Vielmo</b></i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Último dia do ano de 2019 e constato que não escrevo no meu blog querido desde maio de 2017, portanto, mais de dois anos atrás, mas cá estou eu, de volta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por algum motivo que não sei qual, tenho sentido falta de escrever por aqui, de compartilhar ideias de modo mais sistematizado e aprofundado do que apenas pelas postagens rápidas em redes sociais, também muito mais efêmeras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em que ano comecei? Não lembro, mas recorro ao arquivo: 2008. Não lembrava nem a senha, que "u ó" rs. Nossa, mais de uma década! Ele fez dez anos e eu nem vi...está a caminho dos 12, a ser completos em maio de 2020, uma nova década que começa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leio "sobre o blog" e me encanto com as palavras. É bom reler o que você escreveu tempos atrás e se reconhecer nas palavras, assim como é bom perceber as mudanças. Mudar é bom e manter sua essência também e olha que não me refiro à essência como algo inato, natural, que nasce com a gente, mas como aquilo que caracteriza o nosso ser.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escrever no blog e não apenas artigos, ensaios, relatos de experiências e a dissertação veio com força! <b>DESEJO de escrever</b>, que coisa interessante. E o desejo é arrebatador, por isso estou aqui, executando o desejo de voltar a escrever e espero que hajam pessoas interessadas em ler e em interagir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na dúvida, vou tentar! </div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-62168267330047573912017-05-01T13:57:00.004-03:002017-05-01T14:00:54.551-03:00Primeiro de Maio de 2017<div class="" data-block="true" data-editor="678ns" data-offset-key="ful27-0-0" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.fetagro.org.br/media/images/2/vitrines/1182.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.fetagro.org.br/media/images/2/vitrines/1182.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<br /></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="ful27-0-0" style="direction: ltr; font-family: inherit; position: relative; text-align: justify;">
<span data-offset-key="ful27-0-0" style="font-family: inherit;">O 1º de maio é o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador, data que reconhece a importância de quem vive do trabalho e que mantém a produção. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Em 2017, no Brasil, a data está cercada dos últimos acontecimentos: aprovação da terceirização, aprovação da Reforma Trabalhista à toque de caixa e de possível aprovação da Reforma da Previdência, ainda em maio.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Parece surreal, mas é real. A imensa maioria dos Deputados e Senadores, envolvidos em casos de corrupção, estão votando pela retirada de direitos da classe trabalhadora.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Depois de longos 13 anos de adormecimento de parcela considerável dos Movimentos Sociais, durante os governos petistas, a classe trabalhadora começa a reagir de maneira resistente aos ataques em curso, que contam com um grande aliado: a desinformação.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Sabemos que o conhecimento é um antídoto para a alienação e que o governo ilegítimo de Temer busca aprovar todas essas reformas sem dialogar com a sociedade, fato que tem levantado posições contrárias de setores conservadores como a OAB e CNBB.</span><br />
<span data-offset-key="ejt4e-0-0" style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span data-offset-key="ejt4e-0-0" style="font-family: inherit;">Mas ao contrário dessa conjuntura que nos massacra, <b>TEMOS O QUE CELEBRAR! </b>Na última sexta-feira, milhões de trabalhadores/as brasileiros/as foram às ruas protestar contra as reformas ou quem não foi às ruas, deixou de ir ao trabalho, resultando na MAIOR GREVE GERAL na história do nosso país. </span><span style="font-family: inherit;">100 anos depois da PRIMEIRA greve geral, temos que CELEBRAR a força da classe trabalhadora, que fortalece o processo de organização.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Vamos renovar a nossa crença na possibilidade de mudança, porque só a luta muda a vida, ou como nos ensinou Rosa Luxemburgo “quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Por fim, um velho conselho de Marx e Engels: </span><b style="font-family: inherit;">Trabalhadores/as, uni-vos!</b></div>
</div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-19771243162355426782017-04-29T19:37:00.001-03:002017-04-29T19:37:24.496-03:00Mulheres na Democracia<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<i style="background-color: yellow;">Texto preparado para a fala na mesa redonda na Tarde da Democracia, promovida pela Pastoral da Juventude no dia 22 de abril de 2017, em Barreiras/Bahia.</i><br />
<i style="background-color: yellow;"><br /></i>
<i style="background-color: yellow;"><br /></i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://secure.static.tumblr.com/28732a633aa2e4520aef22d84293202e/c9o4mio/VmWo5wpbw/tumblr_static_tumblr_static_filename_640.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://secure.static.tumblr.com/28732a633aa2e4520aef22d84293202e/c9o4mio/VmWo5wpbw/tumblr_static_tumblr_static_filename_640.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Boa tarde a todas e todos. Quero agradecer a
confiança do convite, feito pela PJ por Alana Bagano. A parceria com a PJ é
antiga, dos tempos em que eu era jovem e espero contribuir com as reflexões
sobre o tema que me foi proposto. Aliás, gostaria de refazer o tema para o
plural: <b>Mulheres na democracia</b>. O
plural é muito importante porque significa compreender que não existe uma
mulher universal, única, mas uma diversidade, portanto, mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para o dicionário Aurélio, democracia é o <i>“governo em que o povo exerce a soberania,
direta ou indiretamente”.</i> Para o Dicionário Houaiss é <i>“sistema comprometido com a igualdade ou a distribuição igualitária de
poder”</i>. Como as mulheres são parte do povo e estão excluídas do processo
democrático, logo, não temos uma democracia plena, mas em processo de
construção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O parágrafo único do Art. 1º da Constituição
Cidadã de 1988 diz que: <i>“Todo poder emana
do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição”</i>. A democracia brasileira não é direta, mas
representativa, exercida através da eleição de representantes. Por isso,
focarei na participação das mulheres neste modelo de democracia, mas defendo
que avancemos para uma democracia participativa, direta, onde cada pessoa tenha
consciência e que coletivamente, possamos fazer as transformações desejadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Durante metade do século XIX e início do
século XX, as mulheres em todo o mundo lutaram pelo direito ao voto, conhecido
como movimento sufragista. No Brasil, apenas em 1932 (portanto, uma senhora de
85 anos) as mulheres conquistam o direito ao voto. Todavia, votar não
significou mais mulheres nos espaços de poder eletivos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O processo de redemocratização do país
coincide com a adesão do movimento feminista pela luta no terreno institucional
a partir de 1970. A luta de muitas mulheres e da bancada feminina da Câmara
garantiu que inúmeros direitos para as mulheres fossem incluídos na
Constituição Federal de 1988. <b>No
entanto, o cenário ainda hoje no Brasil não é democrático para as mulheres.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo dados do IBGE (2014), nós, mulheres,
somos 51,6% da população brasileira; Segundo o Tribunal Superior Eleitoral
fomos 53% do eleitorado nas eleições de 2016. <b>Ou seja, somos maioria! </b>No entanto, nós mulheres, somos sub-representadas,
ou seja, há bem poucas mulheres na democracia representativa brasileira. Poucas
são as mulheres eleitas para atuar nos Poderes Legislativo ou Executivo e
poucas estão no Judiciário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas por que
temos tão poucas mulheres nos espaços de poder?</span></b><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Para compreender
essa questão, é preciso compreender a <b>estrutura
social</b>. Assim, temos um sistema sustentado na exploração dos mais pobres e
do meio ambiente pelos mais ricos (capitalismo), a sobreposição de uma raça
(branca), um padrão de sexualidade (heterossexual) e de d<b>ominação masculina (patriarcado).</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É preciso reconhecer que, historicamente, aos
homens foram dedicados os espaços públicos, portanto, da política, e às
mulheres os espaços privados (lar). Assim, os homens são responsáveis
socialmente pelo trabalho produtivo e as mulheres pelo trabalho reprodutivo. A
partir dessa divisão, logo entende-se que a política, como espaço público, é
considerado inadequado para as mulheres. Por isso, é compreensível que as
mulheres sejam mais tímidas, tenham medo de falar em público, de falar no
microfone, porque são espaços e instrumentos que representam o público. Também,
por ser um espaço masculino, não estimula a participação das mulheres. Além
disso, o acumulo das jornadas de trabalho dificultam a participação das
mulheres, que estão cuidando da casa e dos/as filhos/as quando não estão em
horário de trabalho remunerado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Cientes disso, podemos ir rompendo com essa
lógica, mas ela ainda é bastante presente na sociedade brasileira, tanto que
foi preciso ter uma lei para que as mulheres pudessem ocupar os espaços
políticos. Em 1997 foi inserido na lei eleitoral a cota de gênero de 30%. No
entanto, apenas em 2009 alcançou caráter <b>obrigatório</b>,
tendo em vista que os Partidos Políticos continuavam sem estimular a
participação das mulheres como candidatas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No legislativo brasileiro as mulheres ocupam
apenas 45 das 513 vagas de Deputadas Federais, são 11 mulheres dentre as 81
vagas no Senado, são 07 Deputadas Estaduais dentre 63 na Assembleia Legislativa
da Bahia e 5 vereadoras em Barreiras dentre 19. Os dados mostram que estamos
distante da democracia, pois apesar de sermos maioria da população e do
eleitorado, somos minoria representativa, o que implica em uma sub-representação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No Poder Executivo, a situação piora: em 2016
foram eleitas menos mulheres prefeitas do que em 2012, sendo hoje apenas 641
mulheres (</span><span style="background: white; font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">11,57%) prefeitas e
4.898 prefeitos (88,43%)</span><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">; Nas eleições de 2014, apenas Roraima elegeu uma governadora. Até
hoje apenas 01 mulher chegou ao posto máximo do país (presidência) e 01 foi
eleita prefeita de Barreiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No entanto, é preciso prestar muita atenção a
duas questões:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> 1)</span><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não basta ser mulher, é preciso ter compromisso com a causa das
mulheres ampliação de direitos sociais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> 2)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quem são as mulheres que são eleitas? São mulheres negras? São
mulheres indígenas? São mulheres trabalhadoras? São camponesas? São mulheres
progressistas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Porém,
a democracia não está restrita aos espaços de poder instituídos. Democracia
para as mulheres perpassa por oportunidades de acesso e desenvolvimento na
educação e na cultura, oportunidades de acesso à trabalho e mesmos salários, possibilidades
de atuação nos partidos políticos e nos governos, divisão do trabalho doméstico
e autonomia sobre o próprio corpo, portanto, muito caminho a percorrer.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A Agenda 2030 da ONU, estabelece 17 Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas. O objetivo 5 busca <i>“alcançar a igualdade de gênero e empoderar
todas as mulheres e meninas” </i>e a meta 5.5. almeja <i>“garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de
oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida
política, econômica e pública”.</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Focando no objetivo desta Semana da Cidadania
que é “<i>fazer com que a juventude reflita
mais profundamente, em grupo, algumas ações presentes em seu cotidiano,
convidando-a a se organizar em torno de projetos práticos, com reflexos na
sociedade, visando a transformação social, em comunhão com a Igreja e outros
organismos da sociedade civil”,</i> sugiro como ações:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> 1)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que a PJ estimule o debate sobre a participação das mulheres,
promovendo reflexões e mudança de visão de mundo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">2)<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; text-indent: -18pt;">Que a PJ avalie internamente a participação das mulheres nas
coordenações, verificando se os cargos ocupados estão majoritariamente
restritos à secretariado, tesouraria e organização de eventos, reforçando os
papeis tradicionais das mulheres de organização e cuidado;</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> 3)</span><span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que a PJ estimule as jovens mulheres a se expressarem e ocuparem
os espaços de fala nas atividades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por fim, na próxima sexta-feira, 28 de abril,
teremos a GREVE GERAL, contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e
a Terceirização, que retira direitos sociais conquistados historicamente, e
prejudica de maneira especial as mulheres, pois busca igualar o tempo de
aposentadoria, desconsiderando as várias jornadas de trabalho e precariza o
trabalho feminino, pois as mulheres já recebem salários em média 30% a menos do
que os homens e são maioria no trabalho informal, principalmente as mulheres
negras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "cambria" , "serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para concluir, agradeço o espaço, com a
expectativa de ter contribuído e alcançado o tema que me foi proposto, bem como
almejo que encarem o desafio de ampliação da participação das mulheres como uma
causa não das mulheres, mas de cada pessoa que acredita que a democracia como
soberania popular perpassa pela incorporação das minorias sociais como
participantes ativos, dentre os quais temos as mulheres em sua complexidade e
diversidade, como maioria do povo que merece e precisa participar e ter direito
a isso, para que de fato aconteça a democracia. Obrigada!<o:p></o:p></span></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-59955491498476518742016-12-30T01:40:00.001-03:002016-12-30T01:40:02.542-03:00Retrocesso na Câmara Municipal de Barreiras: o que esperar a partir de 2017?<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Paula
Vielmo</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Distante de termos qualquer mudança política em
relação aos 19 vereadores eleitos para o mandato 2017-2020, considero que
tivemos um retrocesso na composição da Câmara Municipal de Barreiras,
cujo perfil a partir dos eleitos ficou ainda mais conservadora, tendo em vista
a reeleição de 9 vereadores, dentro os quais alguns de posturas reacionárias ao
extremo, como Gilson Rodrigues (DEM), o retorno de vereadores que já tiveram
mandatos e não fizeram nada de significativo (Irmã Silma, Sobrinho, Cézar da
Vila) e outros sem muito potencial para empreender mudanças significativas,
tendo em vista a forma de fazer política. <b>Em resumo, nada de novo!</b></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para piorar a já baixa quantidade de mulheres na
política representativa, houve redução na presença de mulheres na Câmara de 5
para 3 vereadoras, sendo que nenhuma das eleitas tem práticas nem propostas voltadas
para as mulheres ou à igualdade de gênero. Se o mandato de Karlúcia Macêdo
(PMDB) como vereadora foi de destaque nos últimos anos, a partir da campanha
como vice-prefeita, ela assume uma posição secundária, ficando praticamente
invisível.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É comum após as eleições iniciarem debates e
acordos sobre a presidência da Câmara Municipal. Em Barreiras não foi diferente
e logo após a eleição, inúmeros eleitos já anunciavam a pretensão de assumir
tal posto, tais como João Felipe (PTB), Gilson Rodrigues (DEM), Marcos Reis (PTN).</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Infelizmente, é comum também nesta velha política
no qual estamos inseridas/os, que a autonomia do poder legislativo seja
colocada em xeque diante de uma maioria de vereadores/as sob a sigla do
prefeito eleito. Em Barreiras também não foi diferente.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t34.0-12/15801313_1167479576669298_1603591674_n.png?oh=9f4d23c84db57c5a51292e609b55789a&oe=5868BBDB" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="272" src="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t34.0-12/15801313_1167479576669298_1603591674_n.png?oh=9f4d23c84db57c5a51292e609b55789a&oe=5868BBDB" width="400" /></a><a href="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t34.0-12/15801109_1167479570002632_1994455992_n.png?oh=204217d94656c1c039b468d470316d0c&oe=5867C9B6" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/v/t34.0-12/15801109_1167479570002632_1994455992_n.png?oh=204217d94656c1c039b468d470316d0c&oe=5867C9B6" width="294" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Dos 19 vereadores/as eleitos/as, segundo pesquisa
no site do TSE, 11 estão sob a <b>coligação/base de Zito Barbosa (DEM)</b>,
a saber: Irmã Silma e Eurico Queiroz (PRB), Otoniel (PDT), Dra. Graça e João
Felipe (PTB), Eugênio (PMDB), Dr. José Barbosa (PSC), Almery e Gilson Rodrigues
(DEM), Carlos Costa (PHS) e Cézar da Vila (PT do B) e 08 foram eleitos
como <b>base da "oposição"</b>, por estarem na Coligação de
Antônio Henrique (PP), a saber: BI e Carlão (PP), Vivi Barbosa (PC do B),
Sobrinho (PPL), Beza (PSL), Professor Hipólito (PTC), </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse jogo, em que o povo não é nada além do
legitimador, o que não falta é gente desorientada e achando que "política
é isso". Não! Isso é a velha política. A política como bem comum não se
submete a desejos e mandos dos chefões de plantão, isso é da alçada da velha
política, o que os ditos novos e antigos vereadores sabem muito bem
fazer. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPkQaz07F9WCXbDM0AGUy_HCGKW0acLgxfR0SXKaF0HMkttQ6sSb0GpZE7MW-kldFAzkMvHB36cFgJF7QEE4gfqdUrDrCA4BWBXM4qUfvPEQobDhfDyktk1aDHN4xJDzLIohTXrLoWfaI/s1600/selfie.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPkQaz07F9WCXbDM0AGUy_HCGKW0acLgxfR0SXKaF0HMkttQ6sSb0GpZE7MW-kldFAzkMvHB36cFgJF7QEE4gfqdUrDrCA4BWBXM4qUfvPEQobDhfDyktk1aDHN4xJDzLIohTXrLoWfaI/s320/selfie.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">No dia 28/12 uma notícia surpreendeu: </span><a href="http://zda.com.br/gilson-rodrigues-deve-ser-o-novo-presidente-da-camara-de-barreiras/" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>"</b></span></a><a href="http://zda.com.br/gilson-rodrigues-deve-ser-o-novo-presidente-da-camara-de-barreiras/" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>Gilson Rodrigues deve ser o novo
presidente da Câmara de Barreiras</b>"</span></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">. E no dia
seguinte (29) "</span><a href="http://zda.com.br/zito-reune-vereadores-gilson-ja-tem-16-votos/" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>Zito reúne vereadores; Gilson já
tem 16 votos</b>"</span></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, com direito a "selfie" sem qualquer
pudor de intromissão de um Poder (Executivo) sobre o outro (Legislativo). Não
bastasse, para posar de transparente, fazendo uso sofista das palavras, o
vereador João Felipe (PTB) </span><a href="https://www.facebook.com/joaofelipelacerda2012/posts/1195889030489149" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>postou em sua página pessoal do
facebook</b> </span></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">o acordo que decidiu pela chapa para a mesa
diretora da Câmara e Gilson Rodrigues, do mesmo Partido de Zito, como
presidente.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse fato
nos faz refletir principalmente sobre duas questões:</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
<!--[endif]--></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz5MYy414I0G6Oq3-gyzjd71Kj12MddfqULps7K6b_3DMMDpw8Ad3NVvnh4t4f1PKTrzC31yDhvtNCCB08Z1fhArdg3L1CRT1WdAK25_Jyeu7Fx2TJCdBXr2EOyJwWPKGOgtL8XGb0a4A/s1600/foto+gilson.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz5MYy414I0G6Oq3-gyzjd71Kj12MddfqULps7K6b_3DMMDpw8Ad3NVvnh4t4f1PKTrzC31yDhvtNCCB08Z1fhArdg3L1CRT1WdAK25_Jyeu7Fx2TJCdBXr2EOyJwWPKGOgtL8XGb0a4A/s320/foto+gilson.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1) A<b> função de fiscalização do Poder
Legislativo estará muito comprometida</b>, com uma Câmara submissa e dependente
do Prefeito (Executivo). Ao contrário do que possam argumentar, não se trata de
"governabilidade", mas de submissão. Tanta, ao ponto de que um
candidato eleito na base do candidato e atual prefeito não reeleito, Antonio
Henrique, foi ameaçado, pelo Presidente Estadual do seu Partido, de perder o
mandato, caso se negasse a </span><a href="http://zda.com.br/partido-ameaca-tomar-mandato-do-vereador-teimoso-em-barreiras/" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><i>"apoiar e votar no candidato
que for indicado pelo prefeito eleito para a presidência da Câmara do
Município".</i></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">2) Teremos na presidência da Câmara um vereador
reeleito, sem nenhum trabalho relevante à comunidade e que ganhou projeção após
divulgação de informações falsas envolvendo o debate de gênero uando da
construção e tramitação do PME, o Plano Municipal de Educação (ainda não
aprovado). Este mesmo vereador tem posições públicas que afrontam diretamente
os Direitos Humanos, sobretudo das mulheres e pessoas LGBT. De fato, o conceito
de gênero não é de amplo conhecimento e compreensão da sociedade, mas trata-se,
resumidamente, das construções sociais dos papéis masculinos e femininos em
sociedade (veja também texto que escrevi na época <b><a href="http://ideiasaprovadebala.blogspot.com.br/2015/06/por-um-plano-municipal-de-educacao-com.html">AQUI</a></b>).</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse cenário aponta que, sem dúvidas, teremos uma
situação pior em Barreiras do que a maioria da população – enganada - decidiu
nas urnas. Nesse contexto, <b>destaca-se o jovem João Felipe</b>, atual
presidente do PTB, o 6º mais votado nas eleições de 2016, cuja trajetória
inclui a militância estudantil secundarista, tendo ocupado o cargo de
coordenador de Politicas para a Juventude na gestão da ex-prefeita Jusmari
Oliveira, presidente da União da Juventude Socialista (UJS) em
Barreiras, assessor parlamentar da ex-deputada estadual Kelly Magalhães e
enquanto filiado do PC do B, por indicação da ex-deputada, ocupou o cargo
de Coordenador Regional do Sine-BA, na Secretaria Estadual do Trabalho,
Emprego e Renda, tendo mudado de sigla partidária </span><a href="http://www.falabarreiras.com/pcdob-de-barreiras-emite-nota-sobre-desfiliacao-de-joao-felipe/#.WGWGo1MrLIU" target="_blank"><span style="color: windowtext; font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>(veja nota do PC do B sobre o
fato)</b></span></a><span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, filiando-se ao Partido Trabalhista Brasileiro e
de imediato assumido a presidência do mesmo. Necessário registrar a severa
mudança ideológica (de um Partido considerado de “Esquerda” para um Partido
considerado de “Direita”) para atender o objetivo de ser eleito, projeto
alcançado com sucesso.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esse jovem, que impressiona muita gente merece atenção
em relação às suas velhas atitudes, ao discurso sedutor e ao caminho que trilha
lado a lado com velhos políticos profissionais. Ele, que foi discriminado pela
vereadora Núbia em determinada ocasião em virtude de sua orientação sexual agora
se alia com aqueles que oprimem a sexualidade que foge da norma. Obviamente não
se legisla com a sexualidade, mas é óbvio também que o que somos enquanto seres
nos constituí como sujeitos políticos e influencia em nossas escolhas. Em
tempos de ataques aos Direitos Humanos, toda atenção é preciosa e deve ser
precisa.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">João Felipe afirmou que a chapa para a Mesa
Diretora da Câmara e o possível presidente Gilson não influenciarão no seu
trabalho na Câmara e na defesa das minorias sociais. Essa afirmação demostra
desconhecimento dos procedimentos e quem sabe, alguma inocência acerca do
legislativo. Há quem creia nisso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "inherit","serif"; font-size: 13.5pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">De nossa parte, a convicção de que não
teremos oposição ao prefeito, mas menos ainda fiscalização por parte da Câmara
Municipal e deveremos intensificar tais ações do lado de fora. 2017 espera de nós <b>muita luta</b>, nada mais!</span></div>
<br />
<o:p></o:p><br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-18320086927999950462016-12-04T17:03:00.004-03:002016-12-04T17:03:55.556-03:00Ato contra a PEC 55 e confronto com a PM em Brasília: o relato de quem estava lá<div style="text-align: right;">
<i>Por Paula Vielmo</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMRiqNLnmNkqMOU12IQZLHTDyDTe4OwzRuK90cKoXbqix1FamYHTQim39wOSrwcnL7w-V_OT6degsx0_I_M_aFgQtHuT9s9uH4qhOqxHN31IKDwP_6KwRYIK9Jg-SEuGVKZTw-huvVcbw/s1600/foto+eu.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMRiqNLnmNkqMOU12IQZLHTDyDTe4OwzRuK90cKoXbqix1FamYHTQim39wOSrwcnL7w-V_OT6degsx0_I_M_aFgQtHuT9s9uH4qhOqxHN31IKDwP_6KwRYIK9Jg-SEuGVKZTw-huvVcbw/s320/foto+eu.jpg" width="320" /></a>No dia 29 de novembro, milhares de pessoas, vindas de todos os cantos do país estiveram em Brasília para o ato intitulado #OcupaBrasília, afim de manifestar-se contra a aprovação pelo senado da Proposta de Emenda a Constituição 55 (PEC 55). Eu estive presente, na caravana do SINASEFE-IFBA, juntamente com mais 40 pessoas (professores, técnicos/as e estudantes).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A nossa viagem foi longa. Saímos de Salvador na segunda (28) por volta de 10h da manhã e chegamos em Brasília quase 13h do dia seguinte. <b>Muita gente!</b> Diversidade de cores, idades, vestimenta, agrupamentos políticos. Uma programação também diversificada de acordo com o segmento: nós da Educação Pública tivemos uma aula sobre auditória da dívida e PEC 55 com Maria Lúcia Fattorelli, em frente ao MEC. Em seguida, às 16h começou a concentração no Museu Nacional e a partir das 17h marchamos em direção ao Congresso Nacional. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu já havia participado de um ato em Brasília, que marchou até o MEC, mas nunca antes até o Congresso. Estava bastante empolgada e animada, afinal estava rodeada de milhares de pessoas (dizem entre 30 e 50 mil), gritos de ordem criativos, blocos por agrupamento (sindicatos, organizações estudantis, centrais sindicais), cartazes diferentes de tudo o que eu já havia visto, performances na rua, música, batucada, <b>luta e alegria. </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVlorxrdESz2CdAVvkFQQkqvHxpE7xZKLTzEir23r5Y89fGy1G3LVzqg-XxK-V4yITaXbiNH2z7RK96fbIEPpW0hZEwyTWj1PooiuRz9ssq69NI5DLemDiyM_3GTG7e8vO-txzs_d1q4s/s1600/foto+a.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVlorxrdESz2CdAVvkFQQkqvHxpE7xZKLTzEir23r5Y89fGy1G3LVzqg-XxK-V4yITaXbiNH2z7RK96fbIEPpW0hZEwyTWj1PooiuRz9ssq69NI5DLemDiyM_3GTG7e8vO-txzs_d1q4s/s400/foto+a.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto: jornalistas livres</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Chamou minha atenção que as pessoas <b>mais jovens</b> usavam bastante o corpo para se manifestar: muitas frases de "Fora Temer" escritas pelos corpos, adesivos de protestos cobrindo os seios nus, trans, gays afeminados, embaralho do padrão visual de gênero. <b>Tudo lindo! </b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A marcha transcorria pacificamente até a chegada no Senado. Não demorou mais do meia hora pelas minhas contas e já estávamos correndo das bombas de gás lacrimogênio e de pimenta que tomaram conta do espaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Houve confronto de alguns poucos manifestantes com a PM, que de maneira absurdamente desproporcional jogou spray de pimenta no rosto de uma jovem que se manifestava no espelho d´ água do Congresso. <b>Ninguém me contou, eu vi!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><br /><b></b></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSizJdK6l_WEXqVCb_uSuMXmUpLC9VLog6cNSO2-e0mFpJv3LdOSiCHPUBdKL2V1KXAyq-uKsZgZXLV-culKvWL9FY3Gdjqfqx4twtbf7H0ErZORRF5OsweU5lQq_6g8VL5z66wi0lamQ/s1600/foto+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSizJdK6l_WEXqVCb_uSuMXmUpLC9VLog6cNSO2-e0mFpJv3LdOSiCHPUBdKL2V1KXAyq-uKsZgZXLV-culKvWL9FY3Gdjqfqx4twtbf7H0ErZORRF5OsweU5lQq_6g8VL5z66wi0lamQ/s320/foto+2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Eu estava com o meu colega de campus do IFBA, Fábio Bordignon e na correria nos perdemos. Por alguns instantes eu só corri, até encontrar outra colega do IFBA e logo em seguida mais duas colegas e um estudante. O estudante, dizendo-se experiente em confrontos com a Polícia, foi o nosso guia. Não seguimos com a multidão, mas por fora dela.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVq8CY6RN3375eCGKOyANl7z3ctO2Qmw-77UpDw6FnLWfaojqwUKh6ZgxNt-2xqRQclA3EubNxY5xq14kJY4HOlDJH4EnqHOT5fB1mJfF6bpN7GnJbcS_ylCuMrjkAOr_DxzbutWo-ZsU/s1600/foto+3.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVq8CY6RN3375eCGKOyANl7z3ctO2Qmw-77UpDw6FnLWfaojqwUKh6ZgxNt-2xqRQclA3EubNxY5xq14kJY4HOlDJH4EnqHOT5fB1mJfF6bpN7GnJbcS_ylCuMrjkAOr_DxzbutWo-ZsU/s400/foto+3.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto: Agência Brasil</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Estava aflita. No caminho muitas pessoas (sobretudo mulheres), desmaiadas, sendo carregadas, vítimas da truculência da PM. Olhei para o alto e vi as bombas descendo. Estrondo no solo, barulho horrível, pavoroso. Correria. Mulheres, idosas, jovens, algumas crianças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O carro de som pedia que a polícia parasse e pedia que quem tivesse leite de magnésia prestasse socorro aos demais. Haviam pontos de pessoas da área da saúde auxiliando. Eu, lá aflita. A sensação de impotência é sempre indescritível. A garganta começou a fechar e os olhos a arder. A camiseta serviria como recurso para proteger um pouco e dar condições para respirar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Milhares de pessoas correndo. Olhei para o alto para procurar o som e vi alguns helicópteros sobrevoando. Eles jogavam bombas de gás lacrimogênio e pimenta do alto. Estava insuportável e a quantidade de pessoas passando mal aumentava.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estávamos caminhando devagar quando três policiais se aproximaram e nos mandaram subir. <b>Obedecemos</b>. Atravessamos a rua de algum dos Ministérios. Outro grupo de policiais se aproximava, não sei quantos precisamente. Um deles gritou "desce porra". Havia uma escadinha estreita e foi por ela que nós e muitas outras pessoas desceram. Eu estava perdida. A sorte foi a colega que sabia o caminho e segurando na minha mãe disse para seguirmos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegamos até o Museu Nacional. Precisávamos achar o restante da nossa caravana. O carro de som anunciava para nos reorganizarmos para retomar o ato.<b> Eu queria ir. Fui.</b> Estava impossível permanecer...a Polícia avançava e com ela a violência e as bombas de gás lacrimogênio. Não dava pra respirar. Fomos até a rodoviária em busca de nosso ônibus. Muitas pessoas correndo e a polícia avançando. Ficava cada vez pior para respirar por causa do gás. Os olhos ardiam e já não conseguiam ficar abertos sem lacrimejar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlKLMNB_Gc6IEXRNX7y0bA7JG-r3G0DkibKJhyfxuGQfBZVkPYuJLI7whEaUtowYLyZDv4rb9rnlqtKuTriI1RntngdrdydU3dFskIbJO2Vl247E-O6ERQ7Y4RhBzLhHnJDeSCmRXOhmk/s1600/foto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlKLMNB_Gc6IEXRNX7y0bA7JG-r3G0DkibKJhyfxuGQfBZVkPYuJLI7whEaUtowYLyZDv4rb9rnlqtKuTriI1RntngdrdydU3dFskIbJO2Vl247E-O6ERQ7Y4RhBzLhHnJDeSCmRXOhmk/s320/foto.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Foto de autoria desconhecida, tirada de dentro do senado.</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos um grupo de estudantes da nossa caravana. Uma tomada possibilitou ligar o celular que havia descarregado e ligar para alguém e saber onde estava o nosso ônibus. Todo mundo estava bem. Fomos embora, retornando para as nossas casas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Desde a terça-feira que não paro de pensar no acontecido. A violência da polícia, a desproporcionalidade do ato, o enfrentamento, o nosso despreparo para o conflito apenas com nossas faixas, cartazes e gritos de ordem. As pessoas passando mal. </i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Nunca estive em um campo de guerra, mas me senti em um naquele 29 de novembro.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Enquanto éramos agredidos, os senadores votavam a proposta que vai ferrar o povo brasileiro por 20 anos! Demorei para escrever porque não conseguia expressar o que aconteceu lá. Ainda não digeri. Não aceito a ideia de naturalizar o que aconteceu. Nenhuma delas.<b> A luta continua!</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
1. Não tenho nenhuma foto de minha autoria porque o celular descarregou</div>
<div style="text-align: justify;">
2. Fotos disponíveis no site do SINASEFE: Clique <b><a href="http://sinasefe.org.br/v3/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=315:29112016-marcha-contra-a-pec-552016&Itemid=59">AQUI</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
3. Vídeo do Mídia Ninja: Clique <b><a href="https://www.facebook.com/MidiaNINJA/videos/772792542878893/?hc_ref=PAGES_TIMELINE">AQUI</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
4. Nenhuma foto ou vídeo é como vivenciar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
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<b><br /></b></div>
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<b><br /></b></div>
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<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-19677534731701564692016-10-07T00:06:00.000-03:002016-10-07T00:06:37.805-03:00O caos municipal pós eleição<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a href="http://www.cliclajeado.com.br/giba/wp-content/uploads/2016/08/caos-politico.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.cliclajeado.com.br/giba/wp-content/uploads/2016/08/caos-politico.png" height="254" width="320" /></a>Depois do resultado das urnas no dia 02 de outubro, o caos instalado em Barreiras, incrivelmente, piorou! A segunda-feira (03/10) começou com o aumento abusivo das tarifas, de R$2,30 para R$2,80. A culpa logo recaiu sobre o prefeito derrotado. A Prefeitura logo tratou de emitir "Nota de Esclarecimento" dizendo que foi decisão judicial e tirando o corpo fora. Balela! A culpa primordial é sim da prefeitura que decretou o aumento. E é culpa da conivência da justiça que autorizou a efetivação do aumento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De terça em diante os alardes sobre demissões de contratados/as na saúde e educação, sobre postos de saúde fechados, sobre consultas e cirurgias canceladas, sobre escolas se</div>
m merenda, sobre suspensão de transporte escolar, sobre exonerações de cargos.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O povo, alardeado, se indigna pelos grupos de whatsApp. No facebook, um vereador eleito faz exibicionismo com vídeos para uma platéia eufórica. É o cúmulo da imbecilidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há aquelas pessoas que chegam e perguntam: o que VOCÊS vão fazer, se referindo ao PSOL. Deveria ser, o que podemos fazer, juntos? A lamentável espera de que os outros façam, que aguarda heróis e heroínas. Indo de encontro à popularidade que isso gera, desculpem, mas seguimos em luta, sem heroísmo, mas junto. Quem luta só não vai longe e nosso alvo é um outro mundo! É preciso que o povo deixe de ser platéia e assuma o protagonismo. Até lá, vai ser disso pra pior!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-5861895491063777152016-03-27T23:33:00.001-03:002016-04-07T05:44:55.440-03:00Aumento da tarifa de ônibus: de novo, prefeito?!<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCP6rh0i79hO5LmlojqMpqa2wvsYu04Ek-dVLJYQWVhrGSBpvsLNCcQozm0zZAKT0FwpqLavIbkU0TA8DJtl4oqdhnkDUM-EEUilx2i3E9x6pG4MD5CyXn4J1_PlIpHG4d7RgcdPbSmyI/s1600/tarifa+2.80.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCP6rh0i79hO5LmlojqMpqa2wvsYu04Ek-dVLJYQWVhrGSBpvsLNCcQozm0zZAKT0FwpqLavIbkU0TA8DJtl4oqdhnkDUM-EEUilx2i3E9x6pG4MD5CyXn4J1_PlIpHG4d7RgcdPbSmyI/s400/tarifa+2.80.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem: Jornal Novoeste</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O aumento das tarifas de ônibus, sobretudo no final ou início de cada ano já faz parte do calendário país afora e em Barreiras não é diferente. No entanto, felizmente a última tentativa de aumento das tarifas em dezembro de 2015 foi bloqueada pelo Ministério Público, por considerar realmente abusivo o valor do reajuste (que tinha bem mais cara de aumento mesmo!).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passados alguns meses, contando com a tranquilidade da população barreirense, sofrendo com o calor nosso de cada dia, eis que o atual prefeito, novamente aparece com um Decreto para AUMENTAR as tarifas de ônibus, urbana e rural, sem qualquer transparência sobre os cálculos e sobre as planilhas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém nega que a empresa prestadora do serviço precisa ter EQUILÍBRIO financeiro para funcionar e prestar o serviço, tampouco que as coisas estejam encarecendo, mas o AUMENTO continua ABUSIVO!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No velho oeste da Bahia, Barreiras é conhecida como terra sem lei, não por acaso. Aqui, o legislativo pouco ou nada atua e não consegue garantir o seu papel, seja por falta de vontade ou de dificuldades postas pelo executivo; aqui também, o judiciário é lento por demais e sempre precisa ser provocado, nunca age por conta própria, parecendo ter medo; por fim, o executivo age como bem quer, como se realmente o prefeito fosse ainda um coronel.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E nós, população? Ou reagimos, resistimos e lutamos, ou seremos vistos e tratados como submissos, pagando cada vez mais caro por um serviço cada dia mais ruim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não podemos jamais deixar de lembrar que a licitação do transporte, fato bastante recente, é fruto de pressão popular e ação da justiça (com muita contribuição desta que escreve, eu), não sendo de maneira alguma, iniciativa de governo atual ou anterior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também não podemos deixar de lembrar que a empresa ganhadora do serviço foi a mesma que atuava ilegalmente e tinha a proteção dos sucessivos governos. Lembremos muito bem disso, quando aparece gente de tudo que é lado bradando conta o aumento, mas estavam não faz muito tempo, fazendo parte de governos anteriores que mantinham a mesma prática de aumento (disso eu me lembro).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, continuemos SEMPRE em luta e vamos às ruas. Não aceitemos esse aumento abusivo, não aceitemos o serviço de péssima qualidade, não aceitemos (des)governos e não aceitemos oportunistas de plantão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dia 30 de março a partir das 16h na Praça Castro Alves, o povo vai novamente tomar o rumo de sua história, fazendo luta contra esse aumento. Lembremos que por trás desse aumento existe uma grande MÁFIA DO TRANSPORTE que deve ser combatida!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-35557857507782048452016-02-29T02:47:00.000-03:002016-02-29T02:47:45.438-03:002016: ANO ELEITORAL À VISTA!<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Publicado originalmente no <a href="http://immagine.blog.br/wordpress/2016-ano-eleitoral-a-vista/">Blog Immagine</a></b></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Começou o ano de 2016, um ano marcado por ser… ano eleitoral! Sim, a pauta principal nas rodas de diálogo é: quem será o prefeito? E a maioria esquece de indagar e se preocupar com “quem serão os/as vereadores/as?”. Eleições: esse é o tema da nossa reflexão de hoje.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Primeiro vamos diferenciar “ano político” (expressão muito utilizada) com ano eleitoral. Tal necessidade parte do fato da compreensão de que a política está no cotidiano de nossas vidas (mesmo para quem não gosta), mas as eleições, no Brasil, estão presentes de dois em dois anos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Bem, em ano eleitoral, ouço e leio muito as pessoas dizendo que estão fartas dos desvios, da pouca ação dos representantes políticos e do descaso para com os direitos aos serviços como educação, saúde, cultural, lazer, esporte, moradia, transporte. Lembrando da tão caótica infraestrutura e saneamento básico, do qual ainda estamos distantes. Bem, eu também estou farta, indignada completamente!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Também é comum ouvir que diante desse cenário, precisamos de alguém “novo”. E esse novo, para a imensa maioria das pessoas é QUALQUER NOME NOVO. Eis que aí reside uma armadilha perigosa: nome novo não significa um novo projeto político, um novo jeito de governar e compromisso com o que é público. Esse, pra mim, é ponto chave que merece muito de nossa atenção no momento de votar em alguém.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Votar significa que você deposita suas expectativas que aquela figura irá fazer o que você acredita que precisamos, que ela fará diferente ou em alguns casos, o voto significa uma troca de favores. Essa prática de troca é muito comum – infelizmente, em nossas eleições, onde a miséria ou manutenção de privilégios de certas pessoas é preciosa moeda de troca.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/Eleitoral-1.jpg" rel="attachment wp-att-16794" style="border: 0px; color: #d12a48; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="Eleitoral-1" class="aligncenter wp-image-16794 size-full" height="400" sizes="(max-width: 590px) 100vw, 590px" src="http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/Eleitoral-1.jpg" srcset="http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/Eleitoral-1-300x203.jpg 300w, http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/Eleitoral-1.jpg 590w" style="border: 0px; display: block; height: auto; margin: 0px auto; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;" width="590" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
No entanto, votar não deve ser uma manifestação de que aquela (s) pessoas serão salvadores/as dos problemas. É fundamental que nós, eleitorado/população, acompanhemos o trabalho ou a ausência de trabalho, fazendo as devidas cobranças. A Constituição Federal de 1988 anuncia, de cara, em seu artigo 1º, parágrafo único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Por fim, mas não menos importante, pouco se dá atenção à composição da Câmara Municipal (Poder Legislativo), a galera que deverá elaborar as leis, analisar e votar os Projetos de Leis e fiscalizar o Poder Executivo (Prefeito/a). Um voto que não é direto, e portanto, mais perigoso. O que significa voto não direto? Significa que você pode votar em um e eleger outro/a, pois é uma eleição “proporcional”, onde é eleito/a quem tem mais votos dentro de uma coligação e que “puxa” os votos dos demais para si.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Atenção ao que nossos “representantes” (não substitutos), fazem; atenção ao seu voto e as armadilhas eleitorais. Analise bem a trajetória política dos/as candidatos/as, o Partido (tem aqueles que estão no ranking da corrupção), quem está junto na coligação. Conhecer o todo, o contexto, é essencial para as mudanças que queremos e precisamos! Vote com plena consciência.</div>
</div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-5440612572724728332016-02-19T01:22:00.001-03:002016-02-19T01:22:34.321-03:00FEMINISMO, AFINAL DO QUE TRATA? <div style="text-align: right;">
By Paula Vielmo | fevereiro 17, 2016</div>
<div style="text-align: right;">
Publicado originalmente no <b><a href="http://immagine.blog.br/wordpress/feminismo-afinal-do-que-trata/">Blog Immagine</a></b></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Diversas matérias analisando o ano de 2015 apontaram manifestações de caráter feminista como destaque na conjuntura nacional e internacional. A filósofa política internacionalmente reconhecida, Nancy Fraser, em palestra que tive a honra de assistir na Reitoria da UFBA, em novembro de 2015 em Salvador, apontou que <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">a revolução do século XXI perpassará pelo feminismo.</strong></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/feminismo2.png" rel="attachment wp-att-16477" style="border: 0px; color: #d12a48; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><img alt="feminismo2" class="aligncenter wp-image-16477 " height="365" src="http://immagine.blog.br/wordpress/wp-content/uploads/2016/02/feminismo2.png" style="border: 0px; display: block; height: auto; margin: 0px auto; max-width: 100%; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;" width="372" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Sem dúvidas, esse fenômeno reaparece com força após a década de 60, agora em nossos dias, sendo inclusive uma das suas bandeiras (o combate a violência contra a mulher) tema da redação do ENEM em 2015. Todavia, mantêm-se muitas dúvidas de décadas atrás. <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Há muita gente que não sabe do que se trata, outras que tem medo ou outras que distorcem, por conveniência ou ignorância o real sentidohier do feminismo</strong>. Se o feminismo na década de 60 foi propagandeado como algo perigoso, ainda permanecem resquícios sobre esse provável “perigo” também em nossos dias. Um perigo real às hierarquias entre homens e mulheres, de fato!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pense rapidamente: o que você sabe sobre feminismo? O que entende? O que já leu sobre? O que já ouvir falar sobre? O que acredita que o feminismo defende?</strong> Após essa breve reflexão, de certa maneira complexa, prossiga a leitura com minha tentativa de ser didática e elucidar algumas dessas questões e conceitos pouco entendidos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Pois bem, o feminismo é um movimento político, filosófico e social que estuda/analisa/busca eliminar a condição social de desigualdade entre homens e mulheres. Diante disso, o feminismo defende igualdade de direitos entre mulheres e homens, ou, nas palavras da Professora Doutora da UFBA, Cecília Sardenberg, o feminismo <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“objetiva erradicar a ordem de gênero patriarcal, ou seja, erradicar o sexismo, a discriminação, a exploração e opressão sexual do gênero masculino sobre o feminino”</em>. Patriarcal? Sexismo? Gênero? Que linguagem é essa?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O feminismo surge em oposição à <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">dominação masculina, chamada de patriarcado</strong>. Essa dominação masculina ou patriarcado é a <em style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">“identificação e centralidade no gênero masculino, que implica na predominância de relações assimétricas e hierárquicas entre os sexos” (Cecília Sardenberg).</em> O patriarcado se manifesta através do machismo, que são as ações no dia a dia, que a gente conhece muito bem (“mulher no volante, perigo constante, “ei, sua gostosa”, “você nem parece mulher com esse cabelo curto”, “com essa saia curta tá pedindo…”, “mulher não sabe exatas”, etc e tal)</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O conceito de gênero é muito confundido com o conceito de sexo, MAS, <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">gênero </strong>não é sinônimo de <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sexo</strong>! S<strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">exo diz respeito </strong>aos aspectos físicos/fisiológicos que distinguem os machos das fêmeas da espécie humano e <strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">gênero</strong> se refere aos processos de construção cultural de relações que não decorrem de características sexuais diferenciadas entre homens e mulheres, mas de processos construtores dessas diferenças, produzindo, nesse movimento, desigualdades e hierarquias (Sardenberg e Macedo).</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O feminismo não defende inversão de relação de dominação; não defende que as mulheres dominem os homens, mas luta para que haja o fim de relações de dominação,<strong style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">garantindo oportunidades iguais</strong> para homens e mulheres. A dominação de um sexo sobre outro é chamado de “sexismo”. O feminismo não defende o sexismo!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Mas, afinal, por que o feminismo é necessário? Porque existem desigualdades de gênero que precisam ser combatidas. Por exemplo, as mulheres recebem em média salários 40% menores do que os homens em uma mesma função; porque as mulheres sofrem determinadas violências somente pelo fato de serem mulheres (vide a tipificação do FEMINICIDIO no Código Penal em 2015); porque as mulheres sofrem mais violência sexual/estupros do que os homens; porque apesar de sermos mais de 51% da população e do eleitorado, somos quase invisíveis nos cargos de representação política; e porque essas relações desiguais não são naturais, mas construídas socialmente ao longo do tempo, podendo então serem desconstruídas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #444444; font-family: georgia, 'times new roman', serif; font-size: 16px; line-height: 25px; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Ficou com alguma dúvida? Escreva-me: pvielmo@yahoo.com.br, que responderei com muita satisfação, pois contribuir com a desconstrução de equívocos é prazeroso pra caramba!</div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-43736639353961554762016-02-13T23:43:00.001-03:002016-02-13T23:44:46.146-03:00Flores e Pedagogia Feminista em prática<div style="text-align: right;">
<b><i>Por Paula Vielmo</i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Pedagoga Feminista</b></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><b><span style="color: #674ea7;"><span style="font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Pedagogia Feminista: </span><span style="font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">O conjunto de princípios e praticas que objetivam conscientizar indivíduos, tanto homens quanto mulheres, da ordem patriarcal vigente em nossa sociedade, dando-lhes instrumentos para superá-la e, assim, atuarem de modo que construam a equidade entre os sexos. (</span><span style="font-family: "cambria" , serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px;">Cecilia Sardenberg )</span></span></b></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sem sombra de dúvidas fevereiro iniciou com uma grande surpresa profissional para mim, quando repentinamente recebi no dia 01, de uma estudante do curso de Enfermagem do IFBA três belas flores. Quando eu trabalhava como recreadora no município, era comum receber bilhetes e desenhos das crianças e até um ou outro presente, mas de adultos isso é bem mais raro e para mim, foi inédito. No entanto, apesar das flores terem me comovido, foi a motivação que me causou profunda reflexão e que gostaria de compartilhar com vocês, o que chamei comigo mesma de uma Pedagogia Feminista em prática.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgizmPXE9n1vBkBgbpej5aFX6R2_rsxFI6M5GFcqMY3FjkfJXWSykBsOM4ryHKvlIIXW2nyuQ1-2lXDRVnOb6BLPW9JKNThvzo-YviKiGWyi0zNgtmJGn20IHswYAgoOpXEtWIv3Zw_g2M/s1600/Flores+IFBA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgizmPXE9n1vBkBgbpej5aFX6R2_rsxFI6M5GFcqMY3FjkfJXWSykBsOM4ryHKvlIIXW2nyuQ1-2lXDRVnOb6BLPW9JKNThvzo-YviKiGWyi0zNgtmJGn20IHswYAgoOpXEtWIv3Zw_g2M/s400/Flores+IFBA.jpg" width="223" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, uma semana atrás, havia conversada com a referida estudante, que procurou espontaneamente orientação pedagógica em virtude de dificuldades que estava sentindo no curso, sobretudo no que diz respeito à apresentação de seminários, ou seja, expressar-se em público. O curso Técnico em Enfermagem é um curso feminino e mais de 90% das turmas é composta por mulheres. Somado a isso, lembremos que na divisão sexual do trabalho, as profissões ligadas ao cuidar, como a enfermagem, são as profissões consideradas femininas, portanto, justifica-se a presença maciça de mulheres. <b>Por fim, lembremos um fato importante:</b> as mulheres geralmente têm mais dificuldade de se expressar publicamente em virtude da educação voltada para os espaços privados (lar), devendo manter-se calada, quieta, tímida. Tais características são consideradas virtudes femininas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dito isso, quando recebi as flores, fiquei sem entender o motivo. Foi então que veio a surpresa quando ela relatou que estava passando por problemas em casa e eu havia ajudado. Como assim, pensei eu? Não havia percebido nada de diferente em nossa conversa. Em seguida ela disse que o marido estava cobrando casa limpa e organizada, o que gerava pressão e desgaste em casa e ela estava abalada com isso. Eis que de repente, eu percebi o que havia acontecido e entendi o motivo das flores! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em nossa conversa, orientei sobre a rotina de estudos, local, organização do tempo. A estudante estava dormindo bem pouco e fui saber por quê. Ela acordava muito cedo para organizar a casa e preparar o almoço. <b>Eu, como pedagoga feminista,</b> entendendo que é importante que ela tenha tempo para estudar e que uma mulher tem várias jornadas de trabalho, disse que todos os moradores da casa devem ser/estar envolvidos nos cuidados domésticos e sugeri que ela dividisse as tarefas domésticas com o marido e o filho de 8 anos, sendo que ela faria as refeições, o marido lavaria a louça e o filho tiraria a poeira. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gente, eu jamais imaginei que isso ali acima, faria tanta diferença na vida de alguém. Foi o que motivou ela a me dar as flores, mas mais do que isso, foi uma prova cabal de como as mulheres sofrem com a sobrecarga de trabalho e com as exigências que se mantém em um contexto de trabalho diferenciado. Eu recebi as flores, dizendo que não precisava, que era o meu trabalho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, não aprendi sobre isso em meus estudos sobre Pedagogia ou na minha graduação em Pedagogia, um curso também feminino. Aprendi sobre as desigualdades de gênero com o feminismo e me apaixonando por ele, busquei fazer relações com a educação até chegar à Pedagogia Feminista, pela qual também me apaixonei, tamanha a proximidade com a Pedagogia Transformadora, de quem já era seguidora.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquei muito feliz naquela noite, mas fiquei muito triste também, pensando que a situação daquela mulher-trabalhadora-mãe-estudante não é única e que o feminismo é extremamente necessário. Por fim, ela me disse que conversou com o marido e ele ficou de contribuir mais nas tarefas domésticas. <b style="text-align: start;">E sorriu!</b> Sim, o feminismo possibilita finais felizes!</div>
<br />
<div>
<b><br /></b></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-81136792715010887532016-01-19T23:39:00.000-03:002016-01-19T23:42:43.433-03:00Chuvas em Barreiras: um desejo que torna-se uma tragédia anunciada<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>(amante de chuvas)</b></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><i>Em tempos de reformulação do<b><a href="http://barreiras.ba.gov.br/wp-content/uploads/2015/11/PDDU-RT-4-Relat%C3%B3rio-do-S%C3%ADntese-do-PDU2.pdf"> PDU - Plano Diretor Urbano,</a></b> </i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="text-align: justify;"><i>talvez esse textinho seja provocativamente útil.</i></span></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Salvo falha da memória, o ano de 2015 foi de profunda estiagem, com raros pingos de água caindo do céu. Numa região conhecida por sua numerosa produção agrícola, isso é terrível. Não para o agronegócio que mantém as suas monoculturas latifundiárias utilizando até a última gota das águas dos rios, com seus inúmeros pivôs, mas de tragédia absoluta para os pequenos produtores rurais, que segundo um amigo agrônomo quando questionei como estavam plantando, disse "não estão".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse cenário, somado ao clima de baixa umidade constante, de muita poeira e pouco vento; de problemas de saúde, sobretudo no sistema respiratório (mais das crianças e idosos); de queimadas e de fumaça se infiltrando de maneira violenta em nossos pulmões, um desejo latente: <b><span style="color: blue;">chuva!</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, a chuva tão desejada, tão esperada, tão necessária, demorou horrores para chegar, mas chegou! Queria que fosse um texto, uma reflexão, um relato e, sobretudo, uma vivência, totalmente positiva. Não é.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.rb.am.br/wp-content/uploads/2015/03/charge-canoa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.rb.am.br/wp-content/uploads/2015/03/charge-canoa.jpg" height="280" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte da imagem: Rádio Barreiras</td></tr>
</tbody></table>
A chuva por nós, tão aguardada, agora nos lembra a situação caótica em que nossa cidade encontra-se, sem qualquer infraestrutura no centro ou bairros não centrais para receber tanta água. Estamos, sem qualquer dúvida, diante de uma cidade despreparada e sem planejamento para receber de maneira saudável e positiva a água advinda da natureza.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se antes, sair de casa significava deparar-se com poeira, agora não é mais nem com lama, mas com inundações que inviabilizam o direito de ir e vir; se os buracos eram "quase naturais", haja vista as décadas e décadas de suas existências sem mudanças, eles agora crescem com a força das águas ou se tornam invisíveis, aumentando a possibilidade de acidentes seja de automóvel, bike, ou a pé;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os pedestres tem que conviver com a falta de educação dos motoristas, acelerados, jogando água para todos os lados, sem qualquer possibilidade de proteção, pois não há calçadas; Não há calçadas! E inacreditavelmente, agora está pior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.rb.am.br/wp-content/uploads/2015/03/Alagados_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.rb.am.br/wp-content/uploads/2015/03/Alagados_01.jpg" height="240" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bairro: Loteamento Rio Grande. <br />Fonte da imagem: Rádio Barreiras</td></tr>
</tbody></table>
Os usuários do transporte coletivo, antes expostos ao sol escaldante devido a ausência de paradas de ônibus cobertas (sim, as fatídicas placas nos postes continuam lá, firmes e fortes, saí governo e entra governo), estão expostos à água que caí sem parar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>As cenas são chocantes. E são reais!</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu, adoradora e amante de chuva, não consigo sequer aproveitar com total alegria esse momento, em virtude das condições degradantes, desumanas e caóticas em que Barreiras está, literalmente, submersa! E a responsabilidade é dos sucessivos governos e o total descompromisso, irresponsabilidade e falta de planejamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<b></b><br /><b></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A chuva é previsível, o orçamento público é de mais de 300 milhões por ano e a gente continua vivendo esse dilema, entre saber se é bom ou ruim ter chuva?! </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até quando, ficaremos reféns da inoperância de Saulo, Jusmari, Antônio Henrique e semelhantes? Até quando teremos uma Câmara Municipal que se preocupa com a pequena política, enquanto o povo praticamente se afoga? Até quando a justiça ficará omissa, com os olhos vedados por conveniência e não por imparcialidade?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que seja logo, a chuva precisa ser aproveitada como um bem natural ao qual temos que reverenciar , e de modo algum, temer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-19631011626080564792016-01-04T23:27:00.002-03:002016-01-08T11:29:03.071-03:00Até quando o Centro Histórico será dominado pelo desconforto acústico?<div style="text-align: right;">
<i><b>Por Paula Vielmo</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiro domingo de 2016, mas me senti no ano todo de 2015. Obviamente necessitamos para transformações e mudanças, de muito mais do que "virar a folha do calendário", mas em tempos de início de ano e de perspectivas latentes, cabe o trocadilho para estimular a reflexão. Tudo bem, mas afinal, sobre o que trato?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Refiro-me aqui de algo que me incomoda faz muito, muito, muito tempo e diz respeito ao nosso patrimônio cultural e histórico, mas mais do que isso, diz respeito às condições de lazer a que estamos submetidos/as aqui em Barreiras, velho oeste da Bahia. Não somente aqui, mas é aqui que moro, logo, é aqui onde essas questão mais incomodam, pois estão bem próximas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faz realmente muito tempo que o chamado "Centro Histórico" virou um "Centro de Desconforto Acústico" (ou seria Poluição Sonora?), onde inúmeros bares disputam mais do que clientela, mas o som que dominará o espaço. Sim, considero uma relação de dominação, onde estabeleceu-se uma disputa nada saudável - sobretudo aos nosso ouvidos - de sons cada vez mais altos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Além disso, a privatização do bem público salta aos olhos diante da banalização do inaceitável. Até pintar o asfalto, certos bares já fizeram. Sério, PINTAR O ASFALTO!<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsK12yIibmE_QMSOOrrywo0DkjASmVYNrE3Lk9zK_gsQLoeVpwL4x5UzEey29jl_9FmaKS3jje8jiQPscrlI5YjiHfoCwWLtrRsYUvwR0HklCaIUPXhLPA7Xnxypm5Nl46HQ_WDLz060Y/s1600/centro+hist%25C3%25B3rico+-+C%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsK12yIibmE_QMSOOrrywo0DkjASmVYNrE3Lk9zK_gsQLoeVpwL4x5UzEey29jl_9FmaKS3jje8jiQPscrlI5YjiHfoCwWLtrRsYUvwR0HklCaIUPXhLPA7Xnxypm5Nl46HQ_WDLz060Y/s400/centro+hist%25C3%25B3rico+-+C%25C3%25B3pia.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Paula Vielmo (07/01/2016)</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sabemos que temos um Poder Público altamente descompromissado e inoperante em relação a todas as demandas da população, mas é necessário frisar que é de responsabilidade do EXECUTIVO/ PREFEITURA fiscalizar as festas e sons expostos em via pública no Centro Histórico, bem como a possível poluição sonora a que as pessoas que frequentam o local ou que residem na região, estão submetidas. E tem legislações sobre isso e é de responsabilidade do LEGISLATIVO/ VEREADORES(AS) fiscalizar o cumprimento ou não das leis. Que tristeza, essa sensação permanente de que estamos em uma terra sem lei!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bastaria uma regulamentação e conscientização dos donos e donas dos bares/karaokês e um revezamento de sons, considerando a distância pequenina entre os estabelecimentos para tornar/retornar o Centro Histórico ao local de lazer dos mais agradáveis da cidade. É possível e é necessário!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>E aí, Prefeitura, que é que você vai fazer? O que a Câmara vai fazer?</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<i>Observação: troquei a foto no texto, pois era do Vieirinha e causou atrito com o pessoal do Bar, que eu a-do-ro. Nunca foi minha intenção atrelar o Vieira ao desconforto acústico, pois considero-o exemplo de resistência cultural em Barreiras, então troquei por essa foto que eu mesma tirei, após o texto ter sido escrito.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-72988066108415243752015-12-18T11:51:00.001-03:002015-12-21T14:37:13.546-03:00Decretado o aumento da tarifa de ônibus: prepara, a tarifa vai cair, vai cair, vai cair!<div style="text-align: right;">
<i><b>Por Paula Vielmo</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde o dia 05 de dezembro de 2015 que a tarifa de transporte público coletivo em Barreiras foi (super) reajustada, na zona urbana de R$2,30 para R$2,80 e na zona rural chegando até a R$25,00, a depender da localidade. Um verdadeiro abuso ao direito do consumidor e mais do que isso, ao direito de ir e vir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNc8DoYLtKxcjUCuKxOTettAR1FPTeirdyWtnk1K3YRH3z099SQVn1iT9bvXzqmjWO2YxGs6mfuXu3OrIW-6RLHfFIfPiy9qcy7lv3KazXsjIm3KaU7dEUuuquCu-LPr9IXVUyBcSpM-A/s1600/pague+ou+va+a+pe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNc8DoYLtKxcjUCuKxOTettAR1FPTeirdyWtnk1K3YRH3z099SQVn1iT9bvXzqmjWO2YxGs6mfuXu3OrIW-6RLHfFIfPiy9qcy7lv3KazXsjIm3KaU7dEUuuquCu-LPr9IXVUyBcSpM-A/s400/pague+ou+va+a+pe.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
O <b><a href="http://www.barreiras.ba.gov.br/diario/pdf/2015/diario2131.pdf">Decreto nº 524/2015</a></b>, lançado pelo Prefeito Municipal, Antônio Henrique, de modo surpreendente e repentino, data de 30/11/2015 e foi publicado na Edição 2131 do Diário Oficial, de 01/12/2015, ou seja, divulgado meros QUATRO DIAS antes de começar a vigorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A palavra<b><span style="color: red;"> ABSURDO</span></b> ganha novas sensações com esse fato e parece ser insuficiente para tamanho abuso da população que mais sofre, utilizando um serviço de péssima qualidade e por um preço já elevado. <b>Quem nos dera se o Prefeito fosse tão rápido para fiscalizar a qualidade do serviço quanto foi para atender o empresário do transporte!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
</div>
Tal <b>aumento</b>, termo correto, haja vista que não tem cara nenhuma de mero reajuste, gerou algumas ações:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>- Representação no Ministério Público por parte da Pastoral da Juventude (PJ);</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>- Representação no Ministério Público por parte da Câmara Municipal de Barreiras;</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>- Manifestação de rua no dia 04/12/2015, chamada pela Pastoral da Juventude.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente não pude estar no ato de rua, pois de 04 a 06/12 estive no 5º Congresso Nacional do PSOL, em Brasília, mas estava acompanhando de longe, feliz com as reações populares e mais ainda com as avaliações positivas da ação. Sem qualquer dúvida, o transporte é uma das causas mais importantes para mim, desde 2007.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em seguida, o <a href="http://www.muraldooeste.com/2015/12/barreiras-psol-protesta-pela-aumento-da.html"><b>PSOL promoveu em 09/12 um protesto na Câmara Municipal.</b></a> Antes disso, na véspera, a PJ já havia se manifestado na sessão da Câmara, inclusive fazendo uso da tribuna através de seu Coordenador Guilherme Matheus. Estive nos dois dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieNwcLeLjxMctOw7CZlkyQ_PyCc7pKwJq3zsRQ6eSUR-KeX9fLereDXDnACEPvFDQs7GeVL8r6B8qQuS0TMeIe63VTz5sDPxNIFozfseh0jTmH8qO4AEQrJWxe7RSwa-50ob7VHMsitsA/s1600/foto+tarifa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieNwcLeLjxMctOw7CZlkyQ_PyCc7pKwJq3zsRQ6eSUR-KeX9fLereDXDnACEPvFDQs7GeVL8r6B8qQuS0TMeIe63VTz5sDPxNIFozfseh0jTmH8qO4AEQrJWxe7RSwa-50ob7VHMsitsA/s320/foto+tarifa.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px;">Imagem: Blog Sigi Vilares</span></td></tr>
</tbody></table>
No entanto, é revoltante e triste a rápida aceitação das pessoas em Barreiras de pagarem tal aumento ou apenas pararem de se deslocar através do ônibus devido ao valor cada vez mais elevado. A acomodação é muito rápida...mas não de todas as pessoas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir das representações que provocaram o Ministério Público à agir, o Promotor Alex Santana Neves entrou ontem, 17/12 com uma Ação Cautelar de Ação Civil Pública, por entender que o aumento foi acima do valor de reajuste, fazendo assim o pedido para que o valor da tarifa abaixe. A matéria foi ao ar no BA TV durante 1:39min, confira <b><a href="http://g1.globo.com/bahia/batv/videos/t/edicoes/v/batv-tv-oeste-171215-bloco-1/4683618/">AQUI.</a></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir dessa movimentação do Ministério Público, como agenda da defesa e interesses da população, reascende a chama da esperança de que a tarifa reduza, inclusive para um valor abaixo de R$2,30, praticada anteriormente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>A luta continua!</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-70195776947505093282015-10-28T01:49:00.001-03:002015-10-28T01:49:30.436-03:00O tema da redação do ENEM 2015 e as polêmicas patriarcais<div style="text-align: right;">
<b><i>Por Paula Vielmo</i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Pedagoga e militante feminista/psolista</b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH3YYHiAp6rKmbmgoSYegTb9iUFhYZqFBAwlv5IkxbfP6K9raS88IrU8wE1wqY5XAe1envTZxsReQEqZfXa3jcUON4MfwrTTd35TS_0v_0n-iI_oX0hvrIIPkJPuHdMt0hnUl982Sf4zQ/s1600/enem+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH3YYHiAp6rKmbmgoSYegTb9iUFhYZqFBAwlv5IkxbfP6K9raS88IrU8wE1wqY5XAe1envTZxsReQEqZfXa3jcUON4MfwrTTd35TS_0v_0n-iI_oX0hvrIIPkJPuHdMt0hnUl982Sf4zQ/s320/enem+1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No sábado, 24/10 quando soube que uma das questões do ENEM abordou sobre feminismo, através de uma citação da clássica filosofa e referência feminista, Simone de Beauvoir, sim, fiquei animada. No domingo, 25/10 quando soube o tema da redação do ENEM, sim, meus olhos lacrimejaram. Sem qualquer ilusão sobre o que representa o ENEM, <b>é inegável a relevância do debate levantado</b> e preocupante o emaranhado de pronunciamentos descriminatórios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha avaliação sobre o ENEM é que trata-se de uma prova em que o conteúdo não foi trabalhado em sala. Parte de uma perspectiva de visão de mundo, conhecimentos gerais, raciocínio lógico, quando a nossa Educação Brasileira ainda é estritamente conteudista. A proposta é interessante, mas avançada para a nossa realidade, sem sombras de dúvidas, o que acaba por poder ser um problema.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O lado positivo: quase oito milhões de pessoas, a maioria jovens, pensando sobre temas da atualidade ou se enraivecendo porque não têm a menor ideia do que as questões abordam e pode servir como uma referência de reformulações curriculares menos conteudistas. O lado negativo: por não representar o nosso modelo educacional, acaba sendo excludente, haja vista que o "capital cultural" exigido pelo ENEM não é oferecido na maioria das escolas públicas do país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvcEdVQR_5wZGNDLBAmgnLM_2cXDHPBHWPG5B3030zwBzucfkimxFV0mq29nKjB7cajy0YiJv6yzdWcIm5c0hCjLzW5wAHhf_4cOROG_h7d3j6s8erZkdRM4psxY8knpux_IySzFxKBSY/s1600/enem+4.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="101" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvcEdVQR_5wZGNDLBAmgnLM_2cXDHPBHWPG5B3030zwBzucfkimxFV0mq29nKjB7cajy0YiJv6yzdWcIm5c0hCjLzW5wAHhf_4cOROG_h7d3j6s8erZkdRM4psxY8knpux_IySzFxKBSY/s400/enem+4.jpg" width="400" /></a>Sobre o tema da redação <b>"A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira", </b>inegavelmente para mim, mulher militante, feminista e usuária de "lentes de gênero", assim como para dezenas e centenas de pessoas que se manifestaram publicamente, nas rodas de conversas, pelas redes sociais, foi um avanço. Trazer o debate sobre a violência contra a mulher para a pauta central da principal porta de acesso à Universidade Pública no Brasil é dar visibilidade a um tema caro para nós mulheres, mas de profundo pesar pela persistente gravidade que se mantém.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante de diversas declarações que consideraram o tema sem importância, "mimimi", coisa de esquerda, de feminista, minha preocupação veio como educadora militante quando li e vi declarações vindo de nossa juventude, alguns desses jovens conhecidos. Preocupação porque o sistema patriarcal, de dominação masculina e opressão feminina não é visto, e é considerado, obviamente dentro desse contexto, uma bobagem! <b>Ora, o Brasil estar no ranking mundial como o 7º país que mais violenta e mata mulheres, é algo banal?</b> Desconsiderar os dados de órgãos internacionais é ignorância assumida, mas pensar que estes dados devem realmente ser bem piores do que se registra, requer o uso das "lentes de gênero".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>GÊNERO!</b> Ah, essa palavrinha de seis letras que foi VETADA do Plano Nacional de Educação - PNE (Lei Nº 13.005/2014) por ser considerada uma ameaça à família tradicional, caiu na prova seletiva mais importante do país! No entanto, mais do que isso, tais declarações nos mostram que a retirada da explicitação do debate sobre as questões de gênero do PNE representam uma problemática educacional a ser encarada, mediante as justificadas que foram contrárias ao tema da redação, ou seja, a escola não consegue combater efetivamente as discriminações, e negar este debate em seu seio significa produzir e reproduzir desigualdades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4zgGgw9EVMLE1R791j2fnJmL_puKVG-xWPXZ9po79ijsa0LmBq9WCazauHrJpgRzAqMmN_ukH2gvhVVbGApDnp-PLIOAtZzHjOcyDakMgXQIgrbNWtNKIajteYTGzMugftHr98Yrq-XQ/s1600/enem+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4zgGgw9EVMLE1R791j2fnJmL_puKVG-xWPXZ9po79ijsa0LmBq9WCazauHrJpgRzAqMmN_ukH2gvhVVbGApDnp-PLIOAtZzHjOcyDakMgXQIgrbNWtNKIajteYTGzMugftHr98Yrq-XQ/s320/enem+3.jpg" width="320" /></a>Creio ser de conhecimento geral que houveram, também, dezenas e centenas de manifestações de ódio contra o tema da redação. Mais do que isso, a tentativa de desqualificação através de adjetivações de que o exame seria marxista e de esquerda. <b>Lamentável que discutir e garantir dignidade à vida humana, seja uma pauta vista exclusivamente como de esquerda e marxista. </b>Apesar de eu me incluir nestes dois campos, lamento realmente que não seja encarada e pautada como um problema coletivo, que precisa ser superado para muito além dos 9 anos da "Lei Maria da Penha" (Lei Nº 11.340/2006).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Negar a violência contra as mulheres, não pensar sobre as raízes profundas de sua persistência, é somar-se ao coro dos opressores e opressoras e mais do que isso, naturalizar os milhares de cadáveres de mulheres, fruto dessas violência, mas bem antes disso, as violências cotidianas que passam despercebidas e que precisam ser desveladas e combatidas. Sem dúvidas, o ENEM contribuir para reflexão em alguma medida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-51212191402578876552015-10-07T14:13:00.000-03:002015-10-07T14:13:08.806-03:00Salários da Educação Municipal: "Quando tiver dinheiro paga". Quando tiver dinheiro paga?<div style="text-align: right;">
<b><i>Por Paula Vielmo</i></b></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Pedagoga e militante política</i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Quinta dia útil do mês de outubro de 2015. Recebo uma denúncia e um pedido de ajuda para elaborar a denuncia: a <b>prefeitura ainda não pagou o salário</b> do conjunto de professoras/es municipais, mas apenas aqueles com nomes entre as letras "A e L". Parece chacota, parece mentira, parece "brincadeira", MAS NÃO É!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpaEoeK6gHgXGOc34QC4WelSo_X8VMPQ2BoOrJL1RKbWA1608s5hphUsN0ze9sPVTdPJ1XRyjRpV9Nr9kLI_UUf07UgLeRNCiDf2iTwPNXYTCymxGrnorZqbDgNiJhKUxJFXjBAiPjqU0/s1600/logo+prefeitura+trabalho.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpaEoeK6gHgXGOc34QC4WelSo_X8VMPQ2BoOrJL1RKbWA1608s5hphUsN0ze9sPVTdPJ1XRyjRpV9Nr9kLI_UUf07UgLeRNCiDf2iTwPNXYTCymxGrnorZqbDgNiJhKUxJFXjBAiPjqU0/s400/logo+prefeitura+trabalho.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que me lembre, essa mania horrível de pagar alguns em dia e outros/as não, de acordo com a letra do nome, foi iniciado no (des)governo de Jusmari. Tonhão está dando continuidade, pois não é a primeira vez, segundo relatou-me uma professora indignada <i>"estou com o povo do cartão de crédito me ligando todos os dias pra saber quando vou pagar. É um desrespeito com o trabalhador", </i>desabafou a professora, dizendo antes sobre a sua preocupação para 016, ano de eleição e possíveis atrasos cada vez maiores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa prática <b>extremamente</b> desrespeitosa com as trabalhadoras e trabalhadores da Educação Municipal piora com as justificativas dadas pelo próprio Poder Municipal. Segundo informações, o SINPROF - Sindicato de Professores/as ao indagar sobre a data de pagamento teria recebido como resposta: "Quando tiver dinheiro paga. Ninguém aqui vai ficar com dinheiro delas não. <b>Como assim, "quando tiver dinheiro paga?"???</b> E o dinheiro do FUNDEB, todos os meses transferido para esse fim? E a receita do município? Será que o salário da Educação foi revertido para as dezenas de faixas espalhadas pela cidade para receber a presidenta Dilma?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se a situação das profissionais do magistério, concursadas e com verba rubricada, está assim, imaginemos como estão as profissionais terceirizadas, em condições ainda mais precárias de trabalho. <i>"As meninas da merenda e portaria receberam o salário de agosto a duas semanas atrás"</i>, relatou a professora denunciante deste fato gravíssimo, que fere a dignidade da pessoa humana. Essas trabalhadoras terceirizadas já ganham tão pouco e têm que sustentar as suas famílias mediante atrasos de salários que de tão frequentes acabam sendo naturalizados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMmJMT67UOJ2p_JCV5jBYX33Phjtf1wBhprFNh2aS_o5FUowEYUR8Ho-sYTcaW8cbitCc8fxp_pMd4BGxpS6qdCsnyV6H1sJMeGKfLUw9Gkmp4REsM51-SxWdZ4fCvBynHNrKJ1jC6ZE/s1600/caixa-automatico.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMmJMT67UOJ2p_JCV5jBYX33Phjtf1wBhprFNh2aS_o5FUowEYUR8Ho-sYTcaW8cbitCc8fxp_pMd4BGxpS6qdCsnyV6H1sJMeGKfLUw9Gkmp4REsM51-SxWdZ4fCvBynHNrKJ1jC6ZE/s320/caixa-automatico.jpg" width="320" /></a>As contas não esperam a vontade do prefeito e seus prepostos para aparecer, elas estão religiosamente todos os meses em nossas casas e também na destas trabalhadoras. O prefeito Antônio Henrique, o Secretário de Educação, meu ex-professor Cosme Wilson, e o Secretário de Finanças, Pedro Neto, precisam dar uma satisfação para essas trabalhadoras e trabalhadores da educação, mas mais do que isso, <b>pagar</b> <b>em dia</b> os valores já baixos que tais trabalhadoras recebem. <b>E deve pagar tanto concursadas/os como contratadas/os.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Hoje é o quinto dia útil do mês, será que o salário do prefeito, vice e secretários já foi pago ou será que também estão pagando por ordem alfabética e estão tranquilos porque seus nomes estão entre A e L? </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante desse cenário caótico, fico a questionar cadê o Poder Legislativo (mesmo considerando-o inoperante, temos que exigir que cumpram efetivamente o seu papel). Cadê a atuação da <strong>Comissão de Finanças, Orçamentos, Contas e Fiscalização, </strong>constituída pelo vereador Carlão (PSD) como Presidente, vereador Eurico Queiroz Filho (PPS) como relator e vereadora Núbia Araújo (PP) como membro? Cadê a atuação da <strong>Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, </strong>composta pela vereadora Karlúcia Macedo (PMDB) como presidenta, vereador Lúcio Carlos (SDD) como relator e vereador Rui Mendes (PT do B) como membro?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fiquemos atentas e atentos a essa repetição de desrespeitos aos direitos, e que os sindicatos, poder legislativo e justiça tenham um <b>papel mais ativo</b> diante desses ataques destilados contra as trabalhadoras e trabalhadores de Barreiras e que a população e as/os servidores/as municipais não se calem diante desses absurdos.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-71775315551698773042015-08-19T12:47:00.000-03:002015-08-19T12:49:12.495-03:00PT de Barreiras: mais do mesmo<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na terça-feira, 18/08 pela manhã, ouvi a entrevista do presidente e vice do PT de Barreiras, Siquara e Antônio, respectivamente. Eles estiveram no programa "Ronda da Cidade", com o Jordan Araújo na <a href="http://www.radiovale.com.br/">Rádio Vale</a>, abordando um possível "racha" com o (des)governo de Antônio Henrique (atual PP). Tal decisão teria sido tomada pela Direção Municipal a ser referendada por fórum mais amplo no dia 23/08.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNVDWKTzEWk9rRKgn2eksk5G7MUpTAlxTVhTJPacW61-DImjssHYtJuOJsZtclVWnv8XqMf_xfr0p8GtNyj760nlPU1cHHuThhQsI1nZbM3KFxdMKkkaDWvAdas4CN_57tym_3fTkf7-o/s1600/PT-rachado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNVDWKTzEWk9rRKgn2eksk5G7MUpTAlxTVhTJPacW61-DImjssHYtJuOJsZtclVWnv8XqMf_xfr0p8GtNyj760nlPU1cHHuThhQsI1nZbM3KFxdMKkkaDWvAdas4CN_57tym_3fTkf7-o/s1600/PT-rachado.jpg" /></a></div>
A entrevista foi surpreendente pela tentativa de se desvincilhar da atuação nada boa que os quadros do PT, ocupantes de cargos estão tendo: Paê, vice-prefeito; Adalto Soares, Secretário de Comunicação e Cosme Wilson, Secretário de Educação. Ora, depois de mais de três anos, sem muitas mudanças, argumentar que a razão para o racha seria a falta de atenção dada ao Partido pelo Prefeito Municipal é, no mínimo, ridículo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A entrevista trouxe aos ouvintes conflitos internos do Partido localmente, o que não é nem um pouco novo. No entanto, avalio que ficou eticamente complicado levar para as ondas do rádio os conflitos que deveriam, pelo bem de qualquer organização, serem debatidos e resolvidos internamente. Não é de bom tom trocar acusações em um espaço que não é o adequado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo Partido tem um estatuto e um Programa, aos quais os e as filiadas devem seguir. Se isso não acontece, tais regulamentos já determinam o que deve ser feito. No entanto, em Barreiras, o Partido dos Trabalhadores atua de maneira vergonhosa faz anos e anos, através de suas alianças esdrúxulas com três anos de duração. São sucessivos erros táticos, que obviamente repercutem na credibilidade do Partido junto à sociedade, que os entrevistados queriam resgatar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, eu gostaria de fazer uma análise de bastidor daquela entrevista. Além das relações de poder em voga, onde tendências distintas do PT local estão disputando cargos e contribuições financeiras, conforme podemos inferir do discurso de ambos os representantes na entrevista, há uma tentativa de promoção do Partido para o ano eleitoral vindouro. O PT daqui sempre faz isso, como eu disse, não é novidade. Então, justificar tal possível "racha", o qual eu tenho sérias dúvidas se irá mesmo ocorrer, haja vista os inúmeros interesses do Governo Estadual em jogo, é no mínimo oportunismo político em véspera de ano eleitoral.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Passar mais de três anos sendo cúmplice e AGORA, querer posar de interessados em defender os interesses da população de Barreiras, não cola!</div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-69092316937736413482015-08-03T00:13:00.002-03:002015-08-03T00:13:48.476-03:00Tratores por Escola e Posto de Saúde: NÃO PASSARÃO!<div style="text-align: right;">
<b>Por Paula Vielmo</b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Pedagoga</b></div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na quarta-feira, 29 de julho, recebi uma mensagem via WhatsApp de uma amiga que é professora no município de Barreiras, com um texto e dois áudios, falando sobre a demolição da <b>Escola Municipal Deputado Juarez de Souza, na Vila Brasil</b>. Era uma professora da escola, muito corajosa diga-se, pedindo socorro. Digo corajosa porque em nossa cidade impera a "Pedagogia do medo". O motivo alegado para a derrubada era a ampliação e construção de uma praça "super moderna".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente que a situação choca: derrubar escola e Posto de Saúde (também tem um Posto no pacote) para construir praça parece, à todas as pessoas, algo absurdo. Eu, assim como as demais pessoas, também avaliei como um absurdo, ainda mais em se tratando de um bairro periférico, com demanda para escolas; por ser realmente uma escola, com estrutura de tal - e não as casas alugadas ou galpões, transformados em escolas em nosso município - e, por fim, porque as crianças e professoras seriam deslocadas para o "salão paroquial". Ou seja, enviar para o velho esquema de local inadequado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O texto circulou rapidamente, inclusive falei com essa professora pessoalmente e ela estava surpresa com a rapidez com que a informação correu. E isso fez com que houvesse mobilização tanto da comunidade escolar quanto da imprensa e do poder legislativo através de alguns e algumas vereadoras. No dia seguinte (30), houve uma manifestação na escola, com grande presença da imprensa local que logo disseminou a notícia através dos blogs, jornais e uma matéria na TV Oeste. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiksuCQP4b8b7qqqXlntLr7d29aBa78wnDRE_D3yUOH4iFqLZMc_tvoE7KoywTkpK3hQX5OsU68-IaTcc591ZhyWGD6ICoIMkctVGfXBwEU9I2lXmZiGfuXYzpXgzyTYis0WKdvbGj5cJ8/s1600/DSC01031.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiksuCQP4b8b7qqqXlntLr7d29aBa78wnDRE_D3yUOH4iFqLZMc_tvoE7KoywTkpK3hQX5OsU68-IaTcc591ZhyWGD6ICoIMkctVGfXBwEU9I2lXmZiGfuXYzpXgzyTYis0WKdvbGj5cJ8/s400/DSC01031.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manifestação na Escola Municipal Deputado Juarez de Souza</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
No dia da manifestação na escola a tarde e ainda pela manhã, alguns vereadores apareceram para manifestar-se, falando do quão absurdo era aquela situação. Lamentavelmente, tais vereadores, bem pouco ativos, tornaram o ato em um palanque, com direito a discursos e muitos registros fotográficos e de filmagens. Tinha mais câmeras do que gente na escola. Eu vi porque estava lá, para conversar com as professoras e estudantes pessoalmente, prestar a solidariedade e compreender a situação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No dia 31/07 circulava a "<b><a href="http://barreiras.ba.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/NOTA-SOBRE-A-CONSTRUcaO-DE-OBRA-VILA-BRASIL.pdf">Nota de Esclarecimento Sobre a construção de uma nova obra pública na Vila Brasil"</a></b>, emitida pela Prefeitura de Barreiras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre a nota de esclarecimento da Prefeitura? Blá blá blá mentiroso. Eu acredito nas professoras. E a nota tem um tom politiqueiro muito ruim, tentando utilizar de um subterfúgio rasteiro de interesses diversos em prejudicar o atual governo. Do jeito que fazem besteiras atrás de besteiras, com uma equipe tão incompetente, o próprio Governo se prejudica. E a cada dia fica mais explícito quais são as prioridades deste Governo de Tonhão e cia, bem como as pessoas desqualificadas e sem qualquer capacidade de diálogo que estão à frente destes processos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5HtPIit5YAUlnV8vv7DZFt-WSl5jlg0k8vvqovHp3-dD6Bbg59f9HO3ulKL-MTqKdArj3KEXqZdOrW1UoBz-JRh5TkakFYX83-CXrEEwnCRb83z0UQ00DeLfvN5l0n3QvAMCeE0ToBuE/s1600/DSC01033.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5HtPIit5YAUlnV8vv7DZFt-WSl5jlg0k8vvqovHp3-dD6Bbg59f9HO3ulKL-MTqKdArj3KEXqZdOrW1UoBz-JRh5TkakFYX83-CXrEEwnCRb83z0UQ00DeLfvN5l0n3QvAMCeE0ToBuE/s400/DSC01033.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estudantes e seus cartazes: recado ao Prefeito desde cedo. Larissa, de blusa vermelha <br />
foi minha aluna quando fui recreadora na Escola Alcyvando Liguori da Luz I (2009-2011)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Por ora, a Escola e o Posto de Saúde estão salvos, mas é preciso estar vigilante, pois é prática já conhecida deste Prefeito derrubar as coisas nas madrugadas, tais como as árvores da Praça Castro Alves em mandatos anteriores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A destruição da escola, para mim, se justificaria se fosse para ampliar a atual e modernizá-la de maneira a manter seu pleno funcionamento. A nota da Prefeitura dá a entender que a obra continuará, todavia, o povo já mostrou disposição para combater qualquer tentativa de destruir a Escola. <b>E tratores pela Escola e o Posto de Saúde, não passarão!</b></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-76244194726552306342015-06-13T00:06:00.002-03:002015-06-13T12:12:52.557-03:00Por um Plano Municipal de Educação com Igualdade de Gênero<div align="right" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: right;">
<i><span style="font-size: 13.5pt;">Por Paula Vielmo</span></i><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Recebi nesta sexta-feira, 12 de junho, um vídeo <b>(<a href="https://www.facebook.com/gilson.rodrigues.9028/videos/611362742299920/?pnref=story">clique aqui para assistir</a>)</b> em que
o <a href="http://cmbarreiras.ba.gov.br/index2.php?id=vereador16" style="font-weight: bold;">vereador Gilson Rodrigues</a><a href="http://cmbarreiras.ba.gov.br/index2.php?id=vereador16"> </a>(ex-PMDB,
atual PROS, 1º Secretário da Câmara e relator da Comissão de Saúde,
Planejamento Familiar e Assistência Social, que aliás, precisa ser
atuante! e pasmem, estudante de Psicologia - será que ele quer ser o Malafaia da Barreiras?) convoca a sociedade barreirense, <b>pela primeira vez em mais de três anos de mandato</b>, para que
pressione os vereadores em relação a um Projeto de Lei sobre o Plano Municipal
de Educação, que vigorará pelos próximos 10 anos. Poderia parecer interessante e relevante, não fosse o conteúdo
absurdamente distorcido do vídeo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Inicialmente, o vereador Gilson demonstra pouco saber
sobre a Educação além do que prega o senso comum. Aliás, não há tema em que as
pessoas mais gostem de dar “pitaco” do que a educação. Também demonstra saber bem pouco sobre gênero, uma área de estudos extremamente ampla e que não deve ficar restrita ao senso comum do vereador. Convido a realmente refletirmos sobre essas questões, retirando os pré-conceitos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPf4V1AJG1Ya594CjvfhFKaXvdbHoectK6nHtla0VhdRYCPSVmL7nNe__KLVyIO8KJaO1pr4ZVTR5nvTUI-fzaX53KPmiMD1RwAMxWNHUNNxt3KYjRDDV_yHne_M-r8JeSxEPIGrlUUAQ/s1600/igualdade+de+g%25C3%25AAnero+na+escola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPf4V1AJG1Ya594CjvfhFKaXvdbHoectK6nHtla0VhdRYCPSVmL7nNe__KLVyIO8KJaO1pr4ZVTR5nvTUI-fzaX53KPmiMD1RwAMxWNHUNNxt3KYjRDDV_yHne_M-r8JeSxEPIGrlUUAQ/s400/igualdade+de+g%25C3%25AAnero+na+escola.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">O vereador, desconhecedor das normativas do Ministério
da Educação, proclama sobre a ameaça do que ele chamou de "ideologia de
gênero", definido como:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 13.5pt;">"fazer com que a escola, com que os
professores, com que todas as pessoas que estão na área da educação ensinem
para as nossas crianças que elas não nasceram nem homem e nem mulher. que elas não
são nem menino e nem menina”<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Vamos "refletir", como insiste o vereador na
abertura do vídeo, sobre gênero, trazendo quem sabe do assunto. As reconhecidas
Professoras Doutoras da UFBA nos ajudarão definindo gênero como:<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 13.5pt;">"processos
de construção cultural de relações que não decorrem de características sexuais
diferenciadas entre homens e mulheres, mas de processos construtores dessas
diferenças, produzindo, nesse movimento, desigualdades e hierarquias"
(Sardenberg e Macedo).</span></i><span style="font-size: 13.5pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Ou seja, a construção do que é ser homem e do que é
ser mulher é SIM uma construção social, haja vista que ela se transforma ao longo
do tempo e momento histórico. Para a filósofa
francesa Simone de Beauvoir, não se nasce mulher, torna-se. Podemos afirmar que também
não se nasce homem, torna-se. Aliás, nos tornamos tudo e qualquer coisa ao
longo da vida a partir das nossas interações sociais, sobretudo em duas importantes
instituições: inicialmente na família e logo em seguida na escola.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 13.5pt;">Esclarecida a desinformação (ou seria má fé?) do
vereador Gilson, vamos refletir que o vereador também desconhece sobre os altos
índices de violências contra a mulher no Brasil, incluindo a violência
doméstica. Não sabe ele que o </span><span style="background: white; font-size: 13.5pt;">estudo do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revelou a tragédia do machismo no
Brasil, provocada principalmente por marido, namorado ou familiares. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-size: 13.5pt;">O estudo estima que a <b>média é de 472 assassinatos de mulheres por mês.</b> E sabe o vereador que a
Bahia, nosso estado, é o segundo que mais mata mulheres no Brasil? Conhece ele
os registros da Delegacia de Atendimento a Mulher de Barreiras? </span><span style="background: white; font-size: 13.5pt; text-align: justify;">Desconhece o vereador que d</span><span style="font-size: 13.5pt; text-align: justify;">ados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam
para uma situação mais sombria se for levado em consideração o número de
mulheres vítimas de violência em geral. Cerca de 70% das mulheres do mundo
sofrem algum tipo de violência<span class="apple-converted-space"> </span>no
decorrer de sua vida, diz a organização. Em todo o mundo, uma em cada cinco
mulheres será vítima de estupro ou tentativa de estupro, calcula a ONU.</span></div>
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 13.5pt;">Relevante lembrar que as desigualdades e hierarquias de gênero atingem também a sexualidade das pessoas, violentando quem possui uma orientação sexual que não seja heteronormativa (sistema que obriga a ser e/ou parecer heterossexual). Nesse aspecto, <b>o Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos homofóbicos</b>, estando a Bahia em 6ª posição nacionalmente. Não podemos ignorar essa realidade! A escola, instituição tão fundamental, não poe ignorar esta realidade. Não trazer o debate sobre o respeito para com o outro, partindo de crenças e valores pessoais, é descumprir a missão de educar numa perspectiva libertadora. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">O Ministério da Educação já possui materiais e
diretrizes para combater as discriminações de gênero, que resultam em
violências e a escola é uma instituição fundamental para contribuir nesse
sentido, haja vista que a nossa educação brasileira e barreirense é fortemente
sexista, ou seja, possui como cultura hegemonicamente masculina, branca e heterossexual sendo necessário
trazer as discussões sobre a desigualdade e opressões e
permitir que outras experiências sejam contempladas. É preciso que as
meninas e meninos, desde pequenas/os tenham referencias positivas e não de submissão e a
escola tem um papel determinante nessa transformação. É preciso que as pessoas homoafetivas não fiquem com medo de manifestar o seu amor. É preciso que o Brasil deixe de liderar também o ranking de assassinatos de travestis e transexuais. A educação escolar não pode se furtar desse debate!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Ademais, cabe lembrar, sobretudo à nós, trabalhadoras
da educação, que o magistério é predominantemente feminino, e uma profissão
desvalorizada. Qual a relação com as desigualdades e hierarquias de gênero? O
magistério é desvalorizado como profissão porque é exercido por mulheres, ou é
exercido por mulheres porque é desvalorizado? <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Como cenário para toda essa questão o vereador Gilson
alega: <i>“Isso é querer destruir as
famílias. Isso é querer deformar a vida das crianças. Isso é querer destruir a
célula da sociedade: as famílias". <o:p></o:p></i></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Pensemos na família como agrupamento não no modelo tradicional
(mãe-pai-filho-filha). Tem família com avós, com tias ou tios. Apenas com mãe
ou apenas com pai. Tem família em orfanato. Ademais, qual a relação entre
compreender que as desigualdades e hierarquias sociais são de gênero e o fim da
família? Usa o vereador de má fé para convencer as pessoas para aderir ao seu
pedido? Não satisfeito, ele finaliza: <i>"a
ideologia de gênero vem para querer destruir a sociedade".<o:p></o:p></i></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Destruir a sociedade é compactuar com as
desigualdades e hierarquias de gênero! Assim, convoco para que o Plano
Municipal de Educação seja norteado pela Pedagogia Feminista, entendida como “o
conjunto de princípios e práticas que objetivam conscientizar indivíduos, tanto
homens quanto mulheres, da ordem patriarcal vigente em nossa sociedade,
dando-lhes instrumentos para superá-la e, assim, atuarem de modo que construam
a equidade entre os sexos”. (Cecília Sardenberg).</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Por fim, chamo para a reflexão: estamos muito mal
representadas/os por este tipo de vereador! Além de desinformado, ele se
orgulha em conclamar a sociedade barreirense para manter as desigualdades e
hierarquias. Ele não é nosso aliado. E se não é nosso aliado, deverá ser
combatido, a começar por desconstruir suas falácias.</span></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2231861283598206240.post-42911291999948167662015-03-18T19:48:00.000-03:002015-03-18T19:48:07.453-03:00Político Out Dó<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i>Por Paula Vielmo</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLAZ5RM9VFldsddLS_PRjohvP9NRa8AzEXtqUDV6a3Yb_MEbzOhKkTC5watLVWEHvQ83c-yHKbER7UqqoA9Hx0Q8yi9JARylfIUfrFS2SKA1Xiczung7fbJK-frJJIgGGkANXa_1157a8/s1600/D%C3%B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLAZ5RM9VFldsddLS_PRjohvP9NRa8AzEXtqUDV6a3Yb_MEbzOhKkTC5watLVWEHvQ83c-yHKbER7UqqoA9Hx0Q8yi9JARylfIUfrFS2SKA1Xiczung7fbJK-frJJIgGGkANXa_1157a8/s1600/D%C3%B3.jpg" height="216" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faltando 20 meses para as
eleições municipais de 2016, já começou a aparecer pré-candidato como poeira em
Barreiras, juntamente com textos e análises das mais bizarras possíveis,
sobretudo de quem se diz “imprensa”. Imprensa em tempos de necessária
democratização da comunicação, sem qualquer dúvida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nesse rebuliço, causa-nos não
mais espanto, mas indignação, os critérios para que essa dita imprensa corrupta
apresenta uma série de nomes, com o intuito de dar visibilidade e testagem
eleitoral, mas sem compromisso com a veracidade da informação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dentre os inúmeros casos, irei
destacar um, que intitulei criativamente de <b>“Político Out Dó”</b>. Trata-se de um
senhor desconhecido enquanto trajetória política, empresários local, que com
seu viés neoliberal acha que poder público é como a sua empresa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse caso, não é o primeiro em
Barreiras, nem na região ou pelo país afora. É uma “tendência” trazida para a política representativa, que
diante da falência política com esses péssimos representantes, trazem para o
centro do Estado o debate sobre a semelhança com uma empresa privada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A chegada de empresários na
política me parece tão prejudicial quanto a de religiosos fundamentalistas:
ambos não conhecem tolerância, não conhecem o que significa coletividade ou bem
público. São duas ameaças reais e crescentes na política, sobretudo em tempos
de eleição.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pois bem, esse senhor que peguei
como exemplo, sem trajetória política, mas muito dinheiro, resolveu sair
candidato a prefeito. E dentre todos os casos eu o escolhi pela bizarrice com
que tem procedido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Faltando mais de 20 meses ele
começou a fazer propaganda antecipada, contrariando a legislação eleitoral
<i>(você votaria em alguém que, antes de ser eleito, já fere a lei?</i>), utilizando
de poder financeiro para espalhar pela cidade adesivos e o mais
chocante/ridículo: outdoors com seu rosto e mensagens em datas comemorativas,
além de velhos releases sobre seu empreendedorismo fascinante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A primeira vez que vi um desses
outdoors, perguntei: quem é esse? E minha irmã me disse quem era. Eu, militante
com mais de 15 anos de trajetória política, não sabia quem era o empresário. Obvio,
ele não tem atuação politica ativa, ele tem atuação ativa nos negócios e, para
mim, política não é negocio!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pois bem, tão esdruxulo quanto
esse “político Out Dó”, é a ampla divulgação que a imprensa barreirense tem
dado a ele e, mais recentemente, a reprodução de noticias sobre a saída desse “redentor”
do PSDB. A troca de Partidos, aposto que deve-se a um caminho já conhecido na
política ruim: buscar uma legenda de aluguel, que ele comprará com o dinheiro
que possui, para levar adiante o seu projeto de candidatar-se. Ele parece ter
pouca noção de como funciona o processo político-eleitoral, mas está atento à
tendência empresarial. <b>Ow dó!</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>E diante dessa repercussão toda, eu
pergunto: quem é esse fulano? </b>Pra mim ele não representa nada além de um rosto
desconhecido, fazendo mais do mesmo e espalhado por outDÓors!<o:p></o:p></div>
:::Paula Vielmo:::http://www.blogger.com/profile/05307174020545715403noreply@blogger.com1