Gabriel Casoni, diretor do DCE da USP
Nesta quinta-feira, 4 de maio, os estudantes da Universidade de São Paulo (USP) definiram, em assembleia geral com mais de mil estudantes, entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação foi deflagrada em virtude da ocupação do campus pela polícia militar, ordenada pelo governo estadual de José Serra (PSDB) e pela reitoria.
A greve também é contra o projeto de ensino à distância do governo Serra e por mais verbas pra educação pública, além de defender eleições diretas para reitor. Os estudantes também apoiam a greve dos funcionários e professores.
Derrotar a ocupação militar
A indignação tomou conta dos estudantes, professores e funcionários na segunda-feira, 1 de junho. Serra e a reitoria da USP mandaram a PM ocupar o campus principal. A ação, que repete os atos mais autoritários da ditadura militar, causou comoção na universidade.
Imediatamente, diversos cursos paralisaram as aulas. Ao mesmo tempo, assembleias de cursos iam acontecendo e eram categóricas: votavam greve. Na quinta-feira à tarde, os professores da USP entraram em greve, somando-se aos funcionários parados há mais de 20 dias. À noite, foi a vez dos estudantes.
Na Unesp, vários campi já se encontram em greve. O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e a Faculdade de Educação da Unicamp também.
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