Na quinta-feira (18) à tarde, houve uma "assembléia" da APLB-Sindicato no Centro Cultural de Barreiras, com as presenças da prefeita e da secretária de Educação.
A (auto) "representante" do dito sindicato apresentou alguns pontos do planos de cargos do magistério municipal que está sendo reformulado e destilou uma, das muitas infelizes frases naquela tarde: "já passou a hora de discutir, agora é pra ser votado". É foi exatamente a partir dessa concepção que a criatura dirigiu a "assembléia", apenas informando o que já tinha sido discutido, mas através de pontos e não do documento integral. E tratorou o debate, impedindo que a platéia (porque não era uma plenária) se manifestasse. Ela literalmente podou o direito de expressão da categoria que afirma representar. E continuou, berrando no microfone, competindo deslealmente com quem tentava gritar da platéia. Houveram reações contra aquela situação, e a tirana do microfone teve que ceder um pouco.
Em seguida convidou a prefeita e a secretária de educação para subirem ao palco, e no microfone negado à categoria, falar sobre algumas reivindicações e esclarecer alguns pontos em questão, como: 1) pagamento dos títulos; 2) vale transporte não entregue, mas descontado; 3) desconto de INSS do o 13º salário.
Não vou me ater a fala da secretária porque não vale a pena, mas é preciso registrar que a mesma informou que na segunda, quando iniciam as aulas, começam também os cursos da Plataforma Freire e não terá na data profissionais para substituir os/oas professores/as que farão os cursos, e orientou que os/as demais professores/as que não farão os cursos sejam solidários/as juntando as turmas para não mandar as crianças embora na primeira semana de aula. Será que a secretária aguentaria ficar com 50 crianças da educação infantil em solidariedade à falta de organização e planejamento da secretaria de educação?
Durante as falas, muitas informações repassadas tanto pela secretária como pela prefeita provavelmente contavam com a falta de informação da maioria dos/as professores/as, já que algumas afirmações não passam de pura lorota, como afirmar ser grande vantagem quem dá aula para as Séries Finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª) trabalhar apenas três dias e ter mais tempo para planejar e ignorar que na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental não há a garantia desse tempo, mesmo previsto em leis maiores como a LDB; afirmar que foi nessa gestão que começou a pagar o piso salarial nacional, desconsiderando que o mesmo passou a valer a partir de 01 de janeiro de 2009. Não vou dar muita atenção à fala da prefeita nesse episódio, apesar de que ela é, de fato, um excelente objeto de estudo para a análise do discurso neoliberal.
Ir para aquela reunião só aumentou a minha indignação com as cenas totalmente absurdas que presenciei e meu repúdio por este sindicato pelego e suas lideranças politicamente incorretas, já que a concepção de liderança parece estar atrelada a um poder de mando e desmando sobre as demais pessoas, um grande equivoco que deve ser combatido. Fica o meu repúdio ao que vi e ouvi naquela quinta, que me envergonha enquanto membro desta categoria profissional.
Paula Vielmo
A APLB/Sindicato , Instituição fruto de lutas, FUNDADA A MAIS DE 60 ANOS NA BA e não criada em fundo de quintal, exige respeito e não aceita que, aqueles que não tem conhecimento de causa, a critique sem fundamentos.
ResponderExcluirAbraços e vamos a LUTA !!!