segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

2016: ANO ELEITORAL À VISTA!

Por Paula Vielmo
Publicado originalmente no Blog Immagine



Começou o ano de 2016, um ano marcado por ser… ano eleitoral! Sim, a pauta principal nas rodas de diálogo é: quem será o prefeito? E a maioria esquece de indagar e se preocupar com “quem serão os/as vereadores/as?”. Eleições: esse é o tema da nossa reflexão de hoje.
Primeiro vamos diferenciar “ano político” (expressão muito utilizada) com ano eleitoral. Tal necessidade parte do fato da compreensão de que a política está no cotidiano de nossas vidas (mesmo para quem não gosta), mas as eleições, no Brasil, estão presentes de dois em dois anos.
Bem, em ano eleitoral, ouço e leio muito as pessoas dizendo que estão fartas dos desvios, da pouca ação dos representantes políticos e do descaso para com os direitos aos serviços como educação, saúde, cultural, lazer, esporte, moradia, transporte. Lembrando da tão caótica infraestrutura e saneamento básico, do qual ainda estamos distantes. Bem, eu também estou farta, indignada completamente!
Também é comum ouvir que diante desse cenário, precisamos de alguém “novo”. E esse novo, para a imensa maioria das pessoas é QUALQUER NOME NOVO. Eis que aí reside uma armadilha perigosa: nome novo não significa um novo projeto político, um novo jeito de governar e compromisso com o que é público. Esse, pra mim, é ponto chave que merece muito de nossa atenção no momento de votar em alguém.
Votar significa que você deposita suas expectativas que aquela figura irá fazer o que você acredita que precisamos, que ela fará diferente ou em alguns casos, o voto significa uma troca de favores. Essa prática de troca é muito comum – infelizmente, em nossas eleições, onde a miséria ou manutenção de privilégios de certas pessoas é preciosa moeda de troca.
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No entanto, votar não deve ser uma manifestação de que aquela (s) pessoas serão salvadores/as dos problemas. É fundamental que nós, eleitorado/população, acompanhemos o trabalho ou a ausência de trabalho, fazendo as devidas cobranças. A Constituição Federal de 1988 anuncia, de cara, em seu artigo 1º, parágrafo único: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Por fim, mas não menos importante, pouco se dá atenção à composição da Câmara Municipal (Poder Legislativo), a galera que deverá elaborar as leis, analisar e votar os Projetos de Leis e fiscalizar o Poder Executivo (Prefeito/a). Um voto que não é direto, e portanto, mais perigoso. O que significa voto não direto? Significa que você pode votar em um e eleger outro/a, pois é uma eleição “proporcional”, onde é eleito/a quem tem mais votos dentro de uma coligação e que “puxa” os votos dos demais para si.
Atenção ao que nossos “representantes” (não substitutos), fazem; atenção ao seu voto e as armadilhas eleitorais. Analise bem a trajetória política dos/as candidatos/as, o Partido (tem aqueles que estão no ranking da corrupção), quem está junto na coligação. Conhecer o todo, o contexto, é essencial para as mudanças que queremos e precisamos! Vote com plena consciência.

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