Em um dos últimos momentos da campanha eleitoral – considerada por muitos como a mais despolitizada de muitos anos – o candidato do PSOL, Plínio Arruda Sampaio emocionou a todos convidando a juventude a “pensar grande”.
Nas declarações finais do confronto com Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), Plínio, no alto de seus 80 anos afirmou que “o impossível pode se tornar possível, se você quiser”, se dirigindo à juventude que “pensa no futuro” e entendeu o sentido de sua campanha.
O debate na Rede Globo foi marcado pelo tom defensivo dos demais candidatos. Marina Silva, que propagandeia uma ‘onda verde’ e é impulsionada por vários meios de comunicação apoiadores de seu projeto, não conseguiu se destacar. Dilma novamente se dedicou a repetir números das propagandas oficias. Serra, por sua vez, exercitou sua simpatia artificial que esconde a truculência de suas práticas.
A oportunidade rara de um socialista ocupar espaço neste símbolo do monopólio midiático foi bem aproveitada por Plínio. Em diversas ocasiões ele localizou a diferença de projeto entre os três e a do PSOL, que toma medidas em benéfico dos pobres “doa a quem doer”.
O formato do debate engessou possibilidades de confrontos mais diretos, onde as contradições da retórica marqueteira foram desmascaradas em outros casos. A grande mídia não viu espetáculo, e, por isso, se entristeceu reproduzindo que o debate foi “morno”.
No entanto, fica evidente que não interessa destacar as respostas de Plínio sobre as mais variadas questões como transporte, saúde e moradia. Fundamentalmente, o candidato do PSOL fez questionamentos globais, dizendo que qualquer promessa seria em vão se eles não se comprometessem com a auditoria da dívida pública e a suspensão do pagamento de juros.
“A diferença é que vocês governam para os ricos e poderosos”, disse Plínio, que defendeu a taxação de grandes fortunas, 10% do PIB para a saúde pública, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o aluguel compulsório de imóveis vazios e o limite da propriedade da terra em mil hectares.
Nas considerações finais, além do apelo à juventude, Plínio explicitou que o PSOL faz política para aqueles que são considerados anônimos nesta sociedade, que são assassinados cotidianamente e aos que ficam meses nas filas de hospitais. Em suas palavras, àqueles que são barrados por um muro que os separam das próprias ambições.
O PSOL lutou muito nesta campanha. Em entrevista que o próprio Plínio concedeu ao Jornal Nacional, onde criticou os privilégios dos candidatos chapa-branca por terem mais tempo, recebeu a resposta da grande mídia: omissão ou desqualificação.
Plínio, além de ser um candidato do partido – e daqueles que fazem a opção pela igualdade social – foi um exemplo de dedicação a este projeto maior. Sem personalismo nem demagogia, fica para a história como uma referência socialista.
A afirmação deste projeto coletivo representado por Plínio é o 3 de outubro, quando, com as mesmas certezas, o PSOL pretende ter uma votação expressiva. Aos que pensam no futuro, portanto, o voto é 50.
Fonte: http://psol50.org.br
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