Por Paula Vielmo
Aproveitando o recesso escolar das escolas municipais, resolvi ir à sessão ordinária da Câmara na tarde de ontem (quarta-feira, 13), coisa que não fazia a muito tempo devido ao horário em que ocorrem as sessões (16h00).
Cheguei na câmara por volta das 16h05 e estava um silêncio absoluto. Entrei no plenário praticamente vazio, apenas com o câmera testando a imagem e áudio e alguns poucos funcionários, além do vereador Bispo Daniel, único edil no recinto.
Logo em seguida, chegou o companheiro Luciano acompanhado de seu filho Daniel, e ficamos lá sentados, esperando a sessão iniciar. Já passava das 16h15 quando os vereadores Sobrinho e Tito chegaram. Haviam alguns funcionários a mais no recinto, mas nem sinal da sessão iniciar.
Às 16h45, fomos embora.
Ora, não bastasse a indignação do desgaste de ficar sentada esperando mais de quarenta minutos o inicio da sessão, sem contar com mais do que três vereadores no plenário, é preciso fazer algumas considerações sobre esse fato:
1. As sessões continuam cada vez mais esvaziadas, e como não são pontuais e o horário não permite que trabalhadores/as a assistam, a tendência é ficar cada vez mais esvaziada de pessoas (de conteúdo político já é);
2. Além dos poucos funcionários presentes no plenário, as únicas pessoas da população éramos nos (Luciano, Daniel e eu) e outro senhor. Quando fomos embora, não ficou praticamente nenhum/a cidadã/o a não ser quem trabalha lá;
3. O regimento da Câmara é muito claro em relação ao horário das sessões:
Art.91 A Câmara, para o exercício de suas funções, reunir-se-á, ordinariamente, em dias úteis, excetuando o período de recesso, às terças e quartas-feiras, a partir das 16h, com tolerância de 15 (quinze) minutos para espera de quorum.
Ora, nem a senhora presidente estava presente no plenário e nenhum dos demais membros da mesa diretora (ou seria mesa direitona): BI, Pastor Souza e Beza para verificar o quorum e iniciar ou suspender a sessão.
Se aqueles que tem o papel de fiscalizar (vereadores) não cumprem seu horário formal de trabalho "para o exercício de suas funções", e também não são fiscalizados (pela população e imprensa), a representação em Barreiras parece cada vez mais fadada ao fracasso.
"E tudo continua como dantes no quartel de Abrantes..."
O regimento é muito lindo, e quando ninguém cumpre, tem alguma penalidade escita nele?
ResponderExcluirAcho que não né?
Democracia, vamos loooooooonge...