A repercussão das agulhas X a saúde baiana

Na semana passada, a mídia local, estadual, nacional e até internacional, noticiou insistentemente o caso do "menino" com dezenas de agulhas colocadas no corpo, declaradamente pelo padrasto. A criança de dois anos foi chamada apenas de menino, teve a imagem preservada no início, mas logo começaram a divulgar, repetidamente, as imagens da criança sendo deslocada de Barreiras para Salvador.

Não bastasse a crueldade que a criança sofreu, chamou-me a atenção, a rapidez com que foi atendida, tratada, medicada, deslocada de jatinho para Salvador e operada. O caso necessitava, mas sabemos que o nosso estado, e o governo "Bahia de todos os nós" não dispõem de atenção para a saúde da população, e agilidade não é o forte.

Infelizmente, acredito que a rapidez deu-se por causa da publicidade que o caso ganhou. principalmente pela extrema maldade e frieza.

Mas penso comigo e agora com vocês: todos os casos não deveriam ser tratados da mesma maneira, com atenção e rapidez? As cenas de pessoas nas intermináveis filas em postos e hospitais, de pessoas doentes nos corredores, não deveria ser também, sempre, substituídas pela rapidez do jatinho? Não precisava de equipe médica, mas pelo menos um (a) médico (a) especialista não seria suficiente diante das esperas e falta deste profissional da saúde?