quarta-feira, 1 de julho de 2009

Golpe de Estado em Honduras


Desde o último domingo (28), Honduras vive sob um golpe de estado, que depôs o presidente Manuel Zelaya. Tal golpe foi "levado adiante pelas Forças Armadas e que contou com o apoio da Corte Suprema de Justiça e o aval das forças de oposição representadas no Congresso", segundo Rafael Alegría, dirigente camponês hondurenho e membro da Via Campesina em entrevista ao Brasil de Fato.

É completamente inaceitável, após anos de avanços democráticos por todo o mundo, apesar de diversos casos de liberadade cerceada, vivenciarmos um golpe de estado e um presidente legitimamente eleito sendo deposto por déspotas, como podemos acompanhar.

A mídia burguesa, sempre mais preocupada com assuntos periféricos, não noticiou da maneira devida o golpe e somente na imprensa de esquerda podemos encontrar informações atualizadas dos acontecimentos.

Ainda, segundo a entrevista de Rafael Alegría, o povo tem reagido ao golpe: "o povo hondurenho está saindo massivamente às ruas contra o golpe de Estado, o rechaço é generalizado".

Internacionalmente, o golpe sofre repúdio também de modo generalizado. Os golpistas instalados no governo de Honduras receberam na terça-feira (30) o repúdio unânime da comunidade internacional, que exige a restituição incondicional do presidente dessa nação, Manuel Zelaya.

Veja algumas atitudes tomadas contra o golpe e em apoio ao presidente Zelaya:

- Nenhum país e instituição, reconhece o atual presidente Roberto Micheletti;

- Todos os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) decidiram retirar aos embaixadores em Tegucigalpa enquanto continuar o governo de fato.

-Também não reconhecerão os diplomatas que forem nomeados pelos golpistas, só os designados pelo presidente constitucional Manuel Zelaya.

- O Grupo de Rio - composto por 23 países latinoamericanos - considerou que a restituição do dignatário hondurenho em suas legítimas funções deverá ocorrer sem condicionamento algum e chamaram os militares a subordinar-se a Zelaya, que é o comandante Chefe das Forças Armadas.

- Nicarágua, Salvador e Guatemala, limítrofes com Honduras, decidiram fechar suas fronteiras por 48 horas para todas as mercadorias que entram e saem do território hondurenh

- A União de Nações Sulamericanas e a União Européia (UE) emitiram sua rejeição oficial ao golpe perpetrado pelos militares em aliança com setores oligárquicos.

- Os Estados Unidos, através do seu embaixador em Honduras, Hugo Llorens, disse que seu país não reconhecerá outro governo que não seja o de Zelaya e apoiará os esforços para restabelecer a ordem constitucional.

Informações retiradas de: Brasil de Fato

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo seu comentário!!! Volte sempre :)