Por Paula Vielmo
Ontem, 20 de julho era para acontecer na Câmara Municipal de Barreiras uma audiência pública com o tema: "uso e ocupação indevida das calçadas e passeios públicos". A audiência marcada para as 19h00, não teve quorum.
Cheguei à Câmara às 19h25, atrasada, e me deparei com um auditório vazio. Lá, só estavam as autoridades constituídas: presidente da câmara, prefeita, secretários e alguns funcionários/as da Câmara. A partir das 19h40 começaram a chegar mais pessoas, vereadores, o promotor. Porém, devido ao esvaziamento e a aparente falta de interesse da população, a audiência foi remarcada para a próxima terça-feira às 19h00.
Diante daquele esvaziamento já previsto, é necessário pensar sobre as causas daquele resultado, para além da superficialidade de que as pessoas não querem participar. Mas por que as pessoas não querem participar?
Inicialmente, minha avaliação parte do fato de que a audiência não foi massiçamente divulgada, muito menos com antecedência. Não houve faixas avisando sobre o evento como acontece nos dias festivos; não houve envio de convites, como acontecia com qualquer reuniãozinha; não houve publicidade em carros de som antes da data (no meu bairro passou no dia, uma hora antes). Vi apenas na internet, mas toda e qualquer pessoa com o mínimo de intenção em fazer as pessoas terem conhecimento e participarem, sabem que internet apenas não funciona. Essa desmobilização seria proposital?
Somemos a tudo isso o fato histórico-político-cultural da pouca participação popular nos assuntos de interesse coletivo e os modelos de audiências (palestras) realizadas em Barreiras, acredito que temos uma visão um pouco mais ampla sobre o resultado fatal de ontem: não teve público para a audiência pública.
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