A semana de 8 a 13 de março foi bastante movimentada, como a tempos não se via ou como a tempos eu não vivia.
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE MARÇO
A semana começou com a Caminhada do Dia Internacional da Mulher (08 de março), no qual o PSOL participou e politizou o espaço até então apenas comemorativo. Foi uma adrenalina enorme providenciar o material (cartazes e panfletos) em tempo e garantir a presença de parte da militância às 16h, em pleno horário de expediente.
A caminhada usou de maneira lamentável as crianças do PETI e a juventude do PRÓ-JOVEM para dar volume à mesma, que não tinha caráter de contestação, reflexão ou denúncia sobre a superação do machismo e a luta das mulheres por igualdade, autonomia e direitos, apesar de algumas intervenções nesse sentido, além de tentar internalizar cada vez mais a cor rosa como representativa das mulheres, contradizendo a data, que representa a luta das mulheres, mas uma luta feminista, cuja cor é o lilás.
QUARTA-FEIRA, 10 DE MARÇO
Saindo do trabalho e indo almoçar, me deparei com um manifesto de rua em frente a Prefeitura Municipal, organizado e protagonizado por estudantes e professores/as do campus avançado da UFBA em Barreiras. A reivindicação: acesso ao campus da Prainha, que estava impossibilitado devido às chuvas que tornaram a estrada em lama pura e a ponte que "balança mas não caí", não se sabe até quando.
Na manifestação - pelo que soube - não planejada antecipadamente, mas dirigida pela extrapolação da revolta com o descaso da administração municipal, provocou um grande impacto naquele dia. O trânsito estava bloqueado e a polícia chegou para desbloquear. Os/as manifestantes não saíram e o confronto foi direto. Os policiais presentes agrediram estudantes e prenderam um professor. Isso tudo enquanto uma comissão conversava no gabinete da prefeita, sem a presença dela e com a equipe sem autonomia que ela dirige.
Corre-corre e resistência. Grande resistência protagonizada sobretudo pela juventude ousada lá presente. O professor no carro, num calor insuportável, desmaiou. E mais uma vez vi a soberania descabida que um mandato popular tem sobre o povo.
E eu também estava lá, no sol quente como tantos/as, torrando no meu horário de almoço, reforçando os gritos de ordem e empolgada pela ação ufbaniana.
A manifestação legítima teve impacto porque foi no centro e parou o trânsito. E foi necessário parar, porque se as pessoas não são prejudicadas um pouco no seu individualismo, não percebem. Estamos numa sociedade que "se não é comigo, não é da minha conta". A causa levantada pela UFBA de acesso é de todo povo de Barreiras, antiga inclusive, mas que só agora torná-se visivel: pela implantação do campus e pela mobilização da comunidade acadêmica ufbaniana.
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE MARÇO
A semana começou com a Caminhada do Dia Internacional da Mulher (08 de março), no qual o PSOL participou e politizou o espaço até então apenas comemorativo. Foi uma adrenalina enorme providenciar o material (cartazes e panfletos) em tempo e garantir a presença de parte da militância às 16h, em pleno horário de expediente.
A caminhada usou de maneira lamentável as crianças do PETI e a juventude do PRÓ-JOVEM para dar volume à mesma, que não tinha caráter de contestação, reflexão ou denúncia sobre a superação do machismo e a luta das mulheres por igualdade, autonomia e direitos, apesar de algumas intervenções nesse sentido, além de tentar internalizar cada vez mais a cor rosa como representativa das mulheres, contradizendo a data, que representa a luta das mulheres, mas uma luta feminista, cuja cor é o lilás.
QUARTA-FEIRA, 10 DE MARÇO
Saindo do trabalho e indo almoçar, me deparei com um manifesto de rua em frente a Prefeitura Municipal, organizado e protagonizado por estudantes e professores/as do campus avançado da UFBA em Barreiras. A reivindicação: acesso ao campus da Prainha, que estava impossibilitado devido às chuvas que tornaram a estrada em lama pura e a ponte que "balança mas não caí", não se sabe até quando.
Na manifestação - pelo que soube - não planejada antecipadamente, mas dirigida pela extrapolação da revolta com o descaso da administração municipal, provocou um grande impacto naquele dia. O trânsito estava bloqueado e a polícia chegou para desbloquear. Os/as manifestantes não saíram e o confronto foi direto. Os policiais presentes agrediram estudantes e prenderam um professor. Isso tudo enquanto uma comissão conversava no gabinete da prefeita, sem a presença dela e com a equipe sem autonomia que ela dirige.
Corre-corre e resistência. Grande resistência protagonizada sobretudo pela juventude ousada lá presente. O professor no carro, num calor insuportável, desmaiou. E mais uma vez vi a soberania descabida que um mandato popular tem sobre o povo.
E eu também estava lá, no sol quente como tantos/as, torrando no meu horário de almoço, reforçando os gritos de ordem e empolgada pela ação ufbaniana.
A manifestação legítima teve impacto porque foi no centro e parou o trânsito. E foi necessário parar, porque se as pessoas não são prejudicadas um pouco no seu individualismo, não percebem. Estamos numa sociedade que "se não é comigo, não é da minha conta". A causa levantada pela UFBA de acesso é de todo povo de Barreiras, antiga inclusive, mas que só agora torná-se visivel: pela implantação do campus e pela mobilização da comunidade acadêmica ufbaniana.
No entanto, a ação da polícia, foi extremamente truculenta! A polícia estava desnorteada, justamente porque não tem formação para dialogar com os movimentos sociais ou reivindicatórios. A formação da polícia é justamente para fazer o que fez: reprimir! Não é a toa que é chamada de "Aparelho de Repressão do Estado". O que me deixa triste é o fato de que a polícia, é mais do que aparelho de repressão, ela é classe trabalhadora e também é oprimida e foi duro ver oprimidos agredindo oprimidos. Não estou defendendo a ação truculenta da polícia, mas refletindo sobre a função dela e entendendo que é composta por seres humanos que estão do mesmo lado que nós. Foi revoltante ver o professor até então desconhecido e recém-chegada a Barreiras ser jogado, com o doutorado e tudo dentro do camburão. E naquele instante não importava ser Doutor, o que estava em questão era que ele fazia parte de quem causava a desordem e ameaçava a "autoridade" da polícia enquanto instituição repressora.
Fiquei muito emocionada com aquela manifestação, com o impacto que causou. Acredito que ela venha se somar a todas as que já existiram antes (e sim, povo passivo de Barreiras, já existiram outras) e de maneira lenta, sacudir a estrutura e cultura do nosso povo, permitindo que tais manifestos se tornem algo mais frequente que as conversas de gabinete e que a cultura do medo que impera por estas bandas seja aos poucos destruída e substituída pela cultura da organização popular.
QUINTA-FEIRA, 11 DE MARÇO
Depois de muitos, muitos anos e algumas tentativas frustradas por parte da direção e do governo, finalmente há movimentação de estudantes do Colégio Estadual Antônio Geraldo (CEAG) para a organização de um Grêmio Estudantil e parece que agora vai sair.
Na quinta, estive com mais alguns compas orientando a galera sobre essa entidade estudantil e como fazer para criar o Grêmio. Foi uma papo muito proveitoso e gostei muitíssimo da galera, maioria, meninas.
E completando o dia de sorte: diálogos para a formação do Diretório Acadêmico de uma instituição privada, que não contava com a insatisfação e organização de seus acadêmicos/as. Algumas coisas mudaram em Barreiras e muito mais está por vir.
SÁBADO, 13 DE MARÇO
Terminando a semana movimentada, teve a fundação do Sindicato dos Bancários do Oeste da Bahia, que finalmente desligou-se do sindicato de Salvador e agora está mais autônomo para se organizar. Ainda não sei detalhes do evento porque não pude ir, mas a tarefa era difícil, haja vista a oposição do sindicato centralizador.
OBSERVAÇÃO PÓS-ESCRITA: não houve a fundação do sindicato, em breve mais notícias.
Sinto mais uma vez o cheiro de mudanças no ar, de organização popular...e adoro isso!
Paula Vielmo
Sinceramente não sei como pode haver impolgação na criação de um sindicato divisionista, sem um processo de discussão aprofundada com a categoria. Um sindicato que nasce atrelado à CUT e à FETEC não representa esperança nenhuma para a categoria bancária e muito menos representa autonomia, pelo contrário, nasce na contra-mão da luta sindical.
ResponderExcluirSindicato governista!
Rose Cerqueira
Paulinha parabens e vc e aos militantes do Psol de Barreiras pelo excelente trabalho que vocês estão realizando em busca do socialismo e liberdade.
ResponderExcluirAtenciosamente,
João Da Hora
Pres. Psol Irecê - BA