sábado, 2 de janeiro de 2010

Ano novo, mas muita coisa velha

Queridas pessoas que leem este blog, FELIZ ANO NOVO!

Vou começar as postagens desse ano escrevendo sobre o poder que o início de um ano novo tem sobre a maioria das pessoas, e para começar, segue abaixo uma poesia de Drummond que adoro, chamada Cortar o tempo:


Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial.


Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.


Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade
de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente



Para mim essa poesia representa realmente o que é o ano novo: uma ideia brilhante para que renovemos a esperança, de recomeçar ou de ter um novo fôlego para o que quer que seja. E de maneira impressionante, a mudança de um número representa que podemos (re) começar, que podemos avançar, que pode ser melhor, que pode ser diferente...

Mas tudo foi industrializado, então tenhamos cautela com essa esperança, industrializada e logo consumível rapidamente. A magia do final e recomeço do ano logo passarão, mas algo não pode passar: a coragem para lutar por uma sociedade justa!

Que o novo número, 2010, seja uma oportunidade de ganharmos fôlego para as lutas, que são contínuas.

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